O Ministério da Defesa da Rússia acabou reconhecendo que mandou recrutas recém-alistados, sem treinamento, para enfrentar a crueldade de uma guerra sem motivação alguma, afora o intento do presidente russo de aumentar suas fronteiras. Putin, no início, declarou que para a guerra foram enviados soldados e oficiais profissionais, diferentemente do que afirma seu ministro. Os russos não desmentem que muitos recrutas estão prisioneiros no Exército ucraniano. Associações de mães de soldados russos, desoladas com seus filhos na guerra, noticiaram que seus filhos, ficaram incomunicáveis na guerra e foram convocados sem treinamento. Com esta ação do governo russo, conclui-se que Putin mata civis ucranianos e mata também civis russos.
GOVERNO PERSEGUE MANIFESTANTES
A Rússia encontra dificuldades para derrubar o patriotismo dos ucranianos; no seu próprio território, os protestos aumentam e os governantes já levaram para as prisões mais de 13 mil manifestantes, segundo uma ONG; as manifestações acontecem principalmente em Moscou e São Petersburgo, mas ocorrem também em outras 150 cidades do país, em demonstração de que a guerra é impopular e não aceita entre os próprios russos. O carniceiro Vladimir Putin reprime a liberdade de expressão e os russos continuam enfrentando os próprios policiais russos. Por outro lado, a perseguição a jornalistas e à imprensa falada e escrita é rigorosa; foi editada nova lei que pune com até 15 anos de prisão quem difundir informações que o governo considere falsa, a exemplo de falar em invasão, ao invés de "operação militar especial". Foram bloqueados o Facebook, Twitter e outras redes sociais.
BILIONÁRIO RUSSO NÃO SE LIVRA DE CONGELAMENTO
O bilionário russo, Roman Abramovich, não se livrou do congelamento de seus bens, com sua disposição de doar os lucros da venda do seu time Chelsea para as vítimas da Ucrânia. O Reino Unido, além do congelamento, limitou a venda de jogadores do Chelsea e de ingressos. O governo britânico divulgou hoje que adicionou embargo dos bens de Abramovich, que está proibido de viajar. Disse o primeiro-ministro, Boris Johnson: "Não pode haver refúgio seguro para aqueles que apoiaram o violento ataque de Putin à Ucrânia". A chanceler britânica, Liz Truss, declarou: "Oligarcas e cleptocratas não têm lugar na nossa economia, nem na nossa sociedade. Com seus laços estreitos com Putin, são cúmplices de sua agressão". O patrimônio dos sete bilionários russos alcança o valor de R$ 99 bilhões.
RÚSSIA ATACA HOSPITAL E MINISTRO DIZ QUE É BASE DE EXTREMISTAS
O ministro russo Serguei Lavrov declarou hoje que o bombardeamento de um hospital pediátrico, na cidade de Mariupol, na Ucrânia, deve-se ao fato de servir para um grupo de extremistas ucranianos. No ataque ao hospital morreram três pessoas, inclusive uma criança, além do ferimento em 17 pessoas. É incrível, injustificável e inexplicável essa ridícula declaração de um ministro: bombardear uma maternidade, porque está sendo abrigo de extremistas ucranianos, sem nunca ter havido essa alegação e sem nenhuma comprovação. Apenas desculpa esfarrapada, que mostra a carnificina que o governo russo promove contra civis, crianças e idosos, na Rússia. O funcionário qualificado do carniceira acusou "os meios de comunicação ocidentais" de noticiar apenas fatos do "ponto de vista ucraniano".
EUA ALERTAM SOBRE ARMAS QUÍMICAS
A porta-voz da administração do governo americano, Jen Psaki, fez alerta ontem sobre o preparo que o governo russo promove, visando "usar armas químicas ou biológicas na Ucrânia". Os americanos acusaram a Rússia de "espalhar intencionalmente" mentiras relacionadas com armas químicas e biológicas na Ucrânia. Disse mais a porta-voz: "Isso tudo é uma manobra óbvia da Rússia para tentar justificar o seu ataque premeditado, não provocado e injustificado à Ucrânia". A declaração americana merece fé, porquanto sua previsão do ataque russo à Ucrânia se consumou.
Salvador, 10 de março de 2022.
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