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terça-feira, 22 de março de 2022

RÚSSIA X UCRÂNIA E O MUNDO (XXXII)

PAPA FALA COM ZELENSKY

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky falou, por telefone, com o papa Francisco, no dia de hoje, segundo sua mensagem no Twitter. O papa ligou para o presidente e assegurou que o Vaticano está trabalhando para acabar com a guerra. O embaixador da Ucrânia na Santa Sé disse para Zelensky que "o Vaticano está orando e fazendo tudo o que é possível em busca do fim da guerra. A Ucrânia afirmou que Vossa Santidade é o convidado mais esperado no país". O Papa manifestou em algumas oportunidades contra a invasão russa, apesar de não ter mencionado o nome do presidente Vladimir Putin. 

OLIGARCAS FOGEM DAS SANÇÕES

Os oligarcas russos, amigos do carniceiro Putin, têm recebido sanções do Ocidente e dos Estados Unidos. Roman Abramovich tenta desvencilhar das punições, escondendo, no que pode, seu patrimônio. O jornal Daily Star noticia que o bilionário escondeu seus dois iates, avaliados em R$ 8,5 bilhões, na Turquia. No início da guerra a embarcação denominada Solaris deixou o Caribe e a Eclipse saiu de Barcelona para obter segurança jurisdicional na Turquia. 

RÚSSIA LIBERA FUNCIONÁRIOS UCRANIANOS

A ONU assegurou que a Rússia liberou, no domingo, a maior parte dos 211 funcionários da equipe técnica de Tchernóbil, presos na usina nuclear, desde que as tropas ocuparam as instalações; durante todos esses dias, os funcionários eram obrigados a continuar na manutenção da usina e a Agência Internacional de Energia Atômica manifestou preocupação, face à exaustão dos funcionários com a pressão russa. Em alguns momentos, o governo ucraniano anotou aumento no nível de radiação da usina. A liberação possibilita o rodízio entre os trabalhadores na usina.  

ESTOQUES RUSSOS ACABAM

Relatórios divulgados hoje, pelo comando militar ucraniano, informam que "as forças de ocupação russas têm estoques de munição e alimentos para não mais de três dias". Com isso, acrescido com a falta de combustível, as tropas russas não se movimentam e permanecem onde sempre estiveram, sem possibilidade de ocupar cidades ucranianas. A cidade de Makariv, nos arredores de Kiev, foi reconquistada pelos soldados da Ucrânia, em contra-ofensiva. Ademais, cerca de trezentos militares russos "se recusaram a cumprir a ordem de realizar hostilidades", na região de Okhtyrka.

O Instituto para o Estudo da Guerra disse que "as forças ucranianas derrotaram a campanha russa inicial desta guerra. Os russos não têm homens ou equipamentos para tomar Kiev, a capital, ou outras grandes cidades como Kharkiv e Odessa".

CARNICEIRO TEM PLANO B

O carniceiro da Rússia tem plano B na invasão da Ucrânia. Segundo matéria publicada do articulista  Thomas Friedman, no jornal Estado de São Paulo, Putin autoriza as Tropas Russas a atirar, deliberadamente, contra civis ucranianos, prédios, apartamentos, hospitais, empresas e até abrigos antiaéreos, buscando forçar a população a deixar suas casas, causando crise de refugiados nas nações vizinhas. Friedman diz que não tem fonte secreta no Kremlin, mas, embasado na sua experiência, acompanhando Putin na guerra no Oriente Médio por muitos anos, chegou a conclusão de que o plano do carrasco é inundar a Europa, principalmente a Polônia, Hungria e Europa Ocidental com refugiados, criando ônus social e econômico para os estados da Otan. O carniceiro espera que os países invadidos por refugiados atuarão para forçar a Ucrânia a aceitar qualquer proposta de cessar-fogo. O plano B do carniceiro está sendo posto em prática porque o plano A de render a Ucrânia em questão de poucos dias não se confirmou. Afinal, mais de 3,3 milhões de pessoas fugiram da guerra na Ucrânia e outros 6,5 milhões "estão deslocados dentro do país". 

ZELENSKY FALA PARA ITALIANOS

O presidente Volodymyr Zelensky, da Ucrânia, segue nos seus discursos pelo mundo; primeiro usou a teleconferência para falar para os parlamentares americanos e foi aplaudido de pé; discursou no parlamento do Reino Unido e ontem foi a vez da Itália; assegurou que a Ucrânia está prestes a sobreviver à guerra. Disse mais: "Para as tropas russas, a Ucrânia é a porta da Europa, onde eles querem invadir. Mas a barbárie não deve passar". O primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, assegurou que a Itália apoia o ingresso da Ucrânia na União Europeia.  

Salvador,  22 de março de 2022.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.



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