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sábado, 12 de julho de 2025

PROPOSTA INDECOROSA DE GOVERNADOR DE SÃO PAULO


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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, através de telefonemas para vários ministros, apresentou proposta indecorosa e absurda, sugerindo autorização para Jair Bolsonaro viajar aos Estados Unidos para encontrar com Donald Trump e discutir sobre a tarifa aplicada a produtos brasileiros. O governador, certamente influenciado por Bolsonaro, assegurou que o ex-presidente teria condições de negociar com Trump acerca de diminuição da sobretaxa de 50% aplicadas sobre produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos. Outra não poderia ser a reação dos ministros que consideraram absurda a proposta de Tarcísio. Os ministros entenderam que seria o meio encontrado por Bolsonaro para deixar o país, obtendo na sequência asilo político de Donald Trump. Os ministros asseguram que a missão de negociar com outros países pertence à Presidência da República e ao Ministério das Relações Exteriores, não a um ex-presidente que não possui mandato para exercer qualquer negociação.  

O governador paulista está sendo bastante pressionado por empresários do estado a fim de tentar negociar para encontrar um meio para evitar a taxação absurda de Donald Trump. Bolsonaro armou o laço e propôs viajar com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Mota, juntamente com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre para discutir a aprovação pelo Congresso de anistia. O presidente americano não escondeu o abuso cometido; em carta ele confessa que entre as razões insere-se a caça às bruxas no Brasil, misturando aspectos econômicos com políticos.  

TURMP ADOTOU MEDIDAS SOB INFLUÊNCIA DE LOBBY AMERICANO


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A influência sobre o presidente Donald Trump para aumentar as tarifas de importação de produtos brasileiros e investigar práticas comerciais do Brasil situa-se em um grupo de lobby financiado pelas Big Techs dos Estados Unidos. São membros desse grupo Google, Meta, Microsoft, Amazon, Uber, Apple, Pinterest e E-Bay. A Associação da Indústria de Computadores e Comunicações, CCIA, aplaudiu em nota o tarifaço de Trump poucos minutos depois de ele anunciar na rede Truth Social. Texto da nota diz: "A CCIA saúda a atenção da administração em relação às barreiras do Brasil contra exportações digitais dos EUA por meio de uma investigações deliberativa da Seção 301 sobre os prejuízos causados por tratamento discriminatório (...). Esperamos que essas medidas tragam alívio para as operações do setor no Brasil e restabeleçam um comércio aberto e justo entre esses dois importantes parceiros".   

A Seção 301 mencionada pela CCIA é mecanismo da Lei de Comércio dos Estados Unidos de 1974, responsável pela autorização de investigar práticas comerciais desleais com punições. O presidente americano usou a Seção para atuar com a fixação das tarifas contra o Brasil. No final de 2014, a CCIA enumerou todas as ações tomadas pelo Executivo e Legislativo do Brasil que causaram prejuízos aos interesses das Big Techs. O representante do departamento de Comércio, Jamieson Greer, vai promover investigações, determinada por Donal Trump, com uso da Seção 301. O relatório rememora as medidas do Brasil executadas no caso da suspensão da rede X, de Elon Musk, pelo STF, em agosto/2024, e da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais e vai até as "taxas das bruxinhas", Lei 4.902/2024, que fixou taxação de compras internacionais de produtos que custa até 50 dólares.      



MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 12/7/2025

CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF

'Trump não é xerife do mundo' e 'deve estar muito mal informado': o que Lula disse após anúncio de tarifas dos EUA

O presidente do Brasil deu longas entrevistas ao Jornal Nacional, da Globo, e ao Jornal da Record na quinta-feira (10/7). Confira os principais destaques.

O GLOBO - RIO DE JANEIRO/RJ

Enem 2024: saiba quais são as melhores escolas do Brasil em redação 

No quesito redação, a maior nota veio da cidade de Petrópolis, do Colégio Ipiranga, que faturou 930,91

FOLHA DE SÃO PAULO - SÃO PAULO/SP

Guerra da Ucrânia piora após volta de Trump à Casa Branca; veja infográficos

Ataques aéreos disparam e puxam o aumento da intensidade do conflito, que republicano disse que encerraria em 24 horas

TRIBUNA DA BAHIA - SALVADOR/BA

Nobel de economia, Paul Krugman defende impeachment de Trump por tarifa de 50%

Economista tratou a medida como 'diabólica e megalomaníaca' 

e disse que não há justificativas econômicas para a taxação

CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE/RS

Técnico do Chelsea prevê duelo ofensivo contra 
o PSG na final do Mundial de Clubes

Enzo Maresca vai em busca de seu segundo título à frente dos Blues

DIÁRIO DE NOTÍCIAS - LISOBA/PT 

Guia do que vai mudar com as restrições na imigração - para quem virá e para quem já está em Portugal

O texto da legislação inclui várias alterações propostas pelo Chega e aceites pelo PSD, partido do Governo.

sexta-feira, 11 de julho de 2025

RADAR JUDICIAL

ESCRITORA NEGRA NA ACADEMIA

A Academia Brasileira de Letras, em 128 anos, recebeu a primeira escritora negra, na quinta-feira, 10. Ana Maria Gonçalves é autora do livro "Um defeito de cor" e ocupará a cadeira 33, desocupada em maio com a morte do professor e gramático Evanildo Bechara. Ela foi eleita com 30 dos 31 votos, concorrendo com 12 candidatos. Ana Maria é roteirista e dramaturga e foi vencedora do Prêmio Casa de las Américas, em 2007, com o livro "Um defeito de cor".  

NOBEL DE ECONOMIA DEFENDE IMPEACHMENT DE TRUMP

O vencedor do Nobel de Economia de 2008, Paul Krugman, pugnou pelo impeachment do presidente Donald Trump, depois da taxação de 50% dos produtos brasileiros para entrar nos Estados Unidos. Ele diz que não há razão econômica para esse posicionamento e a ocorrência deu-se unicamente por motivações políticas. Diz Krugman: "Se ainda tivéssemos uma democracia que funcionasse, essa jogada contra o Brasil seria, por si só, motivo para impeachment".  

DOIS ADVOGADOS NO TSE

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou os advogados Estela Aranha e Floriano de Azevedo Marques para o cargo de ministros efetivos do TSE, na classe de juristas, de conformidade com publicação de ontem. Floriano foi reconduzido para mais dois anos e Estela cumprirá o primeiro mandato; ele é natural de São Paulo, 57 anos, e assumiu o primeiro mandato em 2023. Estela é também paulista e atuava na assessoria no gabinete da Presidência do TSE. O TSE é composto por sete ministros, sendo três do STF, dois do STJ e dois representantes da classe dos juristas. A presidência do TSE cabe a ministros do STF; atualmente é dirigido pela ministra Cármen Lúcia. 

DEPUTADA PEDE BLOQUEIO DE CONTAS DE EDUARDO BOLSONARO

A deputada Erika Hilton pediu ontem, 10, ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, que bloqueie contas bancárias do deputado federal Eduardo Bolsonaro, licenciado do cargo; pediu também bloqueio de investimentos financeiros, propriedades e doações em dinheiro efetivadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro para custear estada de Eduardo nos Estados Unidos. O parlamentar pediu licença, alegando perseguição política; ele está sendo investigado pelo STF por incitar o governo americano a tomar medidas contra o governo brasileiro e o próprio STF. O inquérito contra Eduardo foi prorrogado pelo ministro Moraes por mais 60 dias. Escreveu o ministro: "Verifica-se que o investigado Eduardo Nantes Bolsonaro permanece praticando condutas com o objetivo de interferir e embaraçar o regualar andamento da AP 2.668/DF (núcleo)1), que já se encontra em fase de apresentação de alegações finais pelas partes". 

PRIMEIRO SEMESTRE NO STF: 18.700 PROCESSOS 

Tramitam no STF 18.700 processos, nesse primeiro semestre de 2025, tornando o menor número registrado desde 1992. A diminuição deve-se à consolidação da repercussão geral, possibilitando a separação de processos que não devem ser remetidos à Corte. A repercussão geral foi criada pela Emenda Constitucional 45, de 2004, e passou a ser aplicada depois da regulamentação pela Emenda Regimental 21, de 2007, atualmente prevista no CPC de 2015 e no Regimento Interno do STF. O objetivo é de restringir atuação do STF em recursos extraordinárias que tratam de matérias constitucionais com relevância social, política, econômica ou jurídica. 

Salvador, 11 de julho de 2025.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.



FUNDAÇÃO DISPENSA AJUDA DA ONU

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Segundo o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, no dia de hoje, 11, foram registradas pelo menos 798 mortes, em pontos de ajuda humanitária da Fundação Humanitária de Gaza, FHG, apoiada pelos Estados Unidos e em outros pontos organizados por grupos. A Fundação serve-se de empresas privadas dos Estados Unidos para abastecer a população de Gaza, impedindo a participação das Nações Unidas nessa atividade como se procedia anteriormente. A ONU assegura que o plano da FHG, é "inerentemente não seguro", além de violar regras de imparcialidade humanitária e causar a morte de muitos palestinos no acesso aos centros de distribuição, que são poucos. 

Das 798 mortes registradas neste mês, 615 deram-se nas proximidades dos centros e 183 nas rotas dos comboios de ajuda humanitária, segundo a porta-voz do OHCHR, jornalistas Ravina Shamdasani. A incumbência da distribuição de alimentos em Gaza para a FHG aconteceu no final de maio, por exigência e determinação de Tel Aviv, depois de 11 semanas suspensa. Os números oferecidos pela ONU são sustentados em fontes de informações de hospitais, cemitérios, famílias, autoridades de saúde palestinas, ONGs e seus parceiros. A União Europeia assegura que celebrou acordo com Israel para aumentar a distribuição de ajuda humanitária "diretamente à população". 


SAIU NA FOLHA DE SÃO PAULO

Chantagem rasteira de Trump não passará

Cogitar de que a intimidação fará um Poder independente como o Judiciário brasileiro deixar de processar Bolsonaro é devaneio autoritário

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Um homem com cabelo loiro e pele bronzeada está falando. Ele usa um terno azul e uma gravata amarela. Ao fundo, há uma bandeira americana visível. O homem parece estar em um ambiente formal, possivelmente em uma sala de reuniões.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump -  Kevin Lamarque/REUTERS

A chantagem rasteira de Donald Trump contra o Brasil não vai funcionar. Cogitar de que o Judiciário de uma nação soberana e democrática, que opera com independência, deixará de processar quem quer que seja para livrar o país de retaliações econômicas dos Estados Unidos não passa de devaneio autoritário.

Se a manifestação foi pensada para ajudar Jair Bolsonaro (PL) no julgamento em que é acusado de tramar um golpe, ela, na melhor hipótese para o ex-presidente, terá efeito nulo. Se tentou fortalecer o deputado fugitivo Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para a disputa de 2026, acabará tornando o seu caso na Justiça brasileira ainda mais complicado.

Se seu intento foi impulsionar a direita brasileira, o resultado líquido tenderá a ser negativo. Vai ser difícil ficar do lado de quem patrocina uma agressão estrangeira à soberania e aos empregos brasileiros, pois tarifas adicionais de 50% sobre as exportações teriam efeitos nefastos sobre vários setores da economia nacional.

Chegou a hora de lideranças como o governador Tarcísio de Freitas(Republicanos) escolherem de que lado estão. Ou bem Tarcísio defende os exportadores paulistas e a soberania brasileira ou continua posando de joguete de boné de um agressor estrangeiro e da família Bolsonaro, cujo patriotismo de fancaria se dissolve e se transforma em colaboracionismo diante da perspectiva da cadeia.

Está repleta de mentiras e incoerências a carta em que Trump tenta justificar o ataque comercial. As trocas com o Brasil não contribuem para o déficit norte-americano. Pelo contrário, há anos o resultado da corrente é superavitário para os EUA. O presidente republicano diz defender a liberdade de expressão aqui, mas lá manda deportar quem emite opiniões consideradas erradas pela Casa Branca.

O histórico de decisões anunciadas mas nunca efetivadas de Donald Trump faz duvidar da implementação das tais tarifas adicionais. Ele já mandou cartas ameaçadoras a outras nações marcando prazos para o início da vigência. A entrada em vigor de todas essas decisões causaria tumultos graves na própria economia dos EUA, pois se trata de um imposto sobre seus consumidores.

O sangue frio, portanto, é o melhor caminho para lidar com o novo arreganho de Trump. Nesse quesito, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem se portado bem, o que ficou mais uma vez atestado na reação sóbria do Planalto ao anúncio do tarifaço.

O governo brasileiro não deve abrir mão de seus poderes de retaliar, conferidos pelo Congresso Nacional ao Executivo em legislação recente. Mas deveria recorrer a esse expediente apenas em casos extremos, que ainda não se concretizaram.

Insistir em demonstrar às contrapartes norte-americanas que não há nenhuma razão econômica para a invectiva contra o Brasil continua a ser a linha de ação mais indicada. No mínimo se ganha tempo para que as ciclotimias do populismo empurrem o presidente dos Estados Unidos para outros temas em suas redes sociais.

O tempo trabalha a favor do Brasil e dos outros países acossados pelas bravatas das guerras comerciais de Donald Trump.

editoriais@grupofolha.com.br 

RETALIAÇÃO AO DECRETO DE TRUMP

A retaliação tarifária do presidente Donald Trump pode direcionar para o etanol americano, que deverá ser sobretaxado sem influir no abastecimento ou nos preços no mercado brasileiro. Os membros do governo buscam evitar retaliação linear, mas dirigir para produtos com baixa importância econômica, visando evitar pressão inflacionária no Brasil. A medida tomada por Trump alcança os produtos brasileiros de forma generalizada, mas a exportação de petróleo e combustíveis, por exemplo, não sofrerão impactos significativos. O petróleo poderá ser exportado, com facilidade, para outros mercados, não afetando a Petrobras como grande exportadora do óleo bruto. O Brasil preocupa com o risco de aumento de itens como gasolina, diesel, GLP, QAV e GNL, mas dependerá do percentual no ajuste.      

O direcionamento da retaliação situa-se no etanol importado dos Estados Unidos, sem prejudicar o abastecimento nacional nos preços internos. Estuda-se também tarifa sobre o petróleo bruto de origem americana, cenário no qual o Brasil poderá substituir por petróleo importado da África. Há muitas dúvidas sobre o posicionamento na taxação americana, a exemplo do querosene de aviação, porque aeronaves americanas abastecem no Brasil. Há debates também sobre taxação de serviços e propriedade intelectual, como licenças farmacêuticas, além do setor audiovisual, como filmes e séries.   



JUIZ DERRUBA ORDEM EXECUTIVA DE TRUMP


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O juiz Joseph Laplanrte, de New Hampshire, nomeado pelo presidente republicano George W. Bush, em ação coletiva bloqueou ordem executiva de Donald Trump que visava acabar com a concessão de cidadanias por nascimento. Um dos autores da ação é um brasileiro que vive na Flórida desde 2020, com o filho que nasceu há quatro meses. O juiz escreveu na decisão que "o tribunal concede o pedido dos demandantes para a certificação provisória de ação coletiva, visto que cumpre os requisitos". Os bebês nascidos a partir de 20 de fevereiro de 2025 são beneficiados com a decisão judicial. A Casa Branca dispõe de sete dias para recorrer. O magistrado assegura que "a privação da cidadania americana é uma mudança abrupta de política que vinha de longa data ... isso é um dano irreparável". Juristas aplaudem a manifestação, porque o direito à cidadania por nascimento viola a 14ª Emenda à Constituição dos Estados Unidos.   

A Suprema Corte, aliada com as pretensões de Trump, restringiu a competência dos magistrados federais de bloquearem decretos presidenciais para alcançar todo o país, mas, no caso, trata-se de ação judicial coletiva, que não é alcançada pela manifestação da Corte. O professor de direito da Universidade George Mason, em Arlington, na Virgínia, Ilya Somin, elogiou a decisão do juiz e declarou dúvida sobre a possibilidade de o caso chegar à Suprema Corte. A 14ª Emenda da Constituição americana estabelece que "todas as pessoas nascidas ou naturalizadas nos EUA, e sujeitas à jurisdição, são cidadãs dos Estados Unidos e do Estado onde residirem". 



TRUMP FORÇA O BRASIL A APROXIMAR DA CHINA, UNIÃO EUROPEIA E ORIENTE MÉDIO


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As tarifas impostas por Donald Trump para importação de produtos brasileiros causou estranheza em todo o mundo, principalmente pelo alto percentual de 50%. O diretor-geral de Américas do Eurasia Group, Cristopher Garman, declarou: "Embora o presidente Trump já estivesse ameaçando os membros do Brics com tarifas adicionais, o Brasil inicialmente estava na lista das nações que tiveram a taxa mínima, de 10%, e é um país que tem déficit na balança comercial com os Estados Unidos". No entendimento de Garman a motivação de Trump para essa elevada alíquota é política e ideológica: "A política brasileira é um espelho da política americana. Me parece que Trump se identifica com os desafios que Bolsonaro enfrenta no Brasil. Ambos veem como vítimas de um establishment progressista, que supostamente caminharia para um regime de censura por meio de ataques aos oponentes pelas vias judiciais". O analista assegura que as taxas de 50% para o Brasil "não têm qualquer justificativa comercial ou econômica".     

Para Garman, o anúncio de Trump "enfraquece um governo que está no espectro ideológico oposto". Trump busca também penalizar os membros do Brics, porque entende que "se opõe aos interesses americanos". Garman assegura que boa parte das exportações brasileiras poderão ser vendidas para outros mercados. A "tendência é que a taxação tenha um impacto modesto no crescimento do Brasil, mas, ainda assim, haverá um impacto". O analista diz que "acho razoável pressupor que Lula pode se beneficiar parcialmente dessa taxação". Garman entende que "pode haver um fortalecimento da relação do Brasil com China, União Europeia e Oriente Médio". 



MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE 11/07/2025

CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF

Tarifas de Trump são ideológicas e representam 'grande oportunidade' para Lula na eleição de 2026, diz analista

Christopher Garman, diretor da consultoria Eurasia Group, entende que Trump vê similaridades entre a situacão dele e a de Bolsonaro e usou tarifas para pressionar governo brasileiro em questões políticas.

O GLOBO - RIO DE JANEIRO/RJ

‘Na disputa com Trump, Lula está mais bem posicionado', diz ex-embaixador dos EUA no Brasil

Thomas Shannon destaca que é a 1ª vez que presidente usa claramente as tarifas para intervir politicamente em outro país: 'erro terrível’

FOLHA DE SÃO PAULO - SÃO PAULO/SP

Julgamento no Supremo que endureceu regras contra big techs impulsionou decisão de Trump de retaliar Brasil

Decisão do STF é vista por aliados do presidente dos Estados Unidos como mais uma atitude contrária à liberdade de expressão

TRIBUNA DA BAHIA - SALVADOR/BA

Tarcísio diz que tarifas terão impacto 
‘negativo’ para SP

Governador de SP reconheceu, no entanto, que medida é danosa porque 
'pega empresas importantes, como a Embraer, que fechou 
grandes contratos agora recentemente'.

CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE/RS

Trump exagera e favorece Lula, que ganha 
força com discurso de soberania nacional, 
dizem especialistas

Disputa com Estados Unidos estanca desgaste do Palácio do Planalto, 
que se encontrava em crise com o Congresso, e gera tempo ao governo federal

DIÁRIO DE NOTÍCIAS - LISBOA/PT 

Anjos vs. Joana Marques. Humorista fala pela primeira vez em tribunal e assume que só "queria fazer rir"

A humorista fala esta sexta-feira no julgamento do caso em que é acusada pelos músicos dos Anjos de perdas financeiras e danos à reputação por causa de um vídeo que publicou nas redes sociais.

quinta-feira, 10 de julho de 2025

RADAR JUDICIAL

PARIS SAINT-GERMAIN X CHELSEA

Finalmente, o time francês, Paris Saint-Germain, enfrentará, no domingo, 13, o time inglês Chelsea, de onde sairá o campeão dos clubes. O Real Madrid, atual campeão da Europa, sofreu ontem, nas semifinais da Copa do Mundo de Clubes, goleada de 4 a 0, no MetLife Stadium, em Nova Jersey. O Paris Saint-Germain, nos primeiros 10 minutos, marcou dois gols, e continuou massacrando o Real Madrid que não teve forças para reagir. O primeiro tempo terminou com o elástico placar de 3 a 0. Neste mesmo estádio acontece a final entre o time francês e o inglês, saindo daí o campeão da Copa.   

BRASILEIROS PROTESTAM CONTRA TRUMP

Verdadeira enxurrada de manifestações de brasileiros nas redes sociais contra a baixeza do presidente Donald Trump. Os brasileiros escrevem mensagens, tais como "deixe o Brasil em paz", "Brasil soberano" e de que o país "não é terra sem lei" ou "o Brasil não é seu quintal". O chantagista Trump resolveu restringir os comentários em sua postagens, mas quando reabriu as críticas a Trump retornaram. A tarifa de 50% imposta por Trump não tem sentido econômico, mas meramente político, porquanto o Brasil importa mais do que exporta para os Estados Unidos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assegurou que o Brasil "não aceitará ser tutelado por ninguém" e estuda com sua equipe a forma para retaliar o tarifaço de Trump.    

ANCELOTTI É CONDENADO

O técnico da seleção brasileira, Carlo Ancelotti, foi condenado pela Audiencia Provincial de Madri, na Espanha, a um ano de prisão, pela prática do crime de fraude fiscal, em 2014. Ele deverá pagar à Fazenda espanhola a importância de 386.361,93 euros. Na decisão, ele foi absolvido da causação do ano referente ao ano de 2015, por falta de provas quanto à sua residência fiscal no país, naquele período. Ancelotti omitiu rendimentos conseguidos com a exploração de sua imagem e sua defesa direcionou para alegar que seguiu orientação de assessores, mas não prestou para livrar-lhe da condenação. 

JUSTIÇA LIBERA PRESOS POR FALTA DE ESPAÇO

O juiz Guilherme Augusto Portela de Gouvea, da Vara de Execuções Penais da Comarca de Joinville/SC, determinou liberdade para 89 presos nos próximos dias, na ala do regime semiaberto da Penitenciária Industrial, em virtude da falta de espaço. O magistrado invocou os termos da Súmula Vinculante 56 do STF que impede manter presos em regime mais rígido por falta de vagas. A penitenciária comporta 180 presos no semiaberto, mas abriga 269. Receberam o benefício 22 apenados, porque sem faltas disciplinares graves, e não precisarão usar tornozeleira eletrônica, mas serão obrigados a recolhimento noturno, comparecer mensalmente à Justiça e comprovar atividade laboral. Outros 51 apelados foram autorizados a cumprir a pena em casa, com monitoramento eletrônico e 17 presos aguardam avaliação técnica para liberação em prisão domiciliar.   

GREVE: 60 DIAS

A greve dos professores da rede municipal de Salvador completou 60 dias sem solução. Os professores reivindicam piso salarial nacional de R$ 4.867,77. As duas partes queixam-se de falta de diálogo. A gestão municipal informou que 135 mil estudantes estão sem aulas, com 426 escolas vazias e mais de 8.400 professores foras das escolas. A greve teve início no dia 6 de maio e o Tribunal de Justiça da Bahia considerou o movimento grevista ilegal, através de decisão do juiz Adriano Augusto Gomes Borges. No Supremo Tribunal Federal, o ministro Dias Toffoli manteve a ilegalidade do movimento. Uma professora assegurou que "a prefeitura fez cortes no mês passado de quem está em greve".

Salvador, 10 de julho de 2025.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.

LULA DEVOLVE CARTA

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou ontem, 9, que devolverá a carta do presidente Donald Trump, na qual é comunicado sobre a imposição de tarifas de 50% sobre produtos importados do Brasil. O chefe da embaixada dos Estados Unidos, no Brasil, Gabriel Escobar, foi convocado, pela segunda vez, a comparecer no Itamaraty. Escobar ocupa a posição de embaixador, desde janeiro, quando a ex-embaixadora Elisabeth Bagley retornou aos Estados Unidos e Trump não indicou substituto. A secretária da Europa e América do Norte, embaixadora Maria Luisa Escorel, assegurou que o presidente brasileiro não iria receber a carta, divulgada, antecipadamente, por Trump na sua rede social Truth Social, em gesto deselegante. 

Não é comum a divulgação de um documento de um para outro presidente antes de o destinatário tomar ciência, mas o presidente americano não zela pela boa convivência e atrapalha o rito diplomático. Escorel assegurou que a correspondência é "ofensiva" e contém "afirmações inverídicas", além de "erros factuais", acerca do relacionamento do Brasil com os Estados Unidos. O erro grosseiro na carta acontece quando o presidente Trump afirma deficit do Brasil com seu país, quando na verdade há superávit. A chancelaria da China, no dia de hoje, 10, classificou o tarifaço de Trump como "abuso".