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O Senado da Argentina, na quinta-feira, 10, aprovou quatro projetos de lei, na maior derrota do presidente Javier Milei, desde que assumiu o cargo, em dezembro/2023. Trata-se de aumento no percentual de 7% para as aposentadorias, o outro sobre a expansão dos benefícios para pessoas com deficiência, o desbloqueio de fundos nacionais para uso nas províncias e mudanças na distribuição dos impostos sobre a comercialização de combustíveis. Milei promete vetar, sob fundamento de que os projetos aprovados colocam "em perigo o equilíbrio fiscal do país"; assegura que se o veto for derrubado, questionará a aprovação das leis na Justiça. As eleições legislativas na Argentina ocorrerão no próximo mês de outubro e o governo Milei, que encerra em 2027, estará em jogo. No Congresso, o presidente tem minoria, daí a expectativa de mudanças com o pleito de outubro.
Além dos projetos, a Câmara dos Deputados rejeitou veto do presidente em vários auxílios financeiros, afetados pelas inundações na cidade de Bahía Blanca. Em março, morreram 18 pessoas e 1,4 mil sofreram com as chuvas torrenciais, mas mesmo assim, o governo vetou o pacote de ajuda financeira. Os problemas sociais avolumam-se no governo que prioriza o controle fiscal, além do distanciamento com os governadores. Evento na cidade de San Miguel de Tucumán, onde o presidente sempre se faz presente, não contou com Milei que cancelou sua presença poucas horas antes das comemorações. Os movimentos acontecem em Buenos Aires, a exemplo dos aposentados que fazem manifestações em frente ao Congresso para evitar redução em seus benefícios.
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