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domingo, 24 de abril de 2022
CORONAVÍRUS NO BRASIL, EM 24/4/2022
RÚSSIA X UCRÂNIA E O MUNDO (LXXXIII)
UCRANIANOS VOLTAM PARA CASA
Os ucranianos de Kiev e região estão deixando os países, onde se alojaram durante esses dias da guerra, a exemplo da Polônia, para retornar a Kiev. É que os russos constataram a inviabilidade de ocupar a capital, face a bravura dos soldados ucranianos, e direcionaram a guerra para o sul e leste do país, inclusive a região de Mariupol, fortemente bombardeada pelos carniceiros. Os ucranianos destacam-se também na região sul do país. Todavia, o prefeito de Kiev, Vitali Klitschko adverte a população que ainda não está na hora de retornar. A Agência da ONU para Refugiados calcula que 5 milhões de ucranianos deixaram o país e 6,5 milhões deslocaram-se internamente de suas residências. Por outro lado, um jornal ucraniano assegura que mais de 800 mil pessoas cruzaram a fronteira retornando para seus lares.
MORADORES EM ABRIGOS SUBTERRÂNEOS
Os moradores de Avdiivka, na região do Donbass, no leste da Ucrânia, vivem há oito anos em luta contra os separatistas, apoiadores russos. A situação para eles piorou, porque as Forças Russas apareceram para participar dos combates com os separatistas. A cidade está situada no meio do caminho dos russos que buscam o controle do leste do país. Os ucranianos, que lutam contra Moscou, têm resistido e usam extenso sistemas de trincheiras, em subterrâneos. Os russos intensificaram os ataques com bombardeios, tendo destruído um supermercado e uma loja de artigos esportivos, bem no centro de Avdiivka. Segundo o diretor da administração militar de Avdiivka, Vitali Barabach, em torno de 2 mil pessoas estão vivendo nos 60 abrigos antibomba da cidade, onde há falta de aquecimento, água corrente e a eletricidade é irregular. Informa ainda que as forças russas não conseguem passar pelas linhas de frente e começam a destruir a cidade.
UCRANIANOS RESISTEM EM DONBASS
Os carniceiros russos ainda não conseguiram tomar o controle total da região separatista de Donbass e do sul da Ucrânia. Os soldados ucranianos resistem com coragem e bravura. Relatório do Ministério da Defesa do Reino Unido, de hoje, informa que a Ucrânia repeliu os ataques russos, na semana passada. Diz trecho do relatório: "Apesar de a Rússia obter alguns avanços territoriais, a resistência ucraniana tem sido forte em todos os eixos e infligiu um custo significativo às forças russas". O presidente Vladimir Putin quer ligar Donetsk e Luhansk à Crimeia, passando por Mariupol.
RUSSOS DEIXAM EXPLOSIVOS NA UCRÂNIA
Os russos deixaram algumas cidades russas, face à bravura dos soldados ucranianos, mas deixaram suas marcas, constituídas de cadáveres e restos explosivos. O diretor da divisão de armas da Human Rights Watch, Steve Goose, diz que "as mortes e mutilações continuarão por muito tempo depois que a guerra acabar. Será uma questão de anos se não décadas, para limpar tudo. Já o chefe de serviço de desminagm, Oleh Bondar informou que "mais de 300 quilômetros quadrados da Ucrânia, cerca de metade do território do país, tem artefatos explosivos"; declarou mais: "os serviços de desminagem retiraram, desde o início da guerra, mais de 72.000 explosivos, incluindo mais de 2.000 bombas de diferentes calibres, num total de 130.000 km2. Os esforços estão atualmente concentrados na região de Kiev". Informou que "isto inclui o território de Donetsk, a região de Luhansk e a República Autônoma da Crimeia, bem como as águas do Mar Negro e do Mar de Azov".
Salvador, 24 de abril de 2022.
COLUNA DA SEMANA
Amanda Evelyn estudou e analisou a Operação Lava Jato e a Mãos Limpas, na Itália. Diz que existe "quase que o esmagamento do combate à corrupção no Brasil. E isso porque não é só o fim da Lava Jato. São todas essas decisões sobre transparência de gastos públicos que têm tornado cada vez mais difícil que as denúncias sejam levadas à frente". Na entrevista ela afirma que o STF "virou o grande inimigo da Lava Jato" e o cidadão o tem como "lento e que não dá as respostas que as pessoas esperam". A socióloga diz que o governo "demonstra um desrespeito muito grande em relação a qualquer instituição" e assim procede desde o início de seu governo.
Evelyn diz que "o insucesso dessas operações (ela refere a Lava Jato e a Mão Limpas) em combater a corrupção, ou seja, continua havendo corrupção apesar dessas operações, (provoca) uma queda de confiança da população no sistema de Justiça. Afirma que "Bolsonaro tem sido muito eficaz no controle, nesse apagamento, quase que o esmagamento do combate à corrupção no Brasil. E isso não é só o fim da Lava Jato. São todas essas decisões sobre transparência de gastos públicos que têm tornado cada vez mais difícil que as denúncias sejam levadas à frente". Os bolsonaristas "entendem o combate à corrupção sempre como um ataque dos inimigos contra Bolsonaro, dentro de uma lógica adversarial, de um adversário atacando e usando a corrupção como desculpa".
Na comparação da Lava Jato com Mãos Limpas, Evelyn diz que "a Mãos Limpas ensina que o direito é bastante limitado no combate à corrupção. Os procuradores italianos talvez tiveram a clareza de que o processo penal nunca seria suficiente", diferentemente do que ocorre no Brasil. Na Itália, existe a particularidade de que os procuradores, mais tarde, tornam-se juízes, e talvez membros da Corte de Cassação, e nada recomendaria a eles censurar uma instituição na qual eles poderiam fazer parte mais adiante.
Enfim, a trajetória política do presidente Jair Bolsonaro foi completamente desviada, porque eleito com a promessa de combate à corrupção passou a trabalhar pelo "esmagamento do combate à corrupção no Brasil".
Salvador, 24 de abril de 2022.
MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 24/4/2022
CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF
GDF abre concursos para 8,5 mil vagas; salários chegam a R$ 11,6 mil
São mais de 8,5 mil vagas, sendo 591 imediatas, a serem abertas para empregos em órgãos, como Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e Iprev, com salários que chegam a R$ 11,6 mil. Professores de cursinhos ensinam que é importante perseverar
JORNAL DO BRASIL - RIO DE JANEIRO/RJ
Bolsonaristas exaltam indulto; para outros, ato é ditatorial, diz pesquisa
FOLHA DE SÃO PAULO - SÃO PAULO/SP
Bolsonaro não teme STF porque vive da crise institucional, diz pesquisadora
Para socióloga Amanda Evelyn, perdão a Daniel Silveira é aviso de que trégua com Judiciário acabou
A TARDE - SALVADOR/BA
Terceira gasolina mais cara do mundo está no Brasil
CORREIO DO POVO
Governo publica portaria de fim da emergência sanitária por Covid-19
Portaria entra em vigor 30 dias após a publicação. Anvisa pediu 15 dias para alterar os atos normativos aprovados pela agência
DIÁRIO DE NOTÍCIAS - LISBOA/PT
Zelensky garante que Rússia está "a esconder os vestígios" de assassinatos de civis em Mariupol
Acompanhe aqui todas as notícias do dia sobre a guerra na Ucrânia. Isto um dia depois de Volodymyr Zelensky, presidente ucraniano, numa conferência de imprensa numa estação de metro em Kiev, avisou que só quem começou o conflito o pode terminar.
DELATORES QUEREM DINHEIRO DE VOLTA
Delatores da Lava Jato, constituídos por executivos de empreiteiras, doleiros e políticos buscam na Justiça anulação dos processos nos quais foram condenados por corrupção e lavagem de dinheiro; no acordo celebrado, eles pagaram multas impostas pela Receita, sustentadas em suas confissões, mas agora querem o dinheiro de volta. O argumento dos delatores é que o STF, através de decisão do ministro Gilmar Mendes, anulou a operação, através da liberação de réus condenados. Os delatores entendem que, depois da decisão do ministro, eles são os únicos punidos, vez que os réus que eles delataram, estão livres, sem punição alguma. O movimento iniciou-se em 2019, quando foi anulada a condenação do ex-presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, além da liberdade concedida ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
sábado, 23 de abril de 2022
CORONAVÍRUS NO BRASIL,EM 23/4/2022
RÚSSIA X UCRÂNIA E O MUNDO (LXXXII)
IGREJA ORTODOXA COM DISSIDÊNCIA
O chefe da Igreja russa, patriarca ortodoxo Kirill, apelou, em mensagem, por ocasião da Páscoa ortodoxa,, que se celebra neste domingo, pela "unidade entre os cristãos ortodoxos" e pediu para rezar pelo "triunfo de uma paz duradoura". A Igreja apoiou a "operação especial" russa na Ucrânia, acreditando-se que este foi o motivo pelo qual o papa Francisco suspendeu o encontro com o patriarca ortodoxo. Depois do apoio da Igreja ao presidente Vladimir Putin, há fragmentação dos seguidores da Igreja Ortodoxa mundial com rebelião interna de teólogos e acadêmicos, sem precedentes.
MORTOS EM BUCHA
Segundo o presidente da Câmara de Bucha, Anatoly Fedoruk, disse hoje, que depois da saída dos russos da região foram recolhidos e exumados 412 corpos; o cálculo é que um em cada três pessoas mortas na região de Kiev é de Bucha. Fedoruk declarou que foram retirados de uma vala comum, próxima da igreja, 117 corpos, entre os quais 30 mulheres e duas crianças. Disse mais: "Há mortos, assassinados e torturados pelos ocupantes, há corpos de civis queimados. Há doentes do hospital que não puderam ser enterrados depois de 24 de fevereiro (dia do início da invasão da Ucrânia pela Rússia) porque os russos não permitiram que o serviço funerário entrasse no cemitério".
A despeito dos desmentidos de Moscou, o mundo está horrorizado com a cenas que a cada dia aparecem, depois que as tropas russas deixam qualquer cidade na Ucrânia. A comunidade internacional classifica de "barbárie", "ataques desprezíveis" ou "assassinatos chocantes e horríveis". Kiev divulgou os dados dos soldados carniceiros que estiveram em Bucha.
RÚSSIA QUER O SUL DA UCRÂNIA
A Rússia revelou seu objetivo com os bombardeios de Mariupol, consistente em tomar o sul do país para fazer a ligação entre a Crimeia, que eles tomaram anteriormente e a Transnístria. Com isso, Putin quer cortar o acesso da Ucrânia ao Mar Negro, causando sério golpe nas infraestruturas da economia ucraniana. É que através do Mar Negro a Ucrânia faz embarques de produtos agrícolas e metalúrgicos. Enquanto isso, a Lituânia e a Alemanha pediram fortalecimento da NATO no Báltico.
O GENOCÍDIO QUE PUTIN NÃO QUER ACEITAR
Vladimir Putin, no discurso de 24 de fevereiro, usou a expressão de "operação militar especial" contra a Ucrânia para justificar o verdadeiro genocídio que suas tropas praticam contra o povo ucraniano, civis, crianças, idosos e militares. Em dezembro/2021, quando os Estados Unidos já acusavam Putin de planejar a invasão da Ucrânia, disse ele: "A russofobia é o primeiro passo para o genocídio. Sabemos o que se está a passar no Donbass, e certamente parece um genocídio". O certo é que o carniceiro russo sempre usou esta palavra, "genocídio", para atacar os ucranianos que defendiam suas fronteiras. É o que ele pratica na Ucrânia. Em 25 de fevereiro, a Ucrânia pediu ao Tribunal Internacional de Justiça para exigir da Rússia o fim imediato da invasão ao seu território; em março, o tribunal por maioria de 13 contra dois, estes da Rússia e da China, determinou para a Rússia "suspender imediatamente todas as operações militares iniciadas a 24 de fevereiro na Ucrânia". O procurador principal do Tribunal Penal Internacional, depois de visitar Bucha, declarou que "a Ucrânia é um cenário de crime" e que há "fundamento razoável para crer que as tropas russas cometeram crimes de guerra".
Salvador, 23 de abril d 2022.
OS MALES DAS REDES SOCIAIS!
PORTAL ÚNICO NO JUDICIÁRIO
TRIBUNAL ANULA AUXÍLIO-FUNERAL
O Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo, em Ação Direta de Inconstitucionalidade, requerida pelo prefeito do município de Lorena/SP, declarou inconstitucional lei que previa a criação de auxílio-funeral para as famílias de baixa renda do município. O benefício era consistente no pagamento da urna e do transporte funerário, em distância de até 250 quilômetros. O prefeito argumentou que a iniciativa da lei, dos vereadores, implicava em violação à separação dos poderes, porque matéria de competência do chefe do Executivo. O relator, desembargador Xavier de Aquino, aceitou os argumentos do prefeito, sob entendimento de violação aos princípios da reserva da administração e da separação de poderes e a inconstitucionalidade foi aceita pela unanimidade dos votantes.
SAIU EM "O ESTADO DE SÃO PAULO"
De autoria do celebrado jornalista J. R. Guzzo, o artigo abaixo mostra, com argumentos irrefutáveis e embasados nos fatos, o cenário da corrupção no Brasil: corruptor sem corruptos. Leiam abaixo:
Corruptor sem corrupto
O empreiteiro Marcelo Odebrecht é, para o Supremo Tribunal Federal, um corruptor que não corrompeu ninguém
O empreiteiro de obras Marcelo Odebrecht, uma das principais estrelas do sistema de corrupção em massa do governo Lula, está no centro de uma situação realmente prodigiosa - dessas que só mesmo a alta Justiça brasileira, como ela funciona hoje, poderia fornecer. Marcelo, condenado por crime de corrupção na Operação Lava Jato, e atualmente cumprindo os momentos finais de sua sentença (em regime aberto, é claro), foi agraciado pelo ministro Edson Fachin com uma redução da pena - mais a liberação de uma conta de US$ 11 milhões no exterior que estava bloqueada pela Justiça.
Mas aí é que está a beleza da história toda, inédita nos anais do Judiciário: o empresário recebeu esses mimos porque Fachin considerou que a sua delação premiada, na qual deixou a nu a roubalheira descontrolada da era Lula, foi “efetiva”, ou seja, rendeu o que se esperava dela. A delação de Marcelo era uma espécie de “contrato de performance”: se suas acusações realmente provassem a prática de crimes por parte dos delatados, o prêmio seria maior, em termos de redução da sua própria pena. A suprema Justiça brasileira, agora, decreta que Marcelo cumpriu a sua parte, ou seja, que falou a verdade ao delatar crimes de corrupção - mas também decreta, ao mesmo tempo, que a ajuda que prestou não serve para rigorosamente nada, já que não aconteceu rigorosamente nada com os ladrões denunciados por ele.
Fachin acaba de criar, com a sua decisão, um formidável desafio doutrinário aos mais agudos cérebros jurídicos do planeta - a figura do corruptor sem corrupto. Imaginava-se, até agora, que essas coisas vinham juntas: para corromper, o corruptor precisa de alguém que aceita ser corrompido. Não mais. Para o Supremo Tribunal Federal brasileiro, Marcelo Odebrecht é um corruptor certificado por fé pública, tanto que acaba de ser premiado, por sentença judicial, pela delação que fez. Mas é, segundo nossa suprema corte, um corruptor que não corrompeu ninguém.
Como assim? Simples: o mesmo STF, através do mesmíssimo Fachin, recusa-se oficialmente a punir o principal delatado pelo empreiteiro - o ex-presidente Lula. Tempos atrás, numa das decisões mais dementes jamais tomadas na História do Direito Universal, o ministro anulou, sem o mínimo fundamento em qualquer fato relevante, as quatro ações penais que existiam contra Lula, incluindo sua condenação pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro - condenação em terceira e última instância, como resultado das decisões de nove juízes diferentes.
Temos no Brasil, assim, o crime de corrupção sem o corrupto. Ou melhor: sabe-se perfeitamente quem foi denunciado por Marcelo Odebrecht como sendo o corrupto. Ele tem nome, endereço, CPF e é candidato a presidente da República. Até outro dia, aliás, tanto ele próprio como os seus devotos achavam que já tinham ganhado a eleição, no primeiro turno, e com mais de 100% dos votos; estavam brigando, naquela altura, por cargos no ministério. É este o Brasil que o STF criou.
MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 23/4/2022
CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF