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sábado, 22 de novembro de 2025

TRUMP TRAMA COM PUTIN PARA RENDIÇÃO DA UCRÂNIA

Uma proposta preliminar elaborada por autoridades dos EUA e da Rússia, inspirada no plano de paz para Gaza, passou a circular com 28 pontos destinados a encerrar a guerra na Ucrânia. O plano impõe exigências consideradas maximalistas por Moscou e equivalentes a uma rendição ucraniana, segundo Axios, AFP e AP. Zelensky afirmou esperar discutir o documento com Trump, mas ressaltou que qualquer acordo deve garantir uma “paz digna” e respeitar a soberania ucraniana. Membros do governo reagiram com indignação, classificando a proposta como uma capitulação. O roteiro afronta várias linhas vermelhas de Kiev e deve enfrentar resistência dos aliados europeus, que querem participar de eventuais negociações. O texto teria sido elaborado por autoridades dos dois países, entre elas Kirill Dmitriev, ligado ao fundo soberano russo, e Steve Witkoff, enviado de Trump. A Casa Branca declarou apoio ao plano, que estaria sendo discutido discretamente há um mês com Rússia e Ucrânia. Entre os pontos centrais, a Ucrânia reconheceria a Crimeia, Luhansk e Donetsk como território russo, além de aceitar zonas desmilitarizadas e o congelamento das linhas de frente em Kherson e Zaporizhzhia. A usina de Zaporizhzhia ficaria sob supervisão da AIEA, com divisão da energia entre os dois países.

Na área de segurança, o plano exige que a Ucrânia reduza suas forças para 600 mil soldados, abandone a entrada na Otan e aceite a ausência de tropas da aliança em seu território. Em troca, receberia garantias de segurança não especificadas, com jatos europeus posicionados na Polônia. No campo diplomático, prevê-se a reintegração da Rússia à economia global, inclusive ao G8, além do uso de US$ 100 bilhões de ativos russos congelados para reconstruir a Ucrânia. O restante dos fundos iria para um fundo conjunto EUA–Rússia. O plano prevê ainda eleições em 100 dias, programas educacionais bilaterais e anistia geral. A implementação seria supervisionada por um Conselho de Paz presidido por Donald Trump, com cessar-fogo imediato após a assinatura. 

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