Diferentemente da matéria publicada hoje, pela manhã, assegurando que Israel decide anexar a Cisjordânia, o vice-presidente dos Estados Unidos, J. D. Vance, afirmou hoje, 23 que Israel não anexará formalmente a Cisjordânia. “Se foi uma manobra política, foi uma manobra muito estúpida, e eu me sinto ofendido”, disse Vance ao encerrar visita a Israel. O vice de Donald Trump tenta salvar o acordo de paz entre Tel Aviv e o Hamas e reiterou que Trump não permitirá a anexação. O chanceler israelense, Gideon Saar, respondeu que Israel “é um país livre”, mas declarou que o governo está comprometido com o cessar-fogo e não apoiará o avanço das propostas. O primeiro projeto aplica “lei, Justiça e soberania” israelenses sobre toda a Cisjordânia, hoje parcialmente administrada pela Autoridade Palestina. O segundo prevê a anexação de um assentamento próximo a Jerusalém. Ambos ainda precisam de três votações.
Desde 2022, o governo de Benjamin Netanyahu, o mais à direita da história de Israel, tem acelerado a expansão de assentamentos. Membros da coalizão pressionam por anexação em resposta ao reconhecimento diplomático do Estado da Palestina por Reino Unido, França e Canadá. Na quarta (22), Netanyahu afirmou que Israel “não é vassalo dos EUA”, após reunião com Vance, que respondeu que o país é um “aliado estratégico”. O secretário de Estado americano, Marco Rubio, advertiu que o avanço das propostas ameaça o cessar-fogo. Os EUA e Israel também criticaram o parecer da Corte Internacional de Justiça que obriga Tel Aviv a garantir as necessidades básicas dos civis em Gaza. Durante a madrugada, houve novos bombardeios israelenses em Khan Yunis e na capital, com uma morte confirmada pelo Ministério da Saúde palestino.
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