___________________________________________________________________________
As tarifas impostas por Donald Trump para importação de produtos brasileiros causou estranheza em todo o mundo, principalmente pelo alto percentual de 50%. O diretor-geral de Américas do Eurasia Group, Cristopher Garman, declarou: "Embora o presidente Trump já estivesse ameaçando os membros do Brics com tarifas adicionais, o Brasil inicialmente estava na lista das nações que tiveram a taxa mínima, de 10%, e é um país que tem déficit na balança comercial com os Estados Unidos". No entendimento de Garman a motivação de Trump para essa elevada alíquota é política e ideológica: "A política brasileira é um espelho da política americana. Me parece que Trump se identifica com os desafios que Bolsonaro enfrenta no Brasil. Ambos veem como vítimas de um establishment progressista, que supostamente caminharia para um regime de censura por meio de ataques aos oponentes pelas vias judiciais". O analista assegura que as taxas de 50% para o Brasil "não têm qualquer justificativa comercial ou econômica".
Para Garman, o anúncio de Trump "enfraquece um governo que está no espectro ideológico oposto". Trump busca também penalizar os membros do Brics, porque entende que "se opõe aos interesses americanos". Garman assegura que boa parte das exportações brasileiras poderão ser vendidas para outros mercados. A "tendência é que a taxação tenha um impacto modesto no crescimento do Brasil, mas, ainda assim, haverá um impacto". O analista diz que "acho razoável pressupor que Lula pode se beneficiar parcialmente dessa taxação". Garman entende que "pode haver um fortalecimento da relação do Brasil com China, União Europeia e Oriente Médio".
Nenhum comentário:
Postar um comentário