Um bombardeio israelense matou, ontem, (10), cinco jornalistas da rede Al Jazeera na Cidade de Gaza, informou a emissora. As vítimas — dois correspondentes e três cinegrafistas — estavam em uma tenda de imprensa posicionada do lado de fora do portão principal do hospital local. O ataque deixou sete mortos ao todo.
Entre os jornalistas mortos está Anas Al-Sharif, 28, que atuava principalmente na cobertura do norte da Faixa de Gaza. Segundo a emissora, ele havia sido alvo de uma “campanha de incitação” do exército israelense, que o acusou, sem apresentar provas, de ser líder de uma célula do Hamas e de lançar foguetes contra civis e militares.
Também morreram o correspondente Mohammed Qreiqeh e os cinegrafistas Ibrahim Zaher, Mohammed Noufal e Moamen Aliwa. A Al Jazeera afirmou que Israel já matou mais de 200 jornalistas desde o início da guerra.
A relatora especial da ONU para a Liberdade de Opinião e Expressão, Irene Khan, declarou em julho estar “profundamente alarmada” pelas acusações contra Al-Sharif e disse haver “evidências crescentes” de que jornalistas são alvejados deliberadamente.
A agência francesa AFP também denunciou, no mês passado, que seus correspondentes em Gaza enfrentam grave desnutrição, dificultando o trabalho.
Em mensagem escrita em abril para ser publicada caso morresse, Al-Sharif afirmou nunca ter hesitado em “transmitir a verdade” e lamentou deixar a esposa e os filhos.
Por maioria, a Segunda Turma do STF manteve decisão da Justiça do Trabalho que reconheceu vínculo de emprego entre um pastor da Igreja Universal, em Itapevi (SP), e a instituição. O relator, ministro Nunes Marques, rejeitou reclamação da igreja contra decisão do TST e negou agravo regimental. Para ele, não houve demonstração de relação direta entre o caso e entendimentos do STF sobre terceirização ou contratos civis. Destacou que a análise das provas cabe à Justiça do Trabalho e que reexaminá-las é inviável em reclamação. Foi acompanhado por Dias Toffoli, Edson Fachin e André Mendonça.
Gilmar Mendes divergiu, propondo suspender o processo até julgamento do ARE 1532603, que trata da “pejotização” e terá audiência pública em setembro. O TST reconheceu que, entre 2008 e 2016, o pastor recebia salário fixo, inclusive em férias, cumpria horários, organizava cultos, tinha metas e seguia ordens da administração. Rejeitou a tese de trabalho voluntário ou motivado por fé, concluindo pela subordinação típica de relação empregatícia.
Ataque de Israel em Gaza mata cinco jornalistas da Al Jazeera
Segundo a emissora, o exército de Israel já matou mais de 200 jornalistas desde o início dos bombardeios.
O GLOBO - RIO DE JANEIRO/RJ
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O ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (sem partido) foi condenado por improbidade administrativa dolosa, com suspensão dos direitos políticos por cinco anos. A decisão, em primeira instância, foi proferida pelo juiz Danilo Couto Lobato Bicalho, da 3ª Vara da Fazenda Pública Municipal, atendendo a pedido do Ministério Público de Minas Gerais. Kalil nega irregularidades e alega motivação política, afirmando que recorrerá.
O caso envolve a ocupação de ruas e de uma praça no bairro Mangabeiras, área nobre da capital, conhecida como “Clube dos Caçadores”. Apesar de decisão judicial definitiva em 2020 para retirada de cancelas e barreiras, os espaços continuaram sendo usados de forma exclusiva pela associação local, com anuência da prefeitura.
Para o juiz, Kalil, à frente da gestão municipal de 2017 a 2022, omitiu-se no cumprimento da ordem, o que configurou apropriação de bens públicos e prejuízo ao uso coletivo. Na sentença, o magistrado afirmou que o bloqueio afrontou a moralidade administrativa, o interesse público e o direito de ir e vir, passando a ideia de privilégio ou favorecimento econômico.
Kalil e a Associação Comunitária do Bairro Mangabeiras foram condenados solidariamente a pagar R$ 100 mil por danos morais coletivos, destinados ao FUNEMP. O ex-prefeito também não poderá contratar com o poder público ou obter benefícios fiscais por cinco anos. Os réus foram absolvidos das acusações de enriquecimento ilícito e perda de receita tributária.
A Polícia Federal prendeu, na última sexta-feira (8), um procurador do Estado de São Paulo, suspeito de abusar sexualmente da própria filha, então com oito meses. Ele foi localizado em um hotel próximo ao Aeroporto de Congonhas, na capital, após ser considerado foragido.
A detenção ocorreu na segunda fase da Operação Kore 32, que investiga posse, produção e compartilhamento de imagens de abuso sexual infantil, além de estupro de vulnerável.
A prisão preventiva foi decretada após análise de dispositivos apreendidos na primeira fase da operação, em 18 de junho, quando já havia indícios de que o procurador armazenava, compartilhava e produzia material de exploração sexual.
A perícia confirmou que ele havia abusado da filha. Como não foi encontrado no endereço informado à Justiça, passou a ser considerado foragido. Após a prisão, ele foi levado à Superintendência Regional da PF em São Paulo.
O Fórum Econômico Mundial divulgou, em parceria com a editora Frontiers, a edição 2025 do relatório “Top 10 Emerging Technologies”, destacando inovações que, em três a cinco anos, poderão gerar impactos positivos na sociedade. As tecnologias listadas combinam avanço científico, aplicação prática e potencial de mercado, e se concentram em quatro tendências: confiança e segurança, sustentabilidade industrial, saúde humana e convergência entre energia e materiais.
O levantamento envolveu mais de 300 especialistas de instituições globais. Entre as novidades, estão os compósitos estruturais de bateria, que unem armazenamento de energia e função estrutural em veículos e edifícios, prometendo mais leveza e eficiência. Outra aposta são os sistemas de energia osmótica, que geram eletricidade limpa a partir da diferença de salinidade entre águas, com potencial para suprir até 20% da demanda global.
O estudo também destaca tecnologias nucleares avançadas, como pequenos reatores modulares, capazes de levar energia a comunidades remotas; terapias baseadas em organismos vivos geneticamente modificados, que reduzem custos de medicamentos; e novos usos para agonistas GLP-1, já empregados contra diabetes e obesidade, agora com potencial para tratar Alzheimer e Parkinson.
Na área de monitoramento, surgem sensores bioquímicos autônomos para saúde, agricultura e meio ambiente, e o monitoramento colaborativo, que conecta sensores de diferentes locais para otimizar tráfego e prever eventos climáticos. Em sustentabilidade, a fixação de nitrogênio verde promete fertilizantes com menor impacto ambiental, enquanto as nanoenzimas oferecem alternativas mais baratas e estáveis às enzimas naturais, com aplicações médicas e industriais.
Por fim, o relatório cita o avanço de marcas-d’água invisíveis para identificar conteúdos gerados por IA, como o SynthID, do Google, e o VideoSeal, da Meta, visando conter desinformação. Apesar do potencial, todas as tecnologias ainda enfrentam desafios técnicos, econômicos e regulatórios para alcançar escala global.
Bolsonaro não foi preso porque tentou um golpe de Estado depois de perder a eleição de 2022. Esse processo ainda está em andamento. Bolsonaro só deve ser preso por isso depois de condenado.
Foi preso agora em outro inquérito, instaurado porque Jair cometeu, com seus cúmplices Eduardo e Donald, a mais clara e evidente tentativa de obstrução de Justiça da história moderna: a maior superpotência do mundo tomou a economia brasileira como refém até que o Judiciário brasileiro aceite entregar para os Estados Unidos o direito de dizer que leis valem ou não valem em nosso território.
É como se o Primeiro Comando da Capital parasse São Paulo para exigir a libertação de Marcola, em um cenário em que o PCC tivesse armas nucleares, um PIB de US$ 30 trilhões e tivesse começado a queimar as empresas brasileiras com os funcionários dentro.
Por excesso de cautela, Moraes não prendeu Bolsonaro no dia em que Trump declarou guerra ao Brasil. Ao invés disso, impôs ao criminoso medidas cautelares. Se Jair não acirrasse a guerra de Trump contra a Constituição Brasileira, permaneceria solto.
No último domingo, os bolsonaristas organizaram uma manifestação que defendia a obstrução de Justiça com cumplicidade de potência estrangeira.
Em flagrante violação da cautelar e dos princípios elementares da decência, Jair Bolsonaro enviou uma mensagem de apoio à manifestação. A mensagem foi postada na rede do senador Flávio Bolsonaro com a legenda "Thank you, America".
Não, não tem nada a ver com liberdade de expressão.
Isso está claríssimo na decisão de Moraes. Bolsonaro estava proibido de fazer qualquer coisa com "a finalidade de continuar a induzir e instigar chefe de Estado estrangeiro a tomar medidas para interferir ilicitamente no regular curso do processo judicial, de modo a resultar em pressão social em face das autoridades brasileiras, com flagrante atentado à soberania nacional" (folhas 6 e 7).
Mas então, perguntará o leitor, porque tanta gente que não é bolsonarista criticou a decisão de Moraes?
É uma mistura de miopia com mutreta.
Oportunistas como Gilberto Kassab ou Eduardo Leite fizeram o seguinte cálculo: Jair vai ser preso, a democracia está salva. Já é seguro criticar o Xandão. Com isso, eu saio na frente na corrida pelos votos dos bolsonaristas em 2026.
Criticar político por ser oportunista é reclamar que a chuva molha. Mas o jogo atual dos oportunistas é perigosíssimo.
O Brasil está sob cerco da maior superpotência do mundo. Os golpistas podem ganhar a maioria do Senado ano que vem. Semana passada, os veteranos do golpe de 2022 pararam o Congresso, humilhando o presidente da Câmara dos Deputados. A democracia está longe de estar segura.
Se cada político (ou veículo de mídia) passar a criticar Moraes agora para assegurar sua carteirinha de ponderado quando a crise tiver passado, a crise não vai passar. Trump se sentirá encorajado a manter as sanções contra o Brasil, por perceber que a quinta coluna bolsonarista ganhou mais adeptos.
Calma, oportunista. Sua hora talvez chegue, mas ainda não é agora. E, se alguém estiver desesperado pela carteirinha de ponderado, pode ficar com a minha. Nunca me serviu para nada.