Os países que mais dependem do CDR baseado em terra — Rússia, Arábia Saudita, Estados Unidos e Canadá — respondem por 70% da área global exigida. Essa aposta em níveis considerados irrealistas prejudica a estabilidade climática, ao desviar o foco da eliminação das emissões de combustíveis fósseis. A universidade afirma que os governos não promovem mudanças efetivas devido a limitações estruturais da governança econômica global, que dificultam trajetórias de desenvolvimento sem desmatamento. Países do hemisfério sul ficam presos à dependência de atividades extrativas e agropecuárias, pressionados por dívidas e pela necessidade de atrair investimentos. Para os pesquisadores, a solução exige uma reformulação profunda da economia global, hoje orientada à extração e ao lucro de curto prazo, em direção a um modelo que priorize natureza, equidade, bem-estar coletivo e o respeito a povos e comunidades tradicionais.
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sexta-feira, 14 de novembro de 2025
REMOÇÃO DE CARBONO EXIGE MAIS DE 1 BILHÃO DE HECTARES
O relatório The Land Gap Report 2025, da Universidade de Melbourne, publicado ontem, 13, aponta que mais de 1 bilhão de hectares seriam necessários para remoção de carbono baseada na terra para cumprir as metas da NDC — área superior à da China. Segundo o estudo, países falham na redução de emissões por priorizarem soluções consideradas irreais, como plantios massivos de árvores, em vez de deter o desmatamento e a degradação florestal. A dependência desse tipo de remoção aumentou, passando de 990 milhões de hectares no fim de 2023 para 1,01 bilhão em 2025. Cerca de 441 milhões de hectares seriam destinados à conversão de terras para reflorestamento, plantações e culturas energéticas ligadas ao BECCS, o que pode ameaçar a produção de alimentos, a biodiversidade e modos de vida.
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