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quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

GREVE GERAL EM PORTUAL

Greve geral em Portugal: resistência contra o desmonte dos direitos  laborais - Palavra LivrePortugal amanheceu nesta quinta-feira (11) sem trens, sem escolas, com hospitais em regime restrito e voos cancelados. Desde 2013 o país não tinha uma greve geral como esta, convocada pela CGTP e pela UGT. O motivo é a reforma trabalhista proposta pelo governo de Luís Montenegro, que reduz restrições a demissões, facilita contratos temporários, amplia terceirizações e adapta regras ao trabalho digital. Para o governo, as medidas aumentarão a produtividade e o crescimento. Para os trabalhadores, tornarão o emprego mais precário, enfraquecerão sindicatos e pressionarão salários. A greve atingiu fábricas e teve adesão nacional. Em Lisboa, lojas e restaurantes funcionaram com equipes reduzidas, o que levou o governo a afirmar que o impacto foi concentrado nos serviços públicos. Segundo Tiago Oliveira, da CGTP, o governo tenta minimizar a paralisação para manter sua agenda, mas os trabalhadores resistirão. A greve ocorreu na mesma semana em que a revista The Economist escolheu Portugal como “economia do ano”, com crescimento de 2,4% e desemprego muito baixo. O governo comemorou; economistas mostraram ceticismo.

O professor João Duarte afirmou que o bom momento é conjuntural e não indica potencial de crescimento no longo prazo. Metade da expansão depende dos fundos europeus do PRR, cujo efeito pode acabar em 2027. O pleno emprego esconde salários entre os mais baixos da UE e o encarecimento da vida em cidades como Lisboa, levando parte da classe média a se mudar.
Portugal também sofre com a emigração: cerca de 30% dos jovens deixam o país em busca de salários melhores. Montenegro afirma que a reforma abrirá vagas aos jovens; sindicatos dizem que ela deteriorará ainda mais os salários. 

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