Um dia após a passagem do ciclone extratropical que atingiu São Paulo, a região metropolitana ainda enfrenta nesta quinta-feira (11) os estragos causados pelos ventos de quase 100 km/h. Centenas de milhares de pessoas seguem sem luz e há falta de água em diversos bairros. Os aeroportos de Congonhas e Guarulhos registram atrasos e cancelamentos. Cerca de 1,2 milhão de clientes permaneciam sem energia até as 15h, muitos há mais de 24 horas. No pico, o apagão atingiu 2,2 milhões de imóveis. A Enel afirma que o restabelecimento é complexo em áreas onde postes e cabos precisam ser substituídos. A capital é a região mais afetada, com mais de 869 mil imóveis sem luz. As rajadas derrubaram árvores e danificaram longos trechos da rede elétrica. A Enel diz ter mobilizado equipes desde o início do apagão e normalizado o fornecimento para 500 mil clientes até as 5h de quinta. Geradores foram enviados a pontos críticos.
Sem energia, moradores buscam padarias e comércios para trabalhar e carregar aparelhos. Em Pinheiros, todas as mesas de uma padaria estavam ocupadas por pessoas que ficaram sem luz desde quarta. Segundo o Corpo de Bombeiros, houve 1.642 chamados para quedas de árvores no estado. A falta de energia também afeta o abastecimento de água em vários municípios e bairros da capital, segundo a Sabesp. A companhia diz estar em contato com a Enel para agilizar o retorno do serviço. A cidade amanheceu com 235 semáforos apagados e parques municipais fechados; o Ibirapuera reabriu ao meio-dia, com áreas isoladas. Em Congonhas, 46 voos foram cancelados pela manhã, reflexo dos ventos que causaram 180 cancelamentos na véspera.
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