A primeira Vara Estadual contra organizações criminosas e facções em Santa Catarina terá na sua composição juízes secretos. O lançamento dessa inovação deu-se nesta semana e contará com tecnologia inédita, consistente em distorcer o rosto e a voz dos cinco magistrados que atuarão nas audiências. O Tribunal de Justiça usará plataforma criada pela Microsoft, responsável pela distorção, a identidade de quem presidir as audiências, todas virtuais. Os participantes do julgamento não terão como identificar o gênero e as características pessoais dos magistrados. O reconhecimento facial de testemunhas é outra inovação instalada pela nova tecnologia. Haverá transcrição literal da audiência, por meio de inteligência artificial do novo sistema que gravará todas as ocorrências.
A nova vara estadual, com competência para demandas de todo o estado, conta com os cinco juízes, 35 servidores e servidoras e terá ajuda das policiais Civil e Militar; a sede será em Florianópolis, sem competência para julgar processo do júri, envolvendo violência doméstica e do juizado especial criminal. Na pauta já estão 2.087 processos, dos quais 1.841 em andamento e 246 suspensos. O desembargador Luiz Antônio Zanini Fornerolli, da Corregedoria-geral da Justiça explicou: "Trabalhamos basicamente com quatro vetores nesta vara, que funcionam como catalisadores. Eficiência, que é o resultado da prestação judicial. Celeridade, porque o Judiciário é responsável por dar uma pronta resposta técnica à sociedade, de acordo com a legislação. Segurança jurídica, para que nós tenhamos uma cultura de decisões a respeito das organizações criminosas. E segurança dos operadores que vão trabalhar nessa unidade jurisdicional".
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