As tarifas impostas pelo presidente Donald Trump sobre produtos brasileiros afetam metade das vendas aos EUA em 22 estados, com impacto superior a 95% em oito deles. Desde quarta (6), vigora tarifa extra de 40%, elevando a sobretaxa total a 50%. Mesmo com 694 isenções, Tocantins, Alagoas, Acre, Amapá, Ceará, Rondônia, Paraíba e Paraná têm 95% a 100% das vendas sobretaxadas.
Mato Grosso do Sul, Pará, Rio de Janeiro, Sergipe e Maranhão ficam abaixo de 50%. No Sudeste, maior exportador, o efeito é atenuado por isenções. Em 2024, São Paulo vendeu US$ 13 bi aos EUA; 56% agora terão sobretaxa. Minas Gerais terá 63% das exportações atingidas, principalmente café.
No Nordeste e no Norte, estados têm quase toda a pauta exportadora atingida, com foco em bens de baixo valor agregado. No Ceará, 98,6% das vendas aos americanos serão sobretaxadas; quase metade das exportações vai para os EUA. Bahia, Pernambuco e RN também são vulneráveis.
No Sul, 88% das exportações terão tarifa plena. No Paraná, 96% do valor exportado será sobretaxado, afetando madeira, móveis, calçados e têxteis. No RS, o impacto pode chegar a 1,1% do PIB, com forte efeito em fumo, armas e calçados, concentrados em microrregiões como São Leopoldo.
No Centro-Oeste, o efeito é menor; no MS, o tarifaço afeta US$ 332 milhões, sobretudo carnes e couro. A análise é estimativa, pois uma mesma categoria pode conter produtos taxados e isentos.
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