O Senado dos EUA aprovou, por 52 a 48, uma medida que bloqueia as tarifas do presidente Donald Trump sobre o Brasil, com cinco republicanos se unindo aos democratas para rejeitar parte central da agenda econômica da Casa Branca. Votaram a favor os republicanos Lisa Murkowski (Alasca), Susan Collins (Maine), Rand Paul e Mitch McConnell (Kentucky) e Thom Tillis (Carolina do Norte). A resolução, liderada pelo democrata Tim Kaine, segue agora para a Câmara, onde os republicanos endureceram as regras para impedir novas votações sobre tarifas até março de 2026. A proposta encerra as tarifas impostas por Trump sobre produtos brasileiros com base em poderes emergenciais. O Senado também deve analisar medidas semelhantes contra tarifas de 35% sobre produtos canadenses e de até 50% sobre importações de outros países.
A votação ocorreu após um tenso almoço entre senadores republicanos e o vice-presidente JD Vance, que enfrentou críticas de representantes de estados agrícolas contrários ao aumento das importações de carne argentina. Alguns republicanos manifestaram desconforto com as tarifas de Trump, enquanto a Suprema Corte deve avaliar se o ex-presidente extrapolou seus poderes ao aplicá-las globalmente. Rand Paul, coautor da medida, afirmou que Trump invadiu o poder do Congresso ao cobrar tarifas unilaterais, chamando a justificativa de “emergência fabricada”.
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