A Polícia Metropolitana de Londres prendeu, ontem, (9), 372 manifestantes em protesto contra a proibição do grupo Palestine Action. Segundo a corporação, 365 foram detidos por apoiar a organização e sete por outros delitos, incluindo agressão a policiais. Imagens da Reuters mostram participantes sendo levados da Parliament Square enquanto a multidão gritava “vergonha de vocês”. Muitos usavam lenços palestinos, agitavam bandeiras e exibiam cartazes como “Eu me oponho ao genocídio. Eu apoio a Ação Palestina”. Os manifestantes também entoavam “tirem as mãos de Gaza”. Em julho, parlamentares britânicos baniram a Palestine Action com base na lei antiterrorismo.
A medida ocorreu após membros invadirem uma base da Força Aérea Real e danificarem aviões. O grupo afirma que o Reino Unido, apesar de criticar Israel, continua enviando ajuda militar a Tel Aviv.
A proibição torna crime ser membro, com pena máxima de 14 anos de prisão. A decisão é considerada uma das restrições mais severas contra um grupo pró-Palestina na Europa. O conflito na Faixa de Gaza segue intenso desde 7 de outubro de 2023. Na data, o Hamas matou 1.200 israelenses em ataque surpresa. Desde então, Israel tem conduzido bombardeios massivos na região. O Ministério da Saúde de Gaza aponta mais de 60 mil palestinos mortos. A ação militar israelense tem gerado condenação internacional. Defensores da Palestina denunciam violações de direitos humanos. O Reino Unido justifica medidas duras contra grupos considerados radicais. Críticos apontam criminalização de ativismo político legítimo. Organizações de direitos civis avaliam recorrer contra o banimento. O caso amplia tensões políticas e sociais no país.
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