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terça-feira, 8 de março de 2022

AFINAL, QUEM É PUTIN (III)

Buscando aumentar as fronteiras do país que governa, Vladimir Putin mandou seu exército invadir a Ucrânia no dia 21 de fevereiro; logo após, na tentativa de anexá-la ao seu território, Putin legisla para reconhecer duas regiões da Ucrânia como repúblicas; trata-se de Luhansk e Donetsk que se tornaram independentes, mas, na verdade, passaram a ser submissas ao carniceiro, tal como a Belarus, a Crimeia, a Chechênia e outras pequenas repúblicas. Antes dessa bruta invasão, o carniceiro usou a força bruta para anexar a Chechênia, em 1999, destacando-se, porque impediu a chegada dos rebeldes a Moscou. Os chechenos, com população muçulmana, declararam, por duas vezes, 1991 e 1994, sua independência, mas não conseguiram desvincular-se da Rússia, diante da brutalidade das armas. Putin, na presidência da Rússia, em 2000, arrasou a capital da Chechênia, Grozny. Assim, a Chechênia passou a integrar a Federação Russa, em 2003, mas o fim da guerra só foi declarada em 2009.

Putin não parou por aí e passou a buscar ampliar ainda mais a área territorial da Rússia, através da invasão da Geórgia, depois que o país manifestou interesse em ingressar na União Europeia e na aliança militar Otan, tal como ocorre atualmente com a Ucrânia. Poucos dias depois, a Geórgia capitulou e foi assinado acordo de paz. Depois da Chechênia e da Geórgia, foi a vez da Crimeia, que não mostrou resistência; a anexação deu-se, em 2014. Mas o instinto animalesco de Putin prolongou-se para outras regiões; dirigiu-se a gente, como ele, e apoiou o ditador cruel da Síria, Bashar Al Assad, responsável pela guerra civil no país e pela morte de quase 500 mil pessoas, com 1,5 mil feridos, 6,7 milhões de refugiados.  Na região do Cáucaso, o Daguestão, com maioria de islamistas, busca independência, mas permanece sob domínio do verdugo. Outras regiões são atingidas pelos movimentos, originados da Chechênia e do Daguestão.

A agressão injustificada de Putin conduz a Rússia para o "pantheon" dos rejeitados, juntamente com a Coreia do Norte, Cuba, Venezuela e Nicarágua, mas até o momento ele não se importa e permanece com seu objetivo de anexar a Ucrânia à Rússia. É certo que essa tentativa de anexação da Ucrânia é caminho para interferir e buscar outros territórios na Europa, daí o apoio unânime à Ucrânia dos diversos países da Europa.

A invasão da Rússia, pelo verdugo russo, é justificada sob fundamento de direitos de autodeterminação e à legítima defesa, de conformidade com a Carta das Nações Unidas; é interpretação de um louco que se contenta em aumentar as fronteiras do país que dirige e ainda invoca a Carta das Nações Unidas, onde ele é condenado pela quase unanimidade dos membros da ONU. António Guterres, secretário-geral da ONU, conhece muito bem o presidente russo e jornalistas portugueses interpretam seu posicionamento na ONU em relação à Rússia. O ex-primeiro-ministro português e secretário-geral da ONU, confessa duas das maiores dores de cabeça que enfrenta na direção do órgão: total paralisação do Conselho de Segurança e ameaça de guerra nuclear, aclarada com declarações de Putin.

Os tratadistas asseguram que o carniceiro nunca contava com a reação da Europa, dos Estados Unidos, Canadá e outros países e até dos russos que fazem protestos diários, nas ruas das cidades, contra a guerra. Sua advertência de uso de armas nucleares é preocupante, porque o carniceiro está acuado em todo o mundo e teme perder o poder até mesmo na Rússia, apesar das dificuldades para este ato, porquanto ele procede como Nicolas Maduro na Venezuela; deixa a corrupção solta, através da liberdade para os militares e dos bilionários russos. A preocupação com a guerra nuclear é sustentada na invasão da Rússia na ocupação da usina de Zaporijia, antecedida pela apropriação de Chernobyl. 

Salvador, 8 de março de 2022.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados

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