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sexta-feira, 16 de agosto de 2024

REELEIÇÃO NOS TRIBUNAIS

O Plenário do Senado aprovou na quarta-feira, 14, proposta de emenda à Constituição admitindo a reeleição para a diretoria dos Tribunais de Justiça do Rio de Janeiro e de São Paulo, mesmo com a manifestação da Justiça paulista contra essa proposição, defendida pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. O texto segue para promulgação. Todavia, a medida atinge apenas os dois tribunais, porque permitida somente para as Cortes com mais de 170 desembargadores em exercício efetivo do cargo. Assim, somente uma reeleição é permitida e, portanto, a direção poderá ocupar o cargo por, no máximo quatro anos, vez que os mandatos são de dois anos. A PEC tramitou na Câmara dos Deputados desde o ano de 2022 e foi aprovada no mesmo ano e remetida para o Senado Federal, onde só foi apreciada agora. 


Antes da aprovação, em novembro/2023, o Tribunal de Justiça de São Paulo encaminhou manifestação contrária à aprovação da lei, ressaltando o "princípio de alternância do preenchimento dos cargos de direção", evitando também que os membros da diretoria afastem da judicatura por período longo, de quatro anos. 



DONO DE CARRO: INDENIZAÇÃO

O dono de um carro ingressou com ação de reparação de danos materiais e morais contra a Volkswagem do Brasil Indústria de Veículos Automotores Ltda e contra concessionárias Colina Motor. Pediu R$ 3,65 milhões, alegando que o carro parou quando ele dirigia para prestar concurso da Defensoria Pública da União, perdendo uma chance de fazer a prova. A montadora contestou o pedido, fundamentando em perícia realizada no carro e constatada falta de manutenção o a presença de combustível adulterado. Diz que o defeito ocorreu após o fim da garantia da fábrica e o autor não fez a oitava revisão programada. A empresa afirma que o problema mecânico originava-se de mau uso e não defeito de fábrica. 

O juiz Gustavo Silva Hora escreveu na sentença: "A análise pericial sugere que a falha no motor ocorreu devido à negligência do exclusiva do proprietário do veículo, que não seguia o cronograma adequado para realizar as revisões periódicas". Ademais, "a quilometragem alta do carro indicava um uso severo, o que, na ausência de manutenção adequada, constitui um ato de negligência por parte do autor".    



ANISTIA PARA PARTIDOS POLÍTICOS

Depois de aprovação pela Câmara dos Deputados em tramitação rápida, o Senado ratificou o posicionamento dos deputados e a PEC 9/2023 vai ser promulgada pelo Congresso. Essa PEC foi votada na Câmara e remetida para o Senado, quando o presidente Rodrigo Pacheco prometeu que não haveria pressa para discussão na Casa. Deu-se o inverso, porque a PEC, que precisa de votação em dois turnos tramitou com muita rapidez. Todavia, isso não ocorreu, pois a votação foi relâmpago. Logo após o recesso, no início deste mês, o texto foi aprovado na comissão de Constituição e Justiça; em seguida, na quarta-feira, 14, o colegiado, em votação simbólica, aprovou a PEC e ontem, 15, o plenário aprovou, em duas votações. A PEC 9/2023 anistia os partidos políticos infratores na destinação de recursos para pessoas pretas e pardas nas eleições, sempre com mais de 49 votos favoráveis e como era interesse dos senadores o painel apontou 51 votos favoráveis na primeira e 54 na segunda votação.  


Para essa tramitação relâmpago houve intensa pressão dos presidentes dos partidos, porque devedoras com a Justiça Eleitoral. A infração cometida e perdoada foi o não cumprimento na destinação de 30% do Fundo Especial de Financiamento de Campanha e do Fundo Partidárias para as candidaturas de pessoas pretas e pardas. Não houve estudo sobre o impacto da medida, mas a organização Transparência Partidária estima em R$ 23 bilhões a dívida dos partidos políticos que o governo vai ter de assumir. 



MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 16/08/2024

CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF

Decisão de Dino que freia emendas acirra guerra entre Poderes

Câmara, Senado e 11 legendas entram com recurso no Supremo e pedem liminar suspendendo decisão do ministro. Presidente da Corte minimiza clima tenso entre Legislativo e Judiciário

O GLOBO - RIO DE JANEIRO/RJ 

FOLHA DE SÃO PAULO/SP 



Formação de gelo afeta aviões e pode causar acidentes como o da Voepass; entenda

Combate ao problema vai de planejamento pré-voo a conduta da tripulação; congelamento é a principal hipótese para queda em Vinhedo

  • SALVAR ARTIGOS

TRIBUNA DA BAHIA - SALVADOR/BA

Propaganda eleitoral começa a partir 

de hoje com novos desafios

A propaganda eleitoral gratuita dos candidatos nas eleições 

municipais deste ano começa a partir de hoje

CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE/RS

Chavismo e oposição rejeitam ideia do Brasil 

de nova eleição na Venezuela

Presidente Lula disse ontem que ainda não reconhece Maduro como vencedor da eleição

DIÁRIO DE NOTÍCIAS - LISBOA/PT

quinta-feira, 15 de agosto de 2024

RADAR JUDICIAL

OBRIGAÇÃO: TABELA DA OAB

Em uma ação negatória de paternidade com anulação de registro civil, na apelação, foram opostos embargos de declaração, sob fundamento de omissão ao pedido de suspensão do feito, além de correção da verba honorária, na forma do art. 85, §8-A do CPC. Os embargos foram acolhidos para reparar a omissão acerca da suspensão, apesar de entender-se inviável, segundo decidiu a 2ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo. Acerca dos honorários, o relator, desembargador Giffoni Ferreira informou sobre a baixa complexidade da causa e assegurou que o juízo não está obrigado a utilizar a "tabela copiada pela defesa" e manteve o valor fixado por equidade "por evitar ofensa ao princípio insculpido no art. 884 do CC". Assegurou que o valor poderia configurar enriquecimento ilícito por parte dos advogados. O advogado Tarcísio Germano de Lemos Filho interpôs embargos em embargos, apontando obscuridade e contradição no julgado, porque pode inclusive "conduzir à violação do princípio da legalidade".  

TRUMP NÃO QUER SER JULGADO

O ex-presidente Donald Trump pediu afastamento do juiz Juan Mercham, de Nova York, no julgamento do caso da atriz pornô; em abril e neste mês de agosto, pedidos semelhantes foram indeferidos . O fajuto argumento é de que há conflito de interesses sobre trabalho de consultoria política da filha do magistrado. A sentença da condenação de Trump, no caso da atriz pornô Sormy Daniels, deverá ser publicada no dia 18 de setembro, depois de adiada uma vez. Ele foi considerado culpado das 34 acusações de falsificação de registros comerciais para acobertar pagamento de US$ 130 mil feito pelo ex-advogado pessoal de Trump, Michael Cohen, à atriz Sormy Daniels. Trump queria evitar escândalo sexual antes da eleição de 2016, quando terminou vencendo o pleito, na disputa com a candidata democrata, Hillary Clinton. 

O ex-presidente e a atriz pornô tiveram um caso extraconjugal, depois de encontro que em um torneio de golfe, em 2006. Escreveu o juiz na decisão: "O réu não apresentou nada novo para este tribunal. O advogado simplesmente repetiu argumentos que já foram negados por este e por tribunais superiores e estavam repletos de imprecisões e alegações não comprovadas".  


INDEFERIDO RETORNO DE DESEMBARGADORA

A desembargadora Ligia Maria Ramos Cunha Lima, em habeas corpus, pediu anulação de acórdão da Corte Especial do STJ que prorrogou seu afastamento cautelar até fevereiro/2025. A magistrada é acusada de integrar organização criminosa e interferir nas investigações da Operação Faroeste e esteve presa até junho/2021; o ministro Og Fernandes revogou a preventiva, impôs medidas cautelares, retiradas em 2022, mas a desembargadora está proibida de acessar às dependência do Tribunal de Justiça da Bahia, do Ministério Público, do Conselho Nacional do Ministério Público, da Polícia Civil do Estado da Bahia, da Polícia Federal e Secretarias de Segurança Pública do Estado da Bahia, além de impossibilitada de comunicar com funcionários e utilizar os serviços do órgão. O habeas corpus foi julgado prejudicado pelo ministro Edson Fachin. 

EX-PRESIDENTE É INDICIADO

O ex-presidente da Argentina, Alberto Fernández, foi indiciado ontem, 14, pela Justiça da Argentina, pela prática dos crimes relacionados à violência de gênero contra a ex-primeira dama Fabiola Yanez. Ele foi acusado de lesões graves, ameaças e abuso de poder. É o primeiro ex-presidente da Argentina que é acusado formalmente de violência de gênero. A ex-primeira dama relatou episódios de agressões, além de tê-la pressionado a abortar em 2016. A Justiça apreendeu o celular do ex-presidente e daí surgiram relatos de funcionários que trabalhavam na residência, corroborando as denúncias de Yanez. 

LÚCIFER SEM TEMPLO

A 4ª Vara Cível Especializada em Fazenda Pública de Gravataí/RS, depois de requerimento da Prefeitura, determinou interdição do templo dedicado a Lúcifer, com inauguração prevista para terça-feira, 13. O chefe do Executivo alegou que o local não possui alvará de funcionamento, Plano de Prevenção e Combate a Incêndios e nem CNPJ. A Prefeitura alega também a "insegurança gerada diante da grande repercussão causada pelo tema". Assim, foi suspensa a inauguração e o local interditado. O fundador do templo, Mestre Lukas de Pará da Rua, da Nova Ordem de Lúcifer na Terra, ingressou com recurso contra a proibição. Está escrito no requerimento: "O sítio, a área que nós compramos para o santuário, seria uma área só para encontros. Então, é uma propriedade rural". O santuário conta com uma estátua de cinco metros de Lúcifer e causou muitas críticas em Gravataí.    

Salvador, 15 de agosto de 2024.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.


 

 

 


LIGAÇÃO DE LULA COM A VENEZUELA VEM DE LONGE!

Lula e Chaves
A vinculação de Luiz Inácio Lula da Silva com a Venezuela não é recente, através do governo do destrambelhado Nicolás Maduro. Origina-se do criador de Maduro, o ditador Hugo Chávez, e remonta ao ano de 1996, no encontro do Foro de São Paulo, realizado em San Salvador. Mas a aproximação maior de Lula e Chávez é descrita por Emilio Odebrecht na declaração da delação premiada, quando assegura a roubalheira da Petrobras. Posteriormente, na campanha política de Hugo Chávez, em 2012, o marqueteiro João Santana participou ativamente da luta eleitoral na reeleição de Chávez, atendendo pedido a de Lula. Só que o então presidente venezuelano governou por menos de um ano, vez que veio a falecer. E o sucessor de Chavez foi Maduro, que era chanceler do governo. Na campanha política de Maduro, Lula chegou a gravar vídeo de apoio na eleição de 2013. Maduro elogiou muito a mensagem de Lula que classificou como "dos revolucionários e dos patriotas...". Maduro elegeu e do palácio não saiu mais; deixando inclusive de pagar dívida de seu antecessor ao governo brasileiro, que ele comprometeu pagar.   

Metro da Venezuela financiado pelo Brasil
Quase todas as grandes obras de infraestrutura da Venezuela foram empreitadas da Andrade Gutierrez e da Odebrecht e daí saiu a grande corrupção, com participação de Luiz Inácio Lula da Silva. Aliás, Lula era quem comandava e quem indicava as empresas para executar obras na Venezuela. Uma das grandes obras que coube à Odebrecht foi a usina hidrelétrica de Tocoma. Terminou o governo brasileiro financiando muitas construções e a dívida de Maduro ao Brasil chega aos bilhões. E o Brasil não tem pressionado seus devedores, para quitar seus débitos, a exemplo da Venezuela e de Cuba. As denúncias, segundo investigação da procuradora-geral Luisa Ortega Dias, são de que quase 1 bilhão de reais pago pela Odebrecht em propinas e financiamentos ilegais de campanhas na Venezuela, no período de oito anos. Em 2017, a procuradora foi acusada de "traição" pelo governo Maduro e foi destituída pela Assembleia Nacional Constituinte, tendo fugido para o exterior, para evitar prisão do regime carcomido por corrupção. Assumiu o lugar dela o atual titular Tarek William Saab, completamente manobrado por Maduro, responsável pelas ameaças de prisão a quem diz que houve fraude na reeleição de Maduro.  

A ex-procuradora-geral da Venezuela denunciou contratos públicos celebrados com a Odebrecht em valores que chegam a US$ 22 bilhões, mais de R$ 126 bilhões. Essa maracutaia acontece em sete obras, entre as quais uma usina hidrelétrica, projetos ferroviários e três pontes. A procuradora Luisa Ortega concluiu nas investigações que mais de US$ 30 milhões, ou seja, R$ 171 milhões foram destinados para a Odebrecht, que usou parte para a campanha de Maduro em 2013. O STF fragilizou a apuração da corrupção desenfreada, quando decidiu que processos de corrupção, envolvendo caixa dois de campanha teria que ser decididos pela Justiça Eleitoral. Evidente que esse segmento da Justiça nunca teria condições de julgar esses processos e o STF assim posicionou, visando a prescrição desses crimes. Daí originou-se muitas anulações das sentenças do então juiz Sergio Moro. O ministro Dias Toffoli anulou todas as provas do acordo de leniência, assinados pela Odebrecht, evitando multas bilionárias e não se sabe de Toffoli ter levado para o plenário manifestar sobre sua decisão monocrática. Mas, o ministro não parou por aí, pois está estendendo sua decisão para muitos processos, buscando beneficiar seu criador, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em junho último, João Santana e Mônica Moura foram beneficiados com anulação de três ações penais, sob fundamento de provas "imprestáveis", originadas do acordo da Odebrecht.  

Enfim, os criminosos que devastaram os cofres públicos ontem, receberam o perdão e recomeçam com o trabalho de apropriar dos recursos do país. E o pior é que tudo isso é feito com apoio incondicional da Justiça brasileira, através do STF.

Salvador, 15 de agosto de 2024.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.



CORRUPÇÃO NA JUSTIÇA DE GOIÁS

O Ministério Público de Goiás pediu a prisão temporária do juiz Adenito Francisco Mariano Júnior, do seu filho, Pedro Gustavo Gornattes Mariano, do contador Leandro Alves da Silva e de Raul Luiz Tedesco Reis no inquérito de esquema criminoso de venda de decisões judicias. A justificativa é de que torna-se essencial a prisão para garantir a coleta de provas, sem interferência ou manipulação, na operação deflagrada na terça-feira, 13. A desembargadora Nelma Branco Ferreira Perilo indeferiu a prisão, mas determinou medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica por cinco dias, quebra do sigilo bancário, proibição de deixar a cidade onde residem e manter contatos entre os investigados. A magistrada escreveu: "Embora o Ministério Público argumente que a prisão temporária justifica-se para garantir a "coleta de provas sem interferência", prevenir "manipulação de provas", restringir a "comunicação entre os envolvidos para assegurar depoimentos genuínos" e proteger "testemunhas contra coação", em razão da influência e poder dos investigados/representados, mormente do juiz de direito Adenito, não indica nenhum fato/dado concreto que demonstre que os representados estejam tentando obstruir as investigações da autoridade competente para a medida". 


A apuração do caso está está sob direção da Divisão de Inteligência Institucional do Tribunal, do Ministério Público e da Polícia Civil. Os advogados investigados são acusado de fraudarem documentos para encaminhamento de seus processos para as comarcas onde atua o magistrado, visando obter liminares em troca de dinheiro. O filho do juiz, Pedro Gustavo Gornattes Mariano, era o responsável pelo recebimento do dinheiro que seria pago pelas decisões judiciais. Descobriu-se que as contas bancárias dele tiveram "movimentações atípicas", incompatível com seu perfil econômico, segundo dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras, COAF. Em seis meses, Mariano recebeu R$ 1,9 milhão. Os investigadores constataram que, em 2020, o filho do juiz recebeu R$ 210 mil de uma criança de 12 anos. É que seu pai era parte em um processo na comarca de Serranópolis/GO, quando o juiz Adriano estava na comarca e concedeu liminar para suspender leilão de um imóvel rural, em Paratinga/MT. Por último, o magistrado estava lotado na comarca de Silvânia/GO e foi afastado pelo período de 180 dias. Leandro Alves da Silva, o contador, elaborou 25 laudos contábeis em processos do juiz Adenilto. 


DESEMBARGADORES E JUÍZES AFASTADOS

Quatro desembargadores e dois juízes do Tribunal de Justiça do Maranhão são suspeitos de fraudar decisões judiciais; eles são investigados na "Operação 18 Minutos" e consta da expedição de alvará e saque de recursos desviados, agilizando a transferência ilícita de fundos. Foram cumpridos ontem 55, mandados de busca e apreensão, expedidos pelo STJ, nos estados do Maranhão, Pará e Rio de Janeiro. Dentre as medidas adotadas inserem-se o bloqueio de bens e afastamento dos suspeitos de suas funções. Há suspeitas de envolvimento nos crimes de juízes aposentados e de advogados. Gente importante está na lista de investigados: a desembargadora Nelma Celeste Sousa Silva Sarney Costa, cunhada do ex-presidente José Sarney; o desembargador Marcelino Everton Chaves; o desembargador Luiz Gonzaga Almeida Filho; o desembargador Antônio Pacheco Guerreiro Júnior; a juíza Alice de Sousa Rocha e o juiz aposentado Cristiano Simas de Sousa.

A organização criminosa compunha de três núcleos, sendo integrada por ex-servidores do banco, advogados e magistrados. Um caso investigado foi sobre o desvio, através de decisão judicial, de R$ 14 milhões. O Tribunal de Justiça do Maranhão publicou nota afirmando que a "operação da PF é determinada pelo STJ" e que colabora com a "Operação 18 minutos".       

MUSK APROXIMA-SE DE TRUMP

Elom Musk está especializando em criar casos com autoridades no mundo. No Brasil, o extrovertido milionário implicou com decisões que não lhe agradam. O presidente da Corte, ministro Roberto Barroso foi obrigado a emitir nota, sem citar nome do empresário, após "uma série de publicações sem seu perfil, dizendo que a empresa reverteria restrições impostas em decisões da Suprema Corte". Musk ainda diz em censura, inexistente na Justiça brasileira. Na nota está escrito, o ministro diz "o inconformismo contra a prevalência da democracia" é manifestada pela "instrumentalização criminosa das redes sociais". Barroso foi enfático para dizer que "toda e qualquer empresa que opere no Brasil está sujeita à Constituição", cenário que Musk não aceita, pois pensa que seu dinheiro é capaz de conferir-lhe mundanismo em todo o mundo.   

Elon Musk, que não votou na última eleição em Trump, mudou de ideia e passou a apoiar o candidato. Neste sentido inventou uma entrevista com Trump, mas não obteve o esperado apoio do americano. No Brasil, Musk insurge-se contra determinação da obrigatoriedade das empresas que administram serviços de internet serem obrigadas a cumprirem ordens e decisões judiciais. Enfatiza que "as redes sociais não são terra sem lei! As redes sociais não são terra de ninguém". Musk está sendo investigado no inquérito das milícias digitais sobre sua conduta dele e eventual incitação ao crime. O irrequieto empresário continua atacando o ministro Alexandre de Moraes e questiona suas medidas para evitar a proliferação do crime nas redes.  



MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 15/08/2024

CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF

Moraes recebe apoio no Supremo e é alvo de críticas da Oposição

Ministros do STF saem em defesa do magistrado, acusado de determinar ao TSE, fora do rito judiciário, a produção de relatórios para respaldar suas decisões contra aliados de Bolsonaro. Senadores de oposição coletam assinaturas para tentar destituí-lo do cargo

O GLOBO - RIO DE JANEIRO/RJ 


Acidente aéreo

Avião da Voepass que caiu teve falhas no sistema de degelo detectadas várias vezes em 2023

Anotações de mecânicos em 5 aeroportos constam de relatórios de julho do ano passado


FOLHA DE SÃO PAULO/SP 



Comissão do Congresso barra R$ 1,35 bi ao Judiciário em retaliação a decisão de Dino

Congressistas votam por rejeição de MP de Lula após suspensão de emendas; tema ainda precisa ser votado no plenário da Câmara

  • SALVAR ARTIGOS

TRIBUNA DA BAHIA - SALVADOR/BA

OAB cobra que Moraes explique se agiu 

fora do rito do TSE durante investigações

A solicitação da OAB segue uma revelação da Folha de S.Paulo 

sobre possíveis práticas irregulares

CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE/RS

MP pede indiciamento de ex-presidente argentino por “lesões” e “ameaças”, diz promotor

Fernández é acusado de violência de Gênero contra sua ex-companheira, Fabiola Yáñez


DIÁRIO DE NOTÍCIAS - LISBOA/PT

quarta-feira, 14 de agosto de 2024

RADAR JUDICIAL

COBRANÇA DE TAXA ASSISTENCIAL

O Sindicato dos Trabalhadores em entidades Recreativas, Assistenciais de Lazer e Desportos teve pedido de desconto obrigatório de "taxa assistencial", no salário de empregados não sindicalizados, negado, pela 1ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região. O sindicato pretendia receber R$ 120,00 dos trabalhadores da categoria, mesmo sem serem associados da entidade. O julgamento deu-se na quarta-feira, 7, quando se rememorou entendimento da Corte, negando a imposição de desconto, a título de contribuição assistencial, no salário de trabalhadores não filiados. O julgado trouxe entendimento do Supremo Tribunal Federal que diz: "somente a contribuição sindical prevista especificamente na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), por ter caráter tributário, é exigível de toda a categoria, independentemente de filiação".  

No caso, considerando tratar-se de "taxa assistencial" não se aplica aquela compreensão, porque de natureza distinta da contribuição sindical", segundo manifestação do Tribunal. Os ministros do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região decidiram um caso sobre uma escola de tênis, questionando a cobrança do Sindicato dos Trabalhadores em Entidades Recreativas Assistenciais do Distrito Federal referente a taxa assistencial.   

ADVOGADO É ACUSADO DE FRAUDE

O advogado Jonas Fonteneles de Moura foi impedido pela juíza Adriana Costa dos Santos, da 3ª Vara Cível da Comarca de Nova Iguaçu/RJ, de atuar em causa de interesse da empresa Eldumar Prestadora de Serviços de Montagem Industrial. Assegura-se que a decisão da magistrada, atendendo pedido da empresa executada, impede fraude milionária e desmantela "grande golpe", promovido pelo advogado Jonas Fonteneles. A juíza determinou bloqueio de valores da empresa Eldumar, em fevereiro/2019, causando fechamento da empresa, que militava no setor de óleo e gás. Os danos, 50 milhões, ocorreram face a bloqueio indevido, sustentado em cópia de contrato de honorários fraudulento do advogado Jonas Fonteneles. A empresa nega contrato de honorários celebrado com Jonas e ele não apresentou o original, exigido pela juíza. O resultado é que o advogado vai responder a processo nas esferas penal e administrativa, além de solicitação de sua exclusão dos quadros da OAB.    

CORRÉUS BENEFICIADOS

O 1º Grupo de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo acolheu pedido de revisão e absolveu um homem condenado por roubo. O fundamento foi de que a decisão fundamentou-se exclusivamente na confissão extrajudicial de outro réu, que nem foi ouvido em juízo. Os corréus terminaram sendo beneficiados. Trata-se de processo contra três pessoas que invadiram uma casa com armas de fogo e roubaram celulares, notebooks, joias, dinheiro e um carro. Um dos três foi condenado em primeira instância pela prática do crime de roubo e a 11ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo ajustou a pena para nove anos e 11 meses. A defesa ingressou com pedido de revisão, alegando que a prova produzida foi somente na fase extrajudicial. Um réu confessou a prática do crime e acusou os outros dois, que negaram. Por outro lado, as vítimas não reconheceram os assaltantes. O desembargador relator, Alex Zilenovski, assegurou que as condenações aconteceram na primeira instância e na 11ª Câmara e sustentadas "exclusivamente na confissão extrajudicial do correu, que não foi corroborada em juízo". 

INCONSTITUCIONAIS LEIS

O Plenário do STF julgou, por unanimidade, inconstitucionais leis do Acre, do Rio de Janeiro e de Mato Grosso; as normas criavam reserva de vagas para homens com restrição para mulheres nos concurso públicos para a Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar dos estados. Trata-se de Ações Diretas de Inconstitucionalidade apresentadas pela Procuradoria-geral da República. As novas convocações do cadastro de reserva deverão alternar homens e mulheres, com observância das classificações. O entendimento de julgamentos anteriores foi invocado para assegurar o direito de as mulheres concorrerem em igualdade condições com os homens. 

EXAME NACIONAL SUBSTITUI 1ª ETAPA

O CNJ decidiu na 9ª Sessão Ordinária da terça-feira, 13, que os Tribunais de Justiça poderão servir do Exame Nacional da Magistratura como primeira etapa dos concursos públicos, na magistratura. Foram alterados termos da Resolução 75/2009. O ministro Roberto Barroso explicou que "a ideia privilegia a um só tempo a autonomia dos tribunais e a economicidade no uso dos recursos públicos. Além disso, a substituição da primeira fase pelo Enam contribui para a celeridade e para a simplificação do certame, dispensando-se uma etapa do concurso sem prejuízo da higidez e do rigor necessários ao processo seletivo da magistratura".  

Salvador, 14 de agosto de 2024.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.


SOBRE ELEIÇÃO NA VENEZUELA

O professor Raphael Vasconcelos, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, acompanhou a eleição de 28 de julho, em Caracas, a convite do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela. A votação na Venezuela obedece a um ritual seguro e o melhor da região: o eleitor dá o voto na urna eletrônica e o voto físico em outra urna. Esta é aberta em 54% dos colégios e compara com o boletim da eletrônica, segundo explica o professor. Na última eleição mais de 12 milhões de venezuelanos votaram. Mas o professor não tem boas lembranças do curto período em Caracas; ele diz que "teve de correr para o bunker dentro do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE), em Caracas, logo após a eleição...", porque, poucos instantes antes, Nicolás Maduro foi declarado reeleito e os opositores contestavam o resultado com explosões e os observadores à busca de proteção.  


Vasconcelos saiu do local, foi ao hotel apanhou suas malas e seguiu para o aeroporto de Maiquetía para retornar ao Brasil. Mais de 2 mil pessoas foram presas pelo regime de Maduro, além de 25 mortes, em protestos registrados no país. Vasconcelos foi secretário do Tribunal Permanente de Revisão do Mercosul e declara decepcionado com a omissão do Conselho em detalhar a votação, limitando-se a proclamar Maduro como reeleito. O professor Raphael elaborou um relatório, em nome do Núcleo de Estudo e Pesquisa em Direito Internacional, NEPEDI, da UERJ, e pedia divulgação dos dados pelas mesas eleitorais. Estados Unidos e muitos outros países, além da imprensa como o New York Times, declararam que a vitória foi da oposição e houve fraude nos resultados apresentados pelo CNE. Por outro lado "analistas independentes de pesquisas e eleições revisaram a abordagem dos pesquisadores e disseram que, com base nos números compartilhados, as estimativas pareciam críveis".