O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil), cancelou nesta terça-feira (2) o cronograma da sabatina de Jorge Messias, indicado por Lula ao STF. A decisão amplia o tempo para Messias buscar apoio, mas Alcolumbre criticou a falta de envio formal da indicação pelo Planalto, condição necessária para o Senado examinar o nome. “Esta omissão do Executivo é grave e sem precedentes”, afirmou. A sabatina estava prevista para o dia 10, com leitura do relatório nesta quarta (3). O governo tentava ganhar tempo com a demora no envio da mensagem, o que já havia provocado protestos de Alcolumbre. Segundo ele, para evitar questionamentos regimentais, o calendário foi cancelado. O relator, Weverton Rocha (PDT-MA), disse que “o pino foi colocado de volta na granada”, indicando redução do atrito. Ele afirmou que agora há espaço para articulação e diálogo entre Lula e Alcolumbre. Messias enfrenta resistência porque parte dos senadores preferia Rodrigo Pacheco como indicado ao STF. A tensão abalou a relação entre Senado e Planalto. A aprovação dependerá de entendimento entre Lula e Alcolumbre.
Lula deve procurar o presidente do Senado após retornar de viagem. A sabatina pode ocorrer ainda este ano, mas aliados de Alcolumbre acreditam que ficará para 2026. Quanto mais perto da eleição, disse Weverton, mais difícil será avançar. Lula tem buscado reduzir tensões, reunindo-se com senadores. Omar Aziz afirmou que Alcolumbre se irritou com rumores de negociação de cargos. O governo nega tentativa de burlar procedimentos. Lula anunciou Messias em 20 de novembro, mas ainda não enviou ao Senado a documentação exigida. O indicado precisa de ao menos 41 votos para ser aprovado. A campanha de Messias enfrenta resistências, como o cancelamento de um almoço com senadores do PL devido à pressão bolsonarista.
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