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O juiz Joseph Laplanrte, de New Hampshire, nomeado pelo presidente republicano George W. Bush, em ação coletiva bloqueou ordem executiva de Donald Trump que visava acabar com a concessão de cidadanias por nascimento. Um dos autores da ação é um brasileiro que vive na Flórida desde 2020, com o filho que nasceu há quatro meses. O juiz escreveu na decisão que "o tribunal concede o pedido dos demandantes para a certificação provisória de ação coletiva, visto que cumpre os requisitos". Os bebês nascidos a partir de 20 de fevereiro de 2025 são beneficiados com a decisão judicial. A Casa Branca dispõe de sete dias para recorrer. O magistrado assegura que "a privação da cidadania americana é uma mudança abrupta de política que vinha de longa data ... isso é um dano irreparável". Juristas aplaudem a manifestação, porque o direito à cidadania por nascimento viola a 14ª Emenda à Constituição dos Estados Unidos.
A Suprema Corte, aliada com as pretensões de Trump, restringiu a competência dos magistrados federais de bloquearem decretos presidenciais para alcançar todo o país, mas, no caso, trata-se de ação judicial coletiva, que não é alcançada pela manifestação da Corte. O professor de direito da Universidade George Mason, em Arlington, na Virgínia, Ilya Somin, elogiou a decisão do juiz e declarou dúvida sobre a possibilidade de o caso chegar à Suprema Corte. A 14ª Emenda da Constituição americana estabelece que "todas as pessoas nascidas ou naturalizadas nos EUA, e sujeitas à jurisdição, são cidadãs dos Estados Unidos e do Estado onde residirem".
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