O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou hoje, 29, que companhias aéreas devem considerar o espaço aéreo sobre e ao redor da Venezuela como “totalmente fechado”, intensificando a tensão em meio à possibilidade de uma ação americana contra o governo de Nicolás Maduro. Trump classifica Maduro como líder do Cartel de los Soles, usado como justificativa para ampliar a presença militar dos EUA no sul do Caribe. Na rede Truth Social, ele dirigiu o alerta a empresas aéreas, pilotos e traficantes, reforçando aviso anterior emitido em 21 de novembro para que evitassem o espaço aéreo venezuelano. A FAA citou o agravamento da segurança e o aumento da atividade militar na Venezuela, levando diversas companhias a suspender voos. Em resposta, Caracas revogou licenças de ao menos seis empresas, incluindo TAP, Avianca, Turkish Airlines e Gol, acusando-as de aderirem ao “terrorismo de Estado” dos EUA. Trump disse que ofensivas terrestres contra o narcotráfico na Venezuela devem começar “muito em breve”. Ele afirmou que o tráfico marítimo diminuiu e que agora os EUA mirarão o transporte por terra.
Segundo o New York Times, Trump ligou para Maduro em 22 e 23 de novembro para discutir possível encontro, sem data marcada. A chamada ocorreu dias antes de o Departamento de Estado classificar o Cartel de los Soles como organização terrorista estrangeira. Os EUA acusam Maduro de liderar o cartel, o que justificou o aumento da presença militar. Desde agosto, forças americanas atacaram 21 embarcações no Caribe e no Pacífico, resultando em 83 mortos. Trump dispõe de várias opções militares, incluindo ataques a autoridades venezuelanas e ações para controlar o petróleo. A revista The Atlantic afirma que Maduro estaria disposto a negociar sua saída com anistia e segurança no exílio. A Rússia declarou apoio à Venezuela. Os EUA enviaram navios de guerra, um submarino nuclear, caças, bombardeiros e helicópteros ao sul do Caribe, além de contar com bases e estruturas de segurança em países próximos.
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