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segunda-feira, 15 de novembro de 2021
CORONAVÍRUS NO BRASIL, EM 15/11/2021
ASSESSOR DE TRUMP É PRESO
A Justiça americana começa a desmantelar o ninho de crime e mentira, criadas no governo Donald Trump. Steve Bannon, principal estrategista da campanha de Trump, em 2016, assistente do presidente na Casa Branca, foi preso, depois de o júri federal receber denúncia com várias acusações. Bannon recebeu perdão presidencial por Trump em seu último dia de governo, pela prática do crime de fraude; depois, em 2020, ele foi preso, acusado de esquema fraudulento de arrecadação de fundos para a campanha "We Build the Wall"; conseguiu a liberdade mediante pagamento de fiança. O estrategista de Trump é guru do filho do presidente, deputado federal Eduardo Bolsonaro, a quem ele nomeou como líder na América Latina do "The Moviment", grupo direitista internacional.
FESTIVAL DE BESTEIRAS QUE ASSOLAM O JUDICIÁRIO, FEBEAJU (CCXV)
Essa investigação, aberta em 2020, quando Moro deixou o Ministério da Justiça, presta-se para apurar a acusação de que Bolsonaro "pediu" o controle da superintendência da Polícia Federal do Rio de Janeiro; a razão é facilmente justificável, pois os filhos do presidente estão envolvidos em organização criminosa no estado e Bolsonaro queria ter o domínio sobre o delegado. O filho, senador Flávio Bolsonaro, é denunciado pela prática dos crimes de peculato, corrupção e organização criminosa, enquanto o vereador Carlos é investigado pela prática da raspadinha, milícias digitais e outras condutas criminosas, imputação que o próprio presidente está comprometido. O STF, através do ministro Alexandre de Moraes, parece não querer resultados, antes da saída de Bolsonaro do Executivo, porque são sucessivas as prorrogações do inquérito por prazos de 90 dias. Sabe-se que a defesa de Bolsonaro tem criado tumulto, visando perenizar o inquérito, e tem obtido êxito, mas a complacência do ministro contribui para não chegar à denúncia.
A resistência de Moro, seguida do pedido de demissão, quando Bolsonaro afastou o delegado Maurício Valeixo, comprovam o intento do presidente, pois, desde que o ex-ministro deixou o governo, Bolsonaro humilha e desmantela a seriedade da Polícia Federal, através de punições políticas de várias formas; já tentou cercear a independência de 18 agentes federais, principalmente no Rio de Janeiro, onde ele controla os passos da corporação. Os castigos partem de objeções às promoções dos delegados que não seguem sua cartilha, até as transferências desta ou daquela região, como aconteceu recentemente com o delegado Rubens Lopes da Silva, que investiga corrupção no contrabando de madeira na Amazônia ou o delegado Rodrigo Fernandes que apurou o atentado em Montes Claros/MG e concluiu pela inexistência de complô da esquerda, como queria o presidente.
Está na hora de a Polícia Federal levantar o grito de independência para continuar com seu trabalho independente e sério que sempre pautou. Por outro lado, o STF não pode permanecer sentado em inquéritos, processos contra o doente mental que desgoverna o país.
Salvador, 15 de novembro de 2021.
INCONSTITUCIONAL LEITURA DE VERSÍCULOS NA CÂMARA
A Procuradoria-geral de Justiça propôs Ação Direta de Inconstitucionalidade contra Resolução da Câmara de Vereadores do município de Itapecerica que determinava a leitura de um versículo da Bíblia antes do início das sessões na Casa Legislativa. O Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo anulou referida norma sob fundamento a Constituição garante o Estado laico. O relator, desembargador Ferreira Rodrigues escreveu no voto, mantida à unanimidade: "Como foi bem ressaltado pelo doutro Procurador-geral de Justiça, não compete ao Poder Legislativo municipal criar preferência por determinada religião, voltado exclusivamente aos seguidores dos princípios cristãos, alijando outras crenças presentes tradicionalmente no tecido social brasileiro como a judaica, a muçulmana, etc., bem como de outras que não ostentam essa percolação, justamente à vista da lacididade do Estado brasileiro."
REGIME COMUNISTA BALANÇA EM CUBA
Após a morte de Fidel Castro e a saída de seu irmão do comando de Cuba, Raul Castro, o povo acordou e neste fim de semana em torno de 70% das províncias do país promoveram protestos contra a ditadura; nas ruas a população pedia "Cuba livre", "Basta de mentiras"; está marcada para hoje grande concentração do povo contra a ditadura, face a escassez de alimentos, remédios, apagões, inflação sem controle, aumento de casos de covid-19 e frequentes cortes de conexão da internet. O início do grito contra o regime comunista na ilha aconteceu em julho e agora houve bem maior adesão do povo. Está programada manifestações em 10 das quatorze províncias.
A derrubada do regime é derrota para Lula que no seu governo destinou milhões para obras no porto de Mariel, através do BNDES; o regime pagou uma parte da dívida, mas deixou montante bastante grande sem liquidar; outras facilidades o governo Lula dispensou para a ilha e outros regimes, a exemplo da Bolívia, no governo de Evo Morales, porque aceitou e até apoiou o controle de duas refinarias e a nacionalização da exploração de gás.
BOLSONARO MENTE EM DEPOIMENTO
Relatórios da Polícia Federal desmentem o depoimento do presidente Jair Bolsonaro, no inquérito sobre a interferência no órgão. O presidente declarou que reclamou de Moro a troca do comando em Pernambuco porque era baixa a produtividade no comando da delegada Carla Patrícia Barros da Cunha, que permaneceu na direção entre dezembro/2019 até junho/2021. O dados mostram que houve aumento de produtividade nas operações contra desvio do dinheiro público, diferentemente do que declarou Bolsonaro no seu depoimento, que não contou, como devia, com a presença do advogado de Sergio Moro. Somente no ano de 2020 as operações tiveram aumento de 91%, em relação a 2019 e 283% considerando os números de 2018.
MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 15/11/2021
CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF
domingo, 14 de novembro de 2021
CORONAVÍRUS NO BRASIL, EM 14/11/2021
COLUNA DA SEMANA
PROCURADORIA PEDE ARQUIVAMENTO, MINISTRO INDEFERE
O ministro Roberto Barroso não acolheu a manifestação da Procuradoria-geral da República no sentido de arquivar investigação da Polícia Federal que indiciou o senador Fernando Bezerra Coelho, líder do governo no Senado. Trata-se de propinas, R$ 10,4 milhões, recebidas de empreiteiras por Coelho, quando era ministro de Integração Nacional, no governo de Dilma Roussef. Barroso despachou no sentido de que "não há atribuição do Procurador-Geral da República para pedir o arquivamento nem competência deste relator para apreciar a questão", porque matéria para a Procuradoria Regional da República de Pernambuco. O caso deverá ser decidido pela Justiça Federal de Pernambuco.
REVOGADA LIMINAR QUE PERMITIA VOTO DE INADIMPLENTE
O vai-e-vem das liminares suspensas prosseguem na Justiça brasileira. É que a liminar concedida pela juíza federal Carmen Sílvia Lima de Arruda, da 15ª Vara Federal do Rio de Janeiro, em Ação Civil Pública, permitindo o voto de inadimplentes na eleição da OAB/RJ foi revogada. No plantão, o desembargador federal Guilherme Couto de Castro apreciou Agravo de Instrumento e resolveu suspender a liminar para assegurar o voto, no próximo dia 16, somente para os advogados adimplentes. Escreveu o magistrado no final da decisão: "Sem que se avance sobre o mérito, há sinais de direito em favor da agravante, e o tema já veio ao Judiciário em feitos recentíssimos".
REELEIÇÃO SUCESSIVA INADMISSÍVEL
O Plenário virtual do STF julgou Ação Direta de Inconstitucionalidade, ajuizada pela Procuradoria-geral da República, questionando a Constituição do estado de Goiás que não restringe o número de vezes que os membros da Casa podem pleitear para dirigir o Legislativo. Foi julgada inconstitucional a reeleição ilimitada da mesa da Assembleia Legislativa e limitada a apenas uma reeleição, na mesma legislatura ou na seguinte; o fundamento é de que esse procedimento repetido por muitas vezes transgride a temporalidade dos mandatos eletivos e da alternância do poder. Prevaleceu o voto da ministra Rosa Weber, relatora do caso.