Os Estados Unidos anunciaram ontem, 24, o envio do porta-aviões USS Gerald R. Ford, o maior do mundo, e de outras embarcações para a América Latina e o Caribe, ampliando a presença militar na região e pressionando o regime de Nicolás Maduro. Segundo o Pentágono, a medida visa “detectar e desmantelar atividades ilícitas” que ameacem a segurança dos EUA. O governo Trump tem usado o argumento do combate ao narcotráfico para justificar ataques a embarcações latino-americanas desde setembro, apesar de críticas e da falta de provas. Maduro reagiu dizendo que os EUA “inventam uma nova guerra” e prometeu evitá-la. O Ford, com 333 metros e capacidade para 90 aeronaves, simboliza o aumento da pressão sobre a Venezuela. O porta-aviões estará acompanhado por destróieres, cruzador, submarino nuclear e milhares de soldados posicionados no Caribe, incluindo Porto Rico.
Trump reuniu seu gabinete para discutir ações militares e afirmou que os EUA poderão realizar operações terrestres contra cartéis. Embora sem citar a Venezuela, o recado foi interpretado como direcionado a Maduro, acusado por Washington de chefiar o narcotráfico —com recompensa de US$ 50 milhões por sua captura. O ministro da Defesa venezuelano afirmou que o país “não será submisso aos EUA”. O secretário de Defesa americano confirmou novo ataque a embarcação no Caribe, o décimo desde setembro, com 43 mortos, segundo Washington. Os EUA também realizarão exercícios militares com Trinidad e Tobago, próximo à costa venezuelana, onde há suspeitas de vítimas locais nos bombardeios. Trump intensificou o discurso contra líderes regionais e, nesta sexta, impôs sanções ao presidente colombiano Gustavo Petro, acusando-o de favorecer o narcotráfico.

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