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domingo, 20 de março de 2022

RÚSSIA X UCRÂNIA E O MUNDO (XXIX)

RUSSOS CONTRA A GUERRA

Um dos mais populares âncoras da televisão russa, Madsim Galkin, escreveu na rede social: "Não há justificativas para a guerra, eu digo "não para a guerra"; um cantor russo, Valery Meladze, através de vídeo implorou pelo fim da guerra e conquistou quase 4,5 milhões de visualizações. 

PUTIN É ODIADO

O presidente e carniceiro Vladimir Putin, da Rússia, é uma das autoridades menos amadas do mundo, "trunfo" que ele conquistou depois da invasão da Ucrânia. 

A jornalista Marina Ovsyannikova, que manifestou contra a invasão da Rússia, quando ingressou na sala, onde um canal de televisão apresentava noticiário, pediu demissão da TV onde trabalhava. Outra jornalista, Anastasiia Lapatina, do "The Kyiv Independent", em seu perfil social, lamentou a invasão de militares russos à vila onde cresceu no interior da Ucrânia; a jornalista Ksenia Sobchak, filha da senadora Lyudmila Narusova e de Anatoly Sobchak, primeiro prefeito eleito de São Petersburgo, é membro da coordenação da oposição russa e concorreu contra Putin nas eleições de 2018. 

Soldados russos vão para a guerra, temendo as graves consequências; pois há registros de soldados russos atirando na própria perna para evitar o combate na Ucrânia. Afinal, há um comunicado do governo Putin, proibindo os cidadãos de protestarem contra a guerra na Ucrânia.

PUTIN FOI "PEITADO" POR PODEROSOS

Garry Kasparov tem rixa com Putin bem antiga. Em 2005, ele ex-campeão mundial de xadrez, largou o esporte e ingressou na política, transformando em líder da oposição na Rússia. Ultimamente, tentou candidatar à presidência, mas terminou preso; publicou inúmeros artigos, alertando o mundo da ameaça que Putin representa. Em 2013, com a família em Nova York, não voltou mais à Rússia e disse que iria lutar à distância contra o carniceiro. No início da guerra, Kasparov chamou Putin de ditador. 

Alexei Navalny, ativista, blogueiro e líder opositor sofreu muitas consequências, entre as quais quase morre, em 2020, envenenado por agentes do governo, na Sibéria. Em fevereiro/2021, um tribunal de Moscou prendeu Navalny, acusando-o de ter violado sentença, suspensa em 2014.

Boris Verezovsky foi um dos mais poderosos oligarcas da Rússia; ajudou a eleger Putin, mas quando ele assumiu o cargo foi criticado por Bereezovsky e mudou-se para a Inglaterra, onde pediu exílio político. Posteriormente, foi encontrado morto em seu apartamento, em 2013.

Nadejda Andreevna Tolokonnkova é artista plástica, cantora e participou de um grupo de anarquista feminista Pussy Riot e terminou presa, em 2012, por ativismo político, quando invadiu a Catedral de Cristo Salvador, em Moscou com o objetivo de criar performance de uma das músicas de protesto contra Putin.

ZELENSKY NÃO RECONHECE INDEPENDÊNCIA 

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelennsky, disse que não assumirá "nenhum compromisso que afete a integridade territorial e a soberania" de seu país; assim, o presidente descarta a possibilidade de reconhecer a independência de Donetsk e Lugansk. O presidente Vladimir Putin, pouco antes da invasão, baixou norma tornando esses dois territórios independentes da Ucrânia, com absoluta interferência nas leis da Ucrânia.     

RÚSSIA ATACA LAR DE IDOSOS

O governador regional de Luhansk, Serhiy Haidai, declarou hoje que os russos "apontaram um tanque" em direção a uma casa de repouso "deliberadamente e de forma cínica". Colocaram "o tanque em frente ao prédio e começaram a disparar", anotou o governador, no Telegram. As Forças Armadas asseguram que o exército russo, no bombardeio contra o lar de idosos, na cidade de Kreminna, região de Luhansk, matou 56 pessoas. Interessante é que, com a maior desfaçatez, a porta-voz russa, Maria Zakharova, diz que o Ocidente desenvolve armas químicas contra os russos e que o bombardeiro pode ser "plano americano"; segue as mesmas acusações de Lula e Bolsonaro, que culpam os Estados Unidos pela invasão russa à Ucrânia. 

Salvador, 20 de março de 2022.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.





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