JUSTIÇA MANTÉM PRISÃO DO DONO DO BANCO MASTER

A Justiça Federal manteve a prisão de Daniel Vorcaro, dono do Banco Master. A desembargadora Solange Salgado, do TRF-1, negou o pedido de liberdade e afirmou que a detenção é necessária para interromper possíveis práticas ilícitas. Para ela, as investigações apontam “fraude sistêmica” e tentativas de obstrução à fiscalização, o que ameaça a ordem pública e econômica. Vorcaro foi preso na segunda-feira ao tentar embarcar para o exterior no aeroporto de Guarulhos. O decreto de prisão cita indícios de gestão fraudulenta e participação em organização criminosa. A magistrada afirmou que o grupo suspeito seguia ativo, exigindo ação imediata. Ela destacou ainda um esquema complexo, com informações falsas ao Banco Central e narrativas enganosas, agravado pelo poder econômico do banqueiro. A PF também identificou operações inconsistentes entre o BRB e o Master, que buscavam manter o banco enquanto o BC analisava sua venda. A proposta de compra feita pelo BRB foi vetada em março.
A presença de Alexandre Ramagem (PL-RJ) nos EUA após ser condenado pela trama golpista levou o PSOL a pedir sua prisão preventiva ao ministro Alexandre de Moraes e uma investigação pela Polícia Federal. Reportagem do PlatôBR revelou que ele vive em condomínio de luxo em North Miami desde setembro, quando deixou o Brasil. O PSOL argumenta risco real de fuga, já que Moraes havia determinado entrega de passaportes e proibição de saída do país. Na semana passada, Ramagem e outros condenados, incluindo Jair Bolsonaro, tiveram recursos negados e se aproximam da execução da pena. Condenado a 16 anos e à perda do mandato, ele pode ser preso após o fim dos recursos. Especialistas citam possibilidade de difusão vermelha caso permaneça no exterior. O caso se soma a episódios de Marcos do Val e Carla Zambelli, ambos investigados e que também deixaram o país durante decisões do STF.
ESCULTURA DE TRUMP NA COP30Uma escultura que representa Donald Trump foi instalada na entrada da zona azul da COP30, em Belém. A obra, “The Orange Plague”, mostra Trump sentado sobre os ombros de um homem frágil, com a inscrição “God of Injustice”. Criada pelo artista dinamarquês Jens Galschiøt, conhecido por críticas em conferências climáticas, a intervenção inclui também 6 mil miniestátuas distribuídas gratuitamente aos participantes. Galschiøt define a obra como um “grito satírico” sobre o impacto destrutivo de Trump na política climática. A escultura o retrata segurando uma balança e apoiando um taco de golfe sobre o globo terrestre. Trump não participa da COP30 e é lembrado por ter retirado os EUA do Acordo de Paris e enfraquecido regulações ambientais. Inspirada no conto “As Roupas Novas do Imperador”, a intervenção compara a vaidade do personagem ao comportamento do ex-presidente. As miniaturas viraram item disputado e funcionam como “mascote provocativo” para estimular debates sobre o papel dos EUA no clima. Galschiøt já tem obras em Belém, incluindo um Pilar da Vergonha que lembra a chacina de Eldorado dos Carajás.
MORTES EM BAR NO RIO
Pelo menos três homens foram mortos a tiros na madrugada desta quinta-feira (20) em um bar no bairro Santa Rita, em Nova Iguaçu. A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense investiga o caso. As vítimas são Luiz Carlos Pereira dos Santos, que tinha sete anotações criminais e portava carregadores de pistola; Antony Cruz Eiras, com 14 anotações por homicídio e lesão corporal; e Patrick Vieira dos Santos, que carregava um revólver calibre 38. Testemunhas relataram que os assassinos chegaram em um carro branco e miraram nos três homens. Houve troca de tiros, e as vítimas morreram no local. O bar estava cheio por causa da véspera de feriado, e um vídeo mostra frequentadores se jogando no chão. Policiais do 20º BPM foram acionados e encontraram os homens baleados. A região é conhecida por atuação de milicianos, e a polícia apura ligação com disputas criminosas.
MESSIAS É INDICADO PARA STF
Depois de 42 dias, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva escolheu o advogado-geral da União, posicionamento visto como gesto de confiança de Lula e sinalização ao eleitorado evangélico, contrariando a preferência do Senado. Desde que o presidente avisou a Pacheco que seguiria “outro caminho”, senadores de centro e oposição procuraram Alcolumbre para reclamar de serem tratados como mera etapa final e da exposição pública de articulações tradicionalmente reservadas. Interlocutores afirmam que Alcolumbre não apoiará Messias nem votará por sua aprovação. A atuação do líder do governo, Jaques Wagner, acusado de agir demais pelo indicado, ampliou o mal-estar. A sabatina de Messias na CCJ deve ser mais sensível que o normal, e ele iniciará conversas com senadores em um ambiente considerado “muito ruim” para o governo. A recondução de Paulo Gonet à PGR, aprovada com apenas 45 votos, acendeu alerta no Planalto sobre a mudança de humor no Senado. O resultado foi visto como gesto claro de descontentamento e mostrou que o governo perdeu margem automática para aprovações. Para líderes da Casa, o Senado deixou de atuar como “colchão de segurança” do governo Lula.
Salvador, 20 de novembro de 2025.
Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.
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