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sábado, 26 de julho de 2025

EUA SERÃO PREJUDICADOS NA TARIFA TRUMP


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A Associação das Marcas de Bens de Consumo dos EUA, que reúne empresas como Coca-Cola, PspsiCola, Nestlé e Kellog, tenta convencer o governo Trump a negociar a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. A entidade alerta que a medida pode prejudicar os consumidores americanos ao elevar o custo de itens essenciais, já que muitas empresas dependem de insumos do Brasil indisponíveis nos EUA. Produtos como café, polpa de eucalipto e cacau são considerados insubstituíveis. Em 2024, os EUA importaram quase US$ 4 bilhões desses produtos brasileiros.

O vice-presidente da associação, Tom Madrecki, defende que a Casa Branca precisa entender a importância desses insumos para as cadeias produtivas e que tarifas elevadas afetariam preços de alimentos e itens de higiene. Ele menciona que, como ocorreu com a Indonésia e o óleo de palma, o Brasil pode negociar exceções baseadas na ausência de alternativas nos EUA. Disse Madrecki: "Esses 10% são o que chamaríamos de recurso natural indisponível. É um ingrediente ou um insumo que fundamentalmete não pode crescer ou não está disponível nos EUA. Isso pode ser algo como café ou polpa de eucalipto, que é usada na fabricação de papel higiênico ou na fabricação de produtos de higiene menstrual, qualquer coisa que seja realmente absorvente".   

Empresas consideraram importar de outros países, como Vietnã e México, mas a substituição é difícil devido à qualidade inferior e preços variáveis. Madrecki acredita que o Brasil deve agir de forma estratégica e criativa na negociação. O governo brasileiro, por sua vez, tem buscado diálogo com os EUA, ainda que informalmente, já que as tratativas formais não foram abertas. O Brasil é fornecedor chave para os EUA em itens como suco de laranja (70% das importações), café (até 30%), açúcar (12%), carne bovina (9%), aeronaves e produtos químicos. Essa dependência reforça a pressão para evitar o tarifaço. 



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