Mais de 2,6 milhões de assinaturas, em abaixo-assinado, pedem impeachment do ministro Alexandre de Moraes. Outros pedidos contra o mesmo ministro e contra outros, a exemplo de Gilmar Mendes, estão parados na presidência do Senado, que não exerce seu poder de apreciar os graves erros cometidos pelos ministros do STF. Cabe aos senadores a fiscalização do trabalho dos ministros, assim como a aprovação para posterior nomeação pelo presidente da República, mas nunca houve nem recusa de indicação nem apreciação dos pedidos de impeachment, salvo apenas no governo de Floriano Peixoto; de lá para cá, os senadores nada fazem, ou melhor, arquivam os pedidos e mantem a indicação pelo presidente.
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quarta-feira, 17 de março de 2021
A GUERRA, CORRUPÇÃO E FOME NA NIGÉRIA
Durante a guerra, registrou-se mais de 100 mil mortos entre as forças militares e 500 mil a 2 milhões de civis da região de Biafra, vítimas também por falta de comida. As superpotências não deixaram de aparecer para semear o conflito: Estados Unidos, Reino Unido e União Soviética com o governo, enquanto França, Israel e China com a República de Biafra; o presidente da região que queria a separação, Biafra, fugiu, a resistência armada desfez-se, mas a miséria e fome permanecem, elevadas face à grande corrupção no meio político.
A Nigéria é formada por mais de 250 grupos étnicos, diversas religiões, cenário que provoca motivações para conflitos. Junto a isso, o país possui rede de crime organizado, com prática do tráfico de drogas, além da corrupção no sistema político; entre os anos de 1960 e 1999, calcula-se em mais de 400 bilhões de dólares o roubo do tesouro nacional por líderes nigerianos. Registra-se execuções extrajudiciais, corrupção judicial, tráfico de seres humanos para prostituição e trabalho forçado, além de muitos outros crimes. No país existe em torno de 700 mil escravos. O Código penal islâmico da Charia penaliza o consumo de álcool, a homossexualidade, a infidelidade e o roubo, delitos que podem ser punidos com amputação, apedrejamento e prisão longa.
TRIBUNAL BARRA ADVOGADO
O advogado Roberto Charles de Menezes Dias foi um dos seis advogados indicado pela OAB e pelo Tribunal de Justiça do Maranhão para integrar a lista tríplice encaminhada ao Tribunal Superior Eleitoral que deveria escolher os três e remeter ao presidente da República que nomearia um dos três para o Tribunal Regional Eleitoral do Estado. O Tribunal entretanto rejeitou a indicação do advogado porque ele criticou o "circo do lockdown" e comparou o governador do estado Flávio Dino a um "porco". Em vídeo, falou Menezes: "Somos todos, para o Governador do Estado, massa de manobra. Ou ainda peões que podem ser sacrificados neste jogo para que ele possa alcançar o seu objetivo nefasto de implantar a ideologia que ele defende nesse país".
A moda agora é parcialidade, alegada pelos ministros do TSE. Imaginem se fosse rejeitar membros dos TREs somente porque censurou o governador do Estado! E os ministros não xingam os jurisdicionados e até juízes para depois julgar contra esses juízes?
ADVOGADO É SUSPENSO, PELA OAB
O advogado Geraldo Lucas Júnior, acusado da morte do barbeiro Lucas Souza de Araújo, 29 anos, no bairro de Imbuí, no mês de janeiro, foi suspenso de suas atividades na advocacia pelo período de 90 dias; a entidade asseguro que a conduta investigada, a reprovação social do caso "são incompatíveis com o exercício da profissão e atribui uma imagem negativa à dignidade da advocacia". A informação é que a vítima tentou defender a esposa de assédio iniciada pelo advogado, enquanto o barbeiro tinha ido ao banheiro. No mês passado, o juiz Vilebaldo José de Freitas Pereira, da 2ª Vara do Tribunal do Juri, decretou a prisão do advogado.
MINISTRO QUER TRANSFORMAR HERÓI EM VILÃO!
As sentenças proferidas por Moro não foram isoladas, pois desembargadores e ministros, ou seja, colegiados, chegaram à mesma conclusão, encontrando os mesmos elementos, com robustas provas para condenar o ex-presidente, que propaga agora ter sido vítima da maior injustiça, comungando com o que diz seu defensor, ministro Gilmar Mendes. Qual o crime do ex-magistrado? Julgou, condenou e colocou na cadeia os maiores corruptos do país, encabeçados pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que quase esvazia os cofres da Petrobras, distribuindo dinheiro para seus companheiros e seus familiares. A Operação Lava Jato obteve admiração de todo o mundo, porque estancou a sangria dos cofres públicos e colocou na cadeia o responsável maior pelo banditismo no erário público. Os ministros, declaradamente contra a Lava Jato, não perdoaram o trabalho de Moro, daí a execração pública à qual submetem o ex-juiz.
Por acaso, o ministro Gilmar Mendes já se insurgiu contra as invasões pela polícia das casas dos pobres, já se pronunciou contra os homicídios praticados contra pessoas indefesas, inclusive crianças? O ministro demonstrou desconforto com a posição independente de Moro, porque movimentou processos, condenou e prendeu amigos de Gilmar, Lewandowski e Toffoli; enfim, os ministros querem transformar o herói em vilão, depois de toda a história de combate ao crime.
Salvador, 15 de março de 2021.
JUIZ MANTÉM BLOQUEIO DE BENS DE LULA
O juiz Luiz Antônio Bonat, da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, manteve o bloqueio de bens do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Escreveu o magistrado na decisão: "Tendo por base os estritos da decisão do Exmo. Ministro Edson Fachin, manterei os bloqueios durante a declinação, ficando o Juízo declinado responsável pela análise acerca da convalidação das decisões que autorizaram as constrições cautelares". Bonat assegura que o bloqueio aconteceu em feitos cautelares e não nas quatro ações penais contra Lula. O magistrado ainda diz que há uma centena de processos relacionados com a decisão do ministro Edson Fachin.
ATOS DO PRESIDENTE
Em Ato Normativo Conjunto, publicado hoje, no DJE, o Tribunal de Justiça da Bahia implementa mecanismos para garantir o acesso à Justiça, no período da pandemia, criando plataforma de videoconferência, denominada de "Balcão Virtual", que funcionará a partir de 23/03/2021, em todas as unidades judiciárias. As partes e advogados serão atendidas sem prévia solicitação.
Em outro Ato Normativo Conjunto, o Tribunal disciplina procedimentos relativos a Processos administrativos de restituição de taxas Estaduais pela prestação de serviços. Faz jus o contribuinte com duplicidade de recolhimentos, com recolhimento a maior, pela não realização do ato e valor do DAJE indevido.
Através de Decreto, o presidente nomeou, face a decisão judicial, VINNICIUS BAGANO DE BRITO, para o cargo de Analista Judiciário - Subescrivão, designando-o para a 1ª Vara Criminal da Comarca de Teixeira de Freitas; CAROLINE CARNEIRO GUSMÃO, para o cargo de Analista Judiciário - Subescrivã - designando-a para a 2ª Vara dos Feitos Relativos às Relações de Consumo, Cíveis e Comercial da Comarca de Luís Eduardo;
MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 17/03/2021
CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF
COVID: EM NOVO RECORDE, BRASIL PASSA DA MARCA DE 281 MIL VÍTIMAS FATAIS
FOLHA DE SÃO PAULO - SÃO PAULO/SP
terça-feira, 16 de março de 2021
CORONAVÍRUS NO BRASIL, EM 16/03/2021
STJ NEGA PEDIDO DE BOLSONARO
A 5ª Turma do STJ rejeitou nesta tarde pedido do senador Flávio Bolsonaro no sentido de anular o compartilhamento de dados do Coaf com o Ministério Público do Rio na rachadinha. O documento é a base da investigação e mostraram movimentações atípicas nas contas de Flávio, de Fabrício Queiroz e de ex-assessores da Assembleia Legislativa. O relator, ministro Felix Fischer foi seguido por dois ministros, formando maioria, enquanto João Otávio e outro ministro ficaram vencidos; o entendimento foi de que não houve irregularidade nos pedidos do Ministério Público ao Coaf. O ministro Ribeiro Dantas escreveu no voto: "O fato de o Coaf ter informações sobre o quanto ganha o paciente (Flávio Bolsonaro), sua participação em sociedades empresariais, que não se referem a operações suspeitas, elas têm o objetivo de verificar sua capacidade econômico-financeira".
O ministro João Otávio, que atende aos pedidos do presidente Jair Bolsonaro, votou para atender ao requerimento de Flávio, considerando ilegal a atuação do Conselho. Como Gilmar e Fachin nas condenações de Lula, Otávio questionou o procedimento, ressalvando o mérito. É sempre assim que os defensores dos criminosos de colarinho branco procedem: não encontram erro no mérito, buscam a forma para anular o processo.
O TERRORISMO NO AFEGANISTÃO
Na década de 70 o país desestabilizou-se diante da briga interna entre seus próprios líderes: um deles, Taraki foi aconselhado pelos soviéticos a demitir Amin, que soube do plano, prendeu e mandou matar Taraki, tornando chefe de Estado. Na década de 80, metade do exército do Afeganistão desertou ou juntou-se aos rebeldes e a Rússia ocupou o país; os militares, mais de 100 mil, lutaram com o governo comunista afegão. A capital, Cabul, foi bombardeada, mas a resistência intensificou-se, contando com o apoio dos Estados Unidos, do Paquistão, da China, Irã e outros países, mobilizando os muçulmanos, tendo a participação dos combatentes jihadistas de vários países, os mujahidins, onde estava Osama bin Laden que criou o grupo terrorista al-Qaeda. Em 1988, as tropas soviéticas bateram em retirada, mas a guerra continuou. Nesse conflito, em torno de 1 milhão de afegãos perderam a vida, mais de 5 milhões refugiaram no Paquistão ou no Irã e 2 milhões desalojados no país. Além de tudo isto, 1,2 milhão de civis ficaram incapacitados por mutilações e outros 3 milhões foram feridos. Houve cidades, como Kandahar, que reduziu sua população de 200 mil habitantes para 25 mil.
O crescimento do terrorismo no país deveu-se a este conturbado cenário. A situação tornou-se mais dramática, quando se sabe que o Afeganistão já era um dos mais pobres país do mundo e a guerra que perdurou por mais de uma década piorou ainda o cenário.
OEA E ANISTIA INTERNACIONAL ACUSAM JUSTIÇA BOLIVIANA DE PERSEGUIÇÃO
Milhares de bolivianos saíram às ruas, ontem, em La Paz, Cochabamba, Sucre, Trinidad e outras cidades do país, em protesto contra a prisão da ex-presidente Jeanine Añez; acusam a Justiça e o governo de Luis Arce de perseguição política. A prisão preventiva contra Añez, pelos próximos quatro meses, deu-se face à acusação de crimes de conspiração, sedição e terrorismo, depois da renúncia de Evo Morales em novembro/2019. O líder da direita Luis Fernando Camacho, que concorreu à presidência contra Morales, assegurou que "será uma luta forte", contra a prisão de Añez e ex-ministros; recentemente, Camacho foi eleito governador de Santa Cruz.
A OEA criticou o governo e a Justiça da Bolívia, pela perseguição à ex-presidente e pedindo sua libertação; no mesmo sentido a Anistia Internacional posicionou-se pela censura ao Tribunal que desistiu de movimentar processos pendentes contra Evo Morales, inclusive a decretação de sua prisão que, posteriormente, foi cancelada, para perseguir seus opositores com novos processos, em verdadeira crise de impunidade.



