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sábado, 17 de fevereiro de 2024
CLUBES QUESTIONAM PARTICIPAÇÃO EM GOLPE
NAVALNY MORREU "APÓS MAU SÚBITO"
A mãe de Navalny diz que viu o filho, pela última vez na segunda-feira, 12, e ele estava "saudável e alegre". Em dezembro/2023, a equipe de Navalny perdeu contato com ele por 20 dias. Os opositores apresentaram 680 pedidos para localizá-lo e encontraram a mais de mil quilômetros de onde estava, reconduzido para a colônia penal IK-3, em Krap. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, declarou: "Tanto quanto sabemos, de acordo com todas as regras, o serviço penitenciário está realizando verificações e esclarecimentos". Navalny foi condenado a 19 anos de prisão em agosto/2023, sob fundamento de criação de uma comunidade extremista, financiar ativistas extremistas e vários outros crimes. Pena anterior foi fixada em 11 anos e meio de detenção, acusado de fraude e outras acusações. Todas as condenações de Navalny são originadas de crimes criados pelo governo e Judiciário do país.
Em uma audiência, no dia 15, Navalny brincou com um juiz: "Vou lhe enviar o número da minha conta bancária para que você possa aquecê-la um pouco com seu enorme salário como juiz federal, porque meu dinheiro está acabando. E, por causa da decisão que você tomou, esse dinheiro acabará ainda mais cedo".
CNJ AFASTA MAGISTRADO
Uma servidora declarou que era comum o desembargador "pautar 200 processos, mas julgar 100". No gabinete, o tempo médio entre o início e o primeiro julgamento de um processo eram de 598 dias. Ademais, o CNJ registro 29 procedimentos contra o desembargador, dos quais 20 foram arquivados. O corregedor, ministro Salomão explicou que "o relacionamento de Reimão com seus pares tem potencial elevado de configurar descumprimento dos deveres de cortesia, prudência, da diligência, da integridade profissional e pessoa, da dignidade, da hora e do decoro". A fiscalização apurou que Reimão, durante a correição, estava em Salvador, "onde mantém residência". O desembargador não obteve êxito em mandado de segurança que impetrou, visando suspender a investigação.
BAHIA: 60% DOS CARTÓRIOS VAGOS
Os Tribunais de Justiça de todo o país estão sendo cobrados pela Corregedoria Nacional para no prazo de 15 dias informarem sobre os próximos concurso públicos para outorga de delegações em cartórios de notas e cartórios de registro. No documento, a corregedoria pede informações às presidências dos Tribunais do Rio Grande do Norte, do Pará, de Pernambuco, do Mato Grosso, do Espírito Santos do Ceará e da Bahia, sobre o cronograma para realização d novos concurso e as ações adotadas pelos tribunais para resolver as vacâncias nesses cartórios. Na Bahia, o percentual de 60% dos cartórios estão vagos. O ministro Luís Felipe Salomão no ofício esclarece que "é imperioso que cada tribunal estabeleça um cronograma factível para a realização do certame, sem que se perca o senso de urgência, sob pena de serem tomadas medidas administrativas cabíveis para a responsabilização em todas as esferas". Diz mais: "as vacâncias de serventias refletem a precarização do serviço público prestado por notários e registadores".
O Sistema Justiça Aberto mostra que a Bahia tem 57% de cartórios vagos, sendo que o último concurso realizado no estado aconteceu em 2013; no Rio Grande do Norte, 41% estão vagos, e o último concurso deu-se em 2012; no Pará, 38% vagos e o último concurso em 2015; em Pernambuco, 37% vagos e o último concurso em 2021. Outros estados mantém vacâncias nos ofícios e nas serventias, a exemplo do Espírito Santo, com 33% das serventias vagas, Ceará, com 20% de vacância, Mato Grosso com 33%.
MINISTRO MORAES ESCLARECE
Moraes explicou que "os investigados não poderão comunicar-se entre si, seja pessoalmente, seja por telefone, e-mail, cartas ou qualquer outro método"; adiante: "os inclusive estando vedada a comunicação dos investigados realizada por intermédio de terceira pessoa, sejam familiares, amigos ou advogados, para que não haja indevida interferência no processo investigativo, como já determinei em inúmeras investigações semelhantes". O presidente da OAB, Beto Simonetti, manifestou: "Não se pode confundir o advogado com seus clientes e o texto original permitia que algumas pessoas tivessem essa interpretação. Agora, após atuação da Ordem, fica esclarecido que não há limitação, de acordo com o que diz a lei e as prerrogativas".
MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 17/2/2024
CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF
AGU exonera procurador que participou de reunião golpista de Bolsonaro
Procurador federal Adler de Cruz e Alvez teve que que deixar função de confiança no órgão até que investigação interna seja concluída
O GLOBO - RIO DE JANEIRO/RJ
A fuga do presídio de Mossoró e as buscas pelos foragidos em mapas e animações
Procura pelos fugitivos foi iniciada em torno do Rancho da Caça, no interior do Rio Grande do Norte
FOLHA DE SÃO PAULO
Maioria dos participantes se cala, e só
Queiroga e Rosário defendem reunião
com teor golpista
Ex-ministros de Bolsonaro negam que declarações tenham defesa
de golpe de Estado, como diz PF
Rangel e Nilo lideram disputa por vaga
no TCM; Falcão corre atrás
O deputado Paulo Rangel, representando a base governista,
está na frente, com 38 assinaturas de apoio
Opositor é o mais novo integrante de uma vasta lista de opositores de Putin que morre
de maneira suspeita
EXPRESSO 50 - LISBOA/PT
Navalny: Reino Unido considera Rússia responsável pela morte de opositor
sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024
RADAR JUDICIAL
ANTES DA PRISÃO, MAIS INVESTIGAÇÃO
A Polícia Federal continua apresentando ao relator ministro Alexandre de Moraes, do STF, o resultado de investigações que se processam contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. No momento, os policiais buscam comprovar veracidade em áudio, no celular de Mauro Cid, em citações que faz referências ao empresário Luciano Hang. Enquanto isso, os advogados de Bolsonaro peticionam para retirar Moraes da relatoria de seus processos e pedem devolução do passaporte do ex-presidente, sabendo que os requerimentos prestam-se somente para apresentar trabalho sem nenhuma possibilidade de atendimento.
MANIFESTAÇÃO DE BOLSONARO
O ex-presidente Jair Bolsonaro marcou manifestação para 25 de fevereiro na Avenida Paulista, em São Paulo; alega que o ato será pacífico e não contará com financiamento público, mas da Associação Vitória em Cristo, do pastor Silas Malafaia. O dinheiro arrecadado pelo pastor é desviado também para essas manifestações.
GRAVAÇÃO DE SUSTENTAÇÃO
O CNJ autorizou o registro de gravação das sustentações orais pelos advogados nas sessões virtuais do Conselho, juntando aos processos até antes do início das sessões. Os advogados terão de acessar o PJe, fazer a opção pela aba "acervo" e optar pelo processo que atua; terá de selecionar o link "juntar sustentação oral" e "arquivos"; a manifestação terá duração máxima de 10 minutos. Ainda terá de selecionar o botão "assinar documento" e aguardar a mensagem de aprovação.
OFICIAIS COM BUSCA E APREENSÃO
A Associação dos Magistrados Brasileiros questionou no STF a Lei 14.711/2023, que autoriza oficiais de registro a determinarem busca e apreensão de bens móveis, como veículos, dados em garantias de empréstimos. A nova legislação instituiu o Marco Legal das Garantias e o presidente da AMB, Frederico Mendes Júnior, declarou: "A propriedade é um direito fundamental do cidadão. Por esse motivo, toda e qualquer medida restritiva ao patrimônio das pessoas deve passar pelo crivo da autoridade judicial". Assegura que somente "os magistrados, que têm independência assegurada pela Constituição dispõem da imparcialidade necessária para avaliar a necessidade e a legalidade da busca e apreensão".
STF JULGOU 41 ARRUACEIROS
O STF já julgou 41 pessoas referente aos atos antidemocráticos do 8 de janeiro; a maioria foi condenada pela prática dos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrática de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Três que foram presos antes das invasões, foram absolvidos dos crime de dano e deterioração do patrimônio. Todas as sentenças foram proferidas em sessões virtuais; na sessão de 5 de fevereiro, foram sentenciados 29 réus e 12 na sessão que se encerrou em 9 de fevereiro. Segundo o ministro e observando o argumento da Procuradoria-geral da República o crime foi de autoria coletiva. As provas para condenação foram constituídas de mensagens, fotos e vídeos além de originadas dos próprios envolvidos nos crimes. Todo o trabalho resultou em 71 condenações. As penas variam de 16 anos e 6 meses para 26 pessoas, 13 anos e 6 meses para 12 pessoas e outros a 11 anos e 6 meses. Os réus foram condenados também ao pagamento de indenização, referente a danos morais coletivos, no valor de R$ 30 milhões, de forma solidária.
TRUMP: MULTA DE US$ 354 MILHÕES
O ex-presidente Donald Trump foi condenado hoje, 16, pelo juiz Arthur Engoron, de Nova York, na pena de multa de U$ 354,9 milhões, correspondente a R$ 1,76 bilhão. Trata-se de sua conduta quando aumentou o balanço financeiro de sua empresa do setor imobiliário, a Trump Organization. O ex-presidente mentiu durante uma década sobre valores de ativos e seu patrimônio líquido para obter melhores condições em empréstimos bancários e seguros. Ele aumentou seu patrimônio em até US$ 2,23 bilhões, segundo a denúncia. Além dessa pena, Trump está proibido de fazer negócios no estado de Nova York por três anos. Dois filhos de Trump, Don Jr e Eric também foram condenados e cada um terá de pagar US$ 4 milhões, correspondente a R$ 20 milhões. O juiz escreveu na sentença: "A falta de arrependimento e remorso beira o patológico. Ao invés disso (de se arrepender), eles adotam uma postura de não vi nada, não digo nada que as evidências desmentem".
Buenos Aires, 16 de fevereiro de 2024.
SAIU NO BLOG
A AGREGAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO
MAIS UM CRIME DE PUTIN
Navalni despontou como líder nos protestos de 2012 contra a segunda reeleição de Putin, que iniciou o comando do poder na Rússia, em 1999, na condição de primeiro-ministro; em 2013, Navalni obteve 27% dos votos na eleição para prefeito de Moscou, considerado grande feito. Daí em diante, intensificou sua participação política e liderou protestos pela internet contra autoridades do governo e depois contra Putin. Não conseguiu disputar a eleição presidencial de 2018, acusado de processo nebuloso, e passou a defender outros candidatos. Depois da invasão da Ucrânia, Navalni começou a criticar o governo e aproveitava as audiências para manifestar contra a guerra. Um documentário sobre a trajetória do líder oposicionista mereceu o Oscar da categoria neste ano. Numa das pregações de Navalni ele dizia: "Nós sabemos com certeza que se uma em cada dez pessoas que se ultrajam com a corrupção de Putin fossem às ruas, o governo cairia amanhã. Sabemos que se todos que são contra a guerra forem às ruas, eles a parariam imediatamente".
POLÍCIA INDICIA FILHO DE BOLSONARO
TRUMP ENFRENTA PRIMEIRO JULGAMENTO
O ex-presidente não tem obtido o mesmo êxito na arrecadação de dinheiro para sua campanha política, porque o retorno não tem correspondido à sua expectativa, como aconteceu no ano passado. Em Washington, Trump enfrenta processos sobre a tentativa de reverter sua derrota; na Flórida responde pela manipulação de documentos sigilosos. O ex-advogado de Trump, no caso da atriz pornô, admitiu sua própria culpa, quando tentou impedir declarações da artista antes das eleições de 2016.
EX-PRESIDENTE AGUARDAVA GOLPE NOS EUA
O ex-presidente Jair Bolsonaro tramou o golpe no Brasil, mas viajou para os Estados Unidos, onde esperaria a notícia dos desdobramentos do golpe de Estado para retornar e ocupar o Palácio. Antes da viagem, ele fez transferência de R$ 800 mil para os Estados Unidos, onde ele tem conta em um banco, segundo investigações da Polícia Federal. No documento consta que "alguns investigados se evadiram do país, retirando praticamente todos seus recursos aplicados em instituições financeiras nacionais, transferindo-os para os EUA, para se resguardarem de eventual persecução penal instaurada para apurar os ilícitos".
A polícia, na representação ao STF, fala que o dinheiro do "desvio de bens de alto valor patrimonial entregues por autoridades estrangeiras", a exemplo da venda de joias presenteadas pela Arábia Saudita ao governo brasileiro. Diz mais a Polícia Federal: "Evidencia-se que o então presidente Jair Bolsonaro, ao final do mandato, transferiu para os Estados Unidos todos os seus bens e recursos financeiros, ilícitos e lícitos, com a finalidade de assegurar sua permanência do exterior, possivelmente, aguardando o desfecho da tentativa de Golpe de Estado que estava em andamento".