Simon Stiell, secretário-executivo da UNFCCC, disse que o mapa do caminho reúne conhecimento de diversos setores para mobilizar recursos em grande escala e pode acelerar a descarbonização global. O roteiro surgiu como iniciativa conjunta das COP29 e COP30 após a edição anterior fracassar em avançar no financiamento climático, resultando apenas em um acordo de US$ 300 bilhões anuais —valor considerado insuficiente. O novo plano recebeu 227 contribuições de países, ONGs, pesquisadores e empresas. O documento propõe rever regras financeiras e taxar fortunas, jatinhos e artigos de luxo. A principal estratégia é facilitar o acesso de países em desenvolvimento ao financiamento privado, o que poderia gerar US$ 650 bilhões. Bancos de desenvolvimento e fundos multilaterais poderiam aportar US$ 300 bilhões, novas fontes de baixo custo outros US$ 230 bilhões, países desenvolvidos US$ 80 bilhões e a cooperação Sul-Sul cerca de US$ 40 bilhões.
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domingo, 16 de novembro de 2025
COP30: PAÍSES DIVIDIDOS NA CONFERÊNCIA
O relatório elaborado pelas presidências da COP29 e COP30, que sugere como mobilizar US$ 1,3 trilhão anuais para financiamento climático, dividiu países na conferência. Algumas delegações manifestaram apoio, enquanto outras demonstraram ceticismo ou se recusaram a respaldar o documento. O Japão adotou o posicionamento mais firme, afirmando que não pode apoiar um texto que não integra o mandato oficial de negociação da COP. A China elogiou o esforço, mas também ressaltou que o estudo não faz parte da agenda negociada entre os países. Outras delegações, como a do Quênia, questionaram a implementação do plano e a garantia de que os recursos chegarão aos países mais pobres. Segundo André Corrêa do Lago, presidente da COP30, a resistência não foi ao conteúdo técnico, mas à legitimidade de discutir durante a conferência temas que envolvem outros setores de governo e instituições multilaterais. Corrêa do Lago afirmou estar satisfeito com a mobilização e disse que o roteiro continuará sendo desenvolvido ao longo da presidência brasileira da COP. Noruega, Reino Unido e União Europeia expressaram apoio e sugeriram mecanismos para acompanhar a implementação do plano.
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