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domingo, 23 de novembro de 2025

TRUMP NÃO FEZ FALTA NA COP30

A COP30 terminou em Belém ontem, 22, marcada pela ausência dos Estados Unidos, que não enviaram delegação oficial. Para alguns, porém, isso não fez falta. O cientista climático Jonathan Overpeck afirma que a ausência impediu a administração Trump de influenciar negativamente o resultado —o que considera positivo. Ele lembra que, sob Trump, os EUA priorizam combustíveis fósseis e se afastam da agenda climática, como demonstra a decisão inédita de faltar à cúpula. Trump justifica sua posição como defesa da indústria americana. Reeleito, voltou a retirar o país do Acordo de Paris, cuja saída só valerá em 2026. Apesar da ausência oficial, cerca de cem americanos foram a Belém em delegação informal, incluindo governadores, prefeitos e representantes da sociedade civil. O destaque foi o governador da Califórnia, Gavin Newsom, que afirmou que seu estado “lidera” enquanto Trump se distancia do palco global.

A presença de figuras como o senador Sheldon Whitehouse, os governadores Tony Evers e Michelle Lujan Grisham e o ex-vice-presidente Al Gore expôs a divisão interna dos EUA sobre clima. Overpeck ressalta que ações climáticas continuam fortes em níveis estadual e municipal, com expansão de energias renováveis e veículos elétricos —inclusive em estados republicanos como o Texas. Ele afirma que prefeitos ganham protagonismo, pois “é nas cidades que as pessoas vivem e veem os benefícios de um ar mais limpo”. Para alguns, porém, a ausência americana traz risco simbólico: John Kerry alertou que o recuo dos EUA pode desestimular outros países a cumprir promessas climáticas. 

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