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domingo, 13 de março de 2022

COLUNA DA SEMANA

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seus seguidores têm como meta, em caso de vitória do PT na eleição deste ano, intervenção na Petrobras para derrubar o sistema de paridade de preços de importação, adotado pela petrolífera e que aumenta o preço dos combustíveis sempre que haja flutuação do valor do petróleo, no mercado internacional. O assunto está em discussão no Congresso Nacional e foi aprovada a proposta do relator, deputado do PT, para adoção de um sistema denominado de "conta de compensação", que, já se antecipa, não será aceito por Lula, porque prefere estorvar a sistemática em vigor. A tese aprovada importa em instituir uma banda de variação para o preço do barril de petróleo de forma que em tempos de equilíbrio, a diferença entre o piso e os preços praticados ficam reservados para uso, quando o teto for rompido, impedindo assim que o integral aumento seja repassado aos consumidores. 

Fico de cá raciocinando, até que ponto chega o cinismo de Lula e de seus seguidores. Com efeito, Lula só não causou a falência da Petrobras porque os juízes e procuradores da Lava Jato impediram a roubalheira. A rapinagem começou, quando empapuçou a estatal com mais de 400 mil funcionários, número desencontrado em qualquer concorrente de todo o mundo. Além disso, os diretores colocados na empresa prestaram-se para encher os cofres dos partidos políticos, principalmente do PT. Os outros membros de outras siglas eram agraciados, na medida em que submetiam à aprovação de projetos com benefícios para empresários maledicentes com o dinheiro do povo. O mensalão, o petrolão e a Lava Jato mostraram a rapinagem, chefiada por Lula, na Petrobras. O prejuízo que Lula e Dilma causaram à empresa é assustador, pois chegou à cifra de R$ 55 bilhões.

Lula, quando fala em projetos na Petrobras, principalmente, interferência na empresa, causa medo, pois sua ingerência na estatal, como agora propõe, quase quebra, imagine se for eleito e praticar o que promete? Os dois presidentes do PT deveriam prestar contas das propostas de construção de uma refinaria, que originou outra roubalheira. Lula convidou o ex-presidente da Venezuela para participar da construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, com investimentos iniciais de de US$ 3 bilhões; pouco tempo depois anunciava-se o novo orçamento de R$ 20 bilhões. A parceria de 40% prometida por Hugo Chávez não aconteceu e o Brasil continuou sozinho no monumental investimento. Na verdade, se construísse a Abreu Lima e ela funcionasse como projetado, conquistaríamos nossa independência no refino de petróleo, mas a tentativa prestou-se somente para a continuidade de roubos dos petistas. 

A refinaria foi inaugurada em 2014, no governo de Dilma, com o funcionamento somente de uma das duas unidades, mas o custo do refino de petróleo era de 87 mil dólares o barril, correspondente a mais de três vezes a média de custo mundial. Em 2019, a refinaria tornou-se alvo da Lava Jato e juntamente com a inviabilidade do projeto, a Abreu e Lima foi colocada à venda mas não apareceram interessados. Em 2016, o Tribunal de Contas da União constatou superfaturamento de R$ 2,1 bilhões nas obras da refinaria. 

Depois de todos esses escândalos, considerando esse histórico, que se cinge somente à Abreu Lima, como pode o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, aparecer com esse discurso de que, se eleito, mudaria a atual politica de preços e interferiria na Petrobras! 

É inconcebível tamanha tredice do maior responsável pela corrupção na Petrobras! 

Salvador, 13 de março de 2022.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.


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