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segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

COPOM: CELIC

Copom mantém Selic em 15% ao ano. Veja análisesO Copom deve terminar 2025 com a Selic em 15% ao ano, apesar do PIB fraco, mas deve sinalizar espaço para cortes em 2026, segundo economistas ouvidos pela Folha. A manutenção dos juros na reunião de quarta-feira (10) é consenso, mas há divisão sobre o início dos cortes: janeiro ou março. Caso isso se confirme, novas críticas do governo Lula e de empresários ao BC são esperadas. Para Haddad, a Selic no maior nível em quase 20 anos é insustentável, e Lula pressiona pela redução, tendo indicado Galípolo ao comando do BC. Para Luiz Figueiredo, ex-diretor do BC, o cenário mais provável é o início dos cortes apenas em 2026, já antecipado na comunicação atual, diante da desaceleração econômica —o PIB cresceu só 0,1% no 3º trimestre. Ele vê espaço para reduções até meados do ano, mas evita mudanças próximas à eleição. Rafaela Vitória (Inter) avalia que o Copom deve suavizar o tom e iniciar cortes em janeiro, com expectativas de inflação em queda.

O BC mira inflação de 3% (tolerância entre 1,5% e 4,5%). A economista diz que o período de “restrição prolongada” segue mesmo com cortes graduais. A proximidade eleitoral, porém, pode trazer volatilidade e dificultar decisões. A disparada recente do dólar após anúncio da candidatura de Flávio Bolsonaro elevou o risco percebido. Para Sergio Werlang, isso torna o Copom mais conservador e deve adiar cortes para janeiro ou março. Werlang alerta que atraso excessivo exigirá cortes maiores depois. Já Gustavo Rostelato (Armor) projeta flexibilização só a partir de março, citando expectativas de inflação estagnadas e dólar pressionado. Apesar do PIB fraco, ele afirma que o Copom deve analisar o conjunto de dados, lembrando que o desemprego segue no menor nível histórico, em 5,4%.


 

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