As ONGs israelenses — B'Tselem e Physicians for Human Rights — acusaram formalmente Israel de cometer genocídio na Faixa de Gaza. A B'Tselem, com mais de 35 anos de atuação, afirma que Israel realiza uma ação coordenada para destruir a sociedade palestina, citando declarações de autoridades israelenses que evocam ordens bíblicas de extermínio. Já a ONG Médicos pelos Direitos Humanos denuncia a destruição sistemática do sistema de saúde de Gaza, com ataques a hospitais, mesmo sem evidências de uso militar pelo Hamas. O relatório da B'Tselem destaca que mais de 60 mil palestinos teriam sido mortos e que cidades como Rafah foram arrasadas, além da destruição de escolas, hospitais e serviços básicos. As ONGs sustentam que Israel impõe fome a 2 milhões de pessoas, incluindo 1 milhão de crianças, o que configuraria genocídio, conforme a Convenção de 1948.
O governo israelense nega as acusações, alegando que combate apenas o Hamas e envia ajuda humanitária à região. Nos EUA, o presidente Donald Trump contrariou o premiê israelense Benjamin Netanyahu e reconheceu a existência de fome real em Gaza, prometendo maior envolvimento. A França anunciou que reconhecerá o Estado palestino em setembro e, com a Arábia Saudita, patrocinou conferência na ONU por uma solução de dois Estados — classificada pelos EUA como golpe publicitário. Representantes palestinos alertam para a inação da comunidade internacional e acusam Israel de limpeza étnica e anexação planejada de Gaza. As ONGs defendem ação imediata para deter o que classificam como colapso total da sociedade palestina.
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