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quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

PUTIN AMEAÇA A EUROPA

E se Putin atacar a Europa com uma bomba nuclear?Pouco antes de se encontrar com os enviados de Donald Trump para discutir uma saída para a guerra iniciada em 2022, Vladimir Putin atacou os aliados europeus de Kiev. “Se a Europa quiser lutar contra nós de repente, estamos prontos agora mesmo”, afirmou em Moscou, enquanto Steve Witkoff e Jared Kushner aguardavam reunião no Kremlin. Putin disse que os europeus seriam derrotados e criticou mudanças propostas por eles no plano de paz elaborado por Witkoff e Kirill Dmitriev, que favorecia Moscou. Entre as alterações estavam deixar aberta a entrada da Ucrânia na Otan e não reconhecer os 20% do território ocupados pela Rússia — exigências “absolutamente inaceitáveis”, segundo o presidente russo. O discurso aumenta a pressão sobre os aliados de Kiev e busca alinhamento com Trump, pintando a Europa como adversária comum. Governos europeus já consideram possível um conflito com Moscou antes de 2030; na elite russa, fala-se até antes do fim do mandato de Trump. Putin está fortalecido após anunciar a tomada de Pokrovsk, importante centro logístico em Donetsk. Kiev negou perda total da cidade, mas analistas indicam vantagem russa. Se confirmada, a queda abre caminho para Moscou avançar sobre os 15% restantes de Donetsk, uma das regiões anexadas ilegalmente em 2022.

O russo ainda ameaçou isolar a Ucrânia do mar após ataques contra navios mercantes e advertiu petroleiros de países que apoiam Kiev. O clima de confiança marcou o encontro com os americanos; Dmitriev chamou a conversa de produtiva. Zelenski e europeus temem ser excluídos das negociações. O ucraniano, em viagem pela Europa, defende manter aliados à mesa e apresentou uma versão refinada do plano de paz. Ele enfrenta ainda um grande escândalo de corrupção no setor de energia que derrubou mais autoridades em Kiev, incluindo seu chefe de gabinete, Andrii Iermak. Zelenski disse que esta é a melhor chance de alcançar a paz, mas reafirmou que não aceitará acordos “pelas costas da Ucrânia”. Ele voltou a pedir o uso de ativos russos congelados para financiar armamentos e reconstrução, mas o Banco Central Europeu rejeitou o plano de usar US$ 300 bilhões em reservas russas como garantia para empréstimos à Ucrânia, considerada uma medida ilegal. 

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