O procurador-geral da Virgínia Ocidental, John McCuskey, e procuradores-gerais de 16 estados pediram na quinta-feira (23) ao governo Trump que não participe da COP30, conferência climática da ONU que ocorrerá no Brasil. Eles argumentam que a presença legitimaria políticas contrárias à agenda do presidente Donald Trump. O governo ainda não confirmou se enviará uma delegação à cúpula, que começa em menos de um mês. Embora Trump tenha iniciado o processo de retirada dos EUA do Acordo de Paris, o país ainda é signatário. Em carta endereçada a Doug Burgum (Interior), Chris Wright (Energia) e Lee Zeldin (Agência Ambiental), McCuskey afirmou que os EUA devem se opor às “políticas anticarvão, antigás e antipetróleo” promovidas pela COP, baseadas em “teorias climáticas contestadas”. Ele disse que carvão, gás e petróleo são essenciais para atender à demanda de energia impulsionada pela inteligência artificial e pelos data centers, e criticou a energia solar e eólica por serem caras e instáveis.
Um relatório da BloombergNEF, porém, aponta que novas fazendas eólicas e solares já superam em custo novas usinas de carvão e gás. Assinaram a carta os procuradores de Alabama, Arkansas, Flórida, Geórgia, Idaho, Iowa, Kansas, Louisiana, Missouri, Montana, Nebraska, Oklahoma, Carolina do Sul, Dakota do Sul, Texas e Wyoming. O Departamento de Estado não comentou sobre os planos dos EUA para a COP30. O gabinete de McCuskey tem liderado ações contra políticas ambientais. Neste ano, processou Nova York por sua lei sobre fundos climáticos e, em 2024, a SEC por exigir que empresas divulguem riscos climáticos. A Virgínia Ocidental também foi autora do caso em que a Suprema Corte limitou a autoridade federal para regular emissões de gases de efeito estufa.

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