Os Estados Unidos anunciaram que passarão a monitorar países que adotam políticas de ação afirmativa, permitem mudanças de gênero para crianças ou subsidiam o aborto, práticas que serão tratadas como violações de direitos humanos no relatório anual. Segundo o porta-voz Tommy Pigott, novas ideologias têm permitido abusos, e o governo Trump não deixará que práticas como “mutilação de crianças” ou restrições à liberdade de expressão avancem sem controle. Com a política externa alinhada ao “América Primeiro”, Washington reformulou o aparato de direitos humanos para adequá-lo a prioridades econômicas e à agenda voltada à base conservadora. O secretário de Estado, Marco Rubio, instruiu embaixadas a monitorar políticas de diversidade, equidade e inclusão que deem “tratamento preferencial” com base em raça, sexo ou casta.
As novas diretrizes exigem que diplomatas relatem investigações sobre liberdade de expressão, subsídios ao aborto e números estimados de abortos. Embaixadas também deverão informar sobre países que permitam “mutilação química ou cirúrgica” de crianças em processos de transição de gênero. As mudanças seguem prioridades de Trump, que restringiu políticas para pessoas trans, como o marcador de gênero “X” em passaportes. O governo também suavizou críticas a aliados como El Salvador e Israel, enquanto ampliou alertas sobre Europa, Brasil e África do Sul. O relatório mais recente minimizou referências a direitos LGBTQ+, inclusive em países como Uganda. A Anistia Internacional classificou a mudança como assustadora e discriminatória.

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