MOÇA É, BRUTALMENTE, AGREDIDA
Juliana Garcia dos Santos Soares, de 35 anos, foi brutalmente agredida pelo ex-namorado, Igor Eduardo Cabral, com 61 socos dentro de um elevador em Natal (RN). O ataque foi filmado por câmeras de segurança e exibido na audiência de custódia, mas a juíza não conseguiu assistir ao vídeo completo devido à violência das imagens. Igor teve a prisão mantida e segue detido preventivamente. Juliana afirmou que o relacionamento já apresentava sinais de abusos psicológicos e físicos, mas não esperava uma tentativa de homicídio. O ataque começou após uma discussão motivada por ciúmes, quando Igor jogou o celular de Juliana na piscina. Depois, ao encontrá-la no elevador, a agrediu violentamente.
A vítima sofreu múltiplas fraturas no rosto e precisou adiar uma cirurgia de reconstrução facial devido ao inchaço. Atualmente, se recupera em casa, com dieta líquida e sob acompanhamento médico. Familiares afirmam que Igor nunca demonstrou agressividade anteriormente. O ex-jogador de basquete de 29 anos já representou o Brasil em torneios internacionais, incluindo os Jogos Olímpicos da Juventude.
LEI MAGNITSKY
A Lei Magnitsky, sancionada em 2012 por Barack Obama e ampliada em 2016, permite que os EUA imponham sanções unilaterais a indivíduos acusados de corrupção ou violação de direitos humanos, mesmo sem condenação judicial. Desde 2017, já atingiu mais de 650 pessoas de países como China, Rússia, Paraguai e Gâmbia. Entre os sancionados estão ex-presidentes do Paraguai e da Gâmbia, além de figuras ligadas à Odebrecht e a regimes autoritários. Em 2023, pessoas de nove países foram alvo da norma. A aplicação recente contra Alexandre de Moraes, do STF, é controversa, já que ele atua dentro de um Judiciário independente e democrático. As sanções incluem bloqueio de bens, proibição de entrada nos EUA, restrição de transações com empresas americanas e possível bloqueio de serviços como Google e redes sociais. A lei tem efeito global, pois interfere até em ativos dolarizados fora dos EUA. Empresas como Google, Meta e Apple são obrigadas a cumprir as determinações da norma.
IBGE: TAXA DE DESEMPREGO
O IBGE anunciou que a taxa de desemprego no Brasil caiu para 5,8% no trimestre, encerrado em junho, a menor desde o início da série histórica em 2012 e a primeira vez abaixo de 6%. No trimestre anterior, o índice era de 7%. Os dados são da Pnad Contínua, que passou por revisão para incorporar projeções populacionais atualizadas com base no Censo 2022. A revisão, chamada de reponderação, considerou a população menor que a estimada anteriormente. Antes da divulgação, analistas previam desemprego de 6%. A queda reflete a recuperação do mercado de trabalho após a pandemia e o aquecimento da atividade econômica, impulsionado por estímulos do governo. O aumento do emprego fortalece o consumo, o que pode pressionar a inflação. Para contê-la, o Banco Central elevou a taxa Selic, agora em 15% ao ano. A alta dos juros, porém, dificulta o crescimento da economia e do emprego. Outro risco apontado é o tarifaço de Donald Trump, que pode afetar exportações brasileiras e gerar perdas de postos de trabalho.
INVASOR DE ÔNIBUS: 25 ANOS
Paulo Sérgio de Lima, 30 anos, foi condenado a 25 anos e três meses de prisão por invadir um ônibus na rodoviária do Rio, em março de 2024, e manter 16 pessoas reféns por cerca de três horas. Ele foi julgado por tentativa de homicídio contra duas pessoas, sequestro e cárcere privado. Durante a ação, atirou em dois homens por achar que eram policiais, ferindo gravemente Bruno Lima Soares, que ficou internado por quase dois meses, e Carlos Felipe Sanglard Torres, atingido por estilhaços. Entre os reféns havia uma criança de dois anos; uma das vítimas foi usada como escudo humano. O réu portava arma de uso restrito e usou meios que dificultaram a defesa das vítimas. O julgamento durou sete horas. Durante o julgamento, Lima afirmou que gostaria de ser diretor de um filme, referindo-se ao crime. Foi preso em flagrante após negociação com a polícia. Ele disse que fugia da Rocinha para Juiz de Fora, após desavença com o Comando Vermelho.
AJD REPUDIA PUNIÇÃO DE TRUMP
A Associação Juízas e Juízes para a Democracia (AJD) repudiou, em nota divulgada nesta quarta-feira (30/7), a aplicação da Lei Magnitsky pelos EUA contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF. A entidade classificou a medida como uma ameaça à soberania nacional, à independência do Judiciário e aos princípios da República. A Lei Magnitsky prevê sanções como bloqueio de bens, proibição de entrada nos EUA e restrições financeiras. Segundo o governo Trump, Moraes teria cometido abusos como detenções arbitrárias e violações de direitos humanos, inclusive contra Jair Bolsonaro. Para a AJD, trata-se de retaliação por processos que tramitam no STF sobre a tentativa de golpe, nos quais Bolsonaro é réu. A associação denuncia tentativa de interferência política no Judiciário brasileiro e afirma que juízes não podem ser coagidos. Defende a independência funcional da magistratura e rechaça qualquer forma de chantagem ou manipulação. Lembra que o Brasil tem eleições seguras há três décadas, e que os próprios acusadores foram eleitos por esse sistema. Por fim, lamenta que as instituições dos EUA não estejam funcionando para conter o avanço do autoritarismo no país.
PROFESSORA É INDENIZADA
A 3ª Câmara de Direito Público do TJ/SP condenou o município de Agudos/SP a indenizar em R$ 50 mil, por danos morais, uma professora ferida no desabamento do telhado de uma creche. A decisão reconheceu que o acidente ocorreu por falha na conservação do prédio, cuja manutenção era responsabilidade da administração municipal. A escola havia passado por reformas, mas continuava apresentando problemas como infiltrações. Meses após a reabertura, o telhado cedeu, ferindo 16 crianças e quatro funcionárias. A professora autora da ação sofreu lesões graves, precisando de tratamentos médicos e readaptação para funções administrativas, devido à perda parcial da capacidade de trabalho. O relator, desembargador José Luiz Gavião de Almeida, destacou a precariedade da construção e apontou que o telhado já apresentava apodrecimento durante a reforma. Para ele, ficou demonstrado o nexo causal entre a omissão do município e os danos sofridos. A professora terá direito, ainda, a pensão vitalícia de 12,5% do salário-base da época do acidente e à reparação por danos materiais futuros.
Salvador, 31 de julho de 2025.
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