O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou ontem, 9, que devolverá a carta do presidente Donald Trump, na qual é comunicado sobre a imposição de tarifas de 50% sobre produtos importados do Brasil. O chefe da embaixada dos Estados Unidos, no Brasil, Gabriel Escobar, foi convocado, pela segunda vez, a comparecer no Itamaraty. Escobar ocupa a posição de embaixador, desde janeiro, quando a ex-embaixadora Elisabeth Bagley retornou aos Estados Unidos e Trump não indicou substituto. A secretária da Europa e América do Norte, embaixadora Maria Luisa Escorel, assegurou que o presidente brasileiro não iria receber a carta, divulgada, antecipadamente, por Trump na sua rede social Truth Social, em gesto deselegante.
Não é comum a divulgação de um documento de um para outro presidente antes de o destinatário tomar ciência, mas o presidente americano não zela pela boa convivência e atrapalha o rito diplomático. Escorel assegurou que a correspondência é "ofensiva" e contém "afirmações inverídicas", além de "erros factuais", acerca do relacionamento do Brasil com os Estados Unidos. O erro grosseiro na carta acontece quando o presidente Trump afirma deficit do Brasil com seu país, quando na verdade há superávit. A chancelaria da China, no dia de hoje, 10, classificou o tarifaço de Trump como "abuso".
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