Pesquisar este blog
terça-feira, 29 de abril de 2025
PROFESSORES EM GREVE
DEFESA: ALGUNS MINISTROS INSISTEM!
O ministro relator, Alexandre de Moraes não se dobrou, considerou protelatório o recurso, e foi seguido pelos ministros Edson Fachin, Flávio Dino, Cármen Lúcia, Roberto Barroso e Luiz Fux. O vai-e-vem desse processo teve, em 2019, requerimento da então Procuradora, Raquel Dodge, que pediu a pena para o ex-presidente de 22 anos, oito meses e 20 dias. Em outubro, o ministro Edson Fachin, que estava como relator, advertiu a Corte da possibilidade de prescrição, caso não fosse pautado o julgamento. Depois dos sucessivos adiamentos e julgamentos de embargos, o ministro Alexandre de Moraes rejeitou mais um dos embargos e emitiu mandado de prisão imediata do ex-presidente.
CORRUPÇÃO NO INSS
Entre os anos de 2019 e 2024, os benefícios descontados do INSS, por várias associações, alcançaram o valor de R$ 6,3 bilhões, passível de apuração sobre o montante da ilegalidade nesses descontos. O jornal Folha de São Paulo apontou "fundados indícios de lavagem de dinheiro", originadas de diretores e procuradores da Contag. Stefanutto publicou nota na qual "reafirma a sua inocência e declara que no curso da investigação será comprovada a manifesta ausência de qualquer participação nos ilícitos investigados". A Contag solicitou ao INSS desbloqueio em massa de descontos, considerando que relatório da Polícia Federal, assegurava que "os beneficiários estavam enfrentando dificuldades para fazer a autorização por meio do sistema do instituto". Anteriormente, as áreas técnica e jurídica informaram sobre a "impossibilidade desse desbloqueio em lote", segundo informa a Polícia Federal. Na sequência, Stafanutto liberou o desbloqueio, permitindo descontos em 34.487 benefícios. O pior de tudo é que os argumentos para desbloqueio "não condizem com a realidade tática", segundo os investigadores, em auditoria interna.
PEDIDA REVOGAÇÃO DA CIDADANIA DE MUSK
Acerca da revogação da cidadania de Musk recorre-se à legislação canadense, que permite a cassação em casos de fraude, informações falsas na solicitação de imigração ou ameaça à segurança nacional. Não se registra anulação da cidadania por razões políticas ou alinhamentos ideológicos. É permitida a renúncia voluntária, hipótese que não foi indicada por Musk. De qualquer forma, foi registrado o pedido de revogação da cidadania de Musk e caberá ao governo decidir sobre o assunto. Especialistas entendem ser muito difícil essa providência. Uma especialista em imigração e cidadania na Universidade da Colúmbia, Irene Bloemraad, em entrevista ao Washington declarou: "mesmo que a petição atinja milhões de assinaturas, o governo não pode simplesmente revogar a cidadania de uma pessoa".
MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 29/4/2025
CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF
Apagão "massivo" afeta toda a Península
Ibérica e tem reflexos na Europa
Pane elétrica atinge vários países europeus deixando população no escuro
e afetando operações de aeroportos, ferrovias e metrô
O GLOBO - RIO DE JANEIRO/RJ
Crise nas aposentadorias
o que a PF já descobriu sobre a fraude no INSS
Ex-diretores do INSS receberam R$ 17 milhões de associações investigadas
FOLHA DE SÃO PAULO - SÃO PAULO/SP
Aprovação a governo Trump cai nos primeiros cem dias, mesmo em temas como economia e imigração
Presidente registra pior marca de início de mandato entre os líderes da história moderna, inclusive em áreas-chave da gestão
TRIBUNA DA BAHIA - SALVADOR/BA
PDT ameaça romper com governo caso
Lula demita Carlos Lupi
Líder do partido na Câmara diz que saída de Lupi da Previdência
equivaleria a "demitir o PDT"; ministro enfrenta desgaste
por fraudes bilionárias no INSS, mas nega omissão
CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE/RS
Auditoria do INSS aponta 1,9 milhão de
pedidos para excluir descontos indevidos
Demanda acaba por impactar na fila de espera por benefícios
DIÁRIO DE NOTÍCIAS - LISBOA/PT
Apagão. Situação normalizada nos hospitais e no metro, mas ainda há cancelamentos e atrasos nos voos
Siga aqui os principais desenvolvimentos sobre o apagão que afetou, nesta segunda-feira, Portugal e Espanha. Os dois países estão a retomar os serviços de forma gradual.
segunda-feira, 28 de abril de 2025
RADAR JUDICIAL
DOCUMENTO DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
Um documento elaborado com auxílio de inteligência artificial foi apresentado pela defesa de um réu, pronunciado pelo Tribunal do Júri, mas a 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná não conheceu do recurso. Juntou-se 43 precedentes jurídicos inexistentes. O relator, desembargador Gamaliel Sema Scaff, assegurou que foram citados desembargadores que não existem na Corte, a exemplo de Fábio André Munhoz e João Augusto Simões, além de processos com numeração claramente fictícias, como 1234-56 e 3456-78. Nenhum dos julgados do STJ e do STF mencionados, são merecedores de fé, mas prestaram-se para "induzir o colegiado em erro ou fazer troça. Nenhuma hipótese é boa ou justificável". A Corte não conheceu o recurso.
JUIZ: 269 DEPÓSITOS SEM ORIGEM
A desembargadora Nilza Maria Pôssas de Carvalho, vice-presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, negou seguimento a recurso, protocolado pelo juiz aposentado compulsoriamente, Wendell Karielli Guedes, em 2015. O magistrado foi aposentado compulsoriamente em 2015, porque não comprovou a origem de 269 depósitos bancários, totalizando R$ 588,7 mil. O magistrado declarou que sua defesa foi prejudicada, porque seus argumentos não foram analisados em recurso anterior, no qual há acusação de enriquecimento ilícito. A vice-presidente do Tribunal transcreveu trecho do entendimento anterior para comprovar que não houve "novas acusações". Wendell foi punido porque transformou seu gabinete em "balcão de negócios", com venda de sentenças entre os anos de 2004 e 2007. O CNJ manteve a pena, em recurso de 2021.
MP RECOMENDA ANULAÇÃO DE CONCURSO
O Ministério Público da Bahia, através da promotora Verena Aguiar Silveira, da 3ª Promotoria de Santo Estevão, recomendou ao município de Santo Estevão anulação de processo seletivo simplificado, visando contratação de profissionais da educação no Regime Especial de Direito Administrativo, REDA. O fundamento é de que houve várias irregularidades, a exemplo de falta de transparência na composição da banca examinadora, no transporte e na guarda das provas por agente público com interesse direto no resultado, além de outros. Junto a isso o fato de que o município possui concurso público válido para os mesmos cargos, tornando ilegal a contratação pelo REDA.
TRUMP: REJEIÇÃO
Nos 100 dias de mandato, a comemorar nesta semana, o presidente Donald Trump aparece com a maior rejeição entre os presidentes, nesses últimos 80 anos, no período de início de governo. O Instituto IPSOS, em pesquisa encomendada pelo Washington Post e emissora ABC Net, publicada no domingo, 27, aponta que Trump é aprovado por somente 39% dos entrevistados. O instituo ouviu 2.464 eleitores adultos, entre 18 e 22 de abril. Trump é aprovado por 39%; desaprovado por 55% e não sabem ou não responderam, 5%. A margem de erro é de 2 pontos para mais ou para menos. Sobre a economia, 73% dos norte-americanos classificam como ruim e 53% dizem que a economia piorou no governo Trump. O percentual de 62% assegura que os preços estão subindo e sobre as tarifas de importação, 71% dos entrevistados acreditam que ainda essa medida vai piorar a inflação.
Salvador, 28 de abril de 2025.
LOBISTA PODERÁ FAZER ACORDO DE COLABORAÇÃO PREMIADA
Na prisão de Andreson, em novembro, o ministro Cristiano Zanin, assegura que as investigações da Polícia Federal "descortinaram" indício de que o lobista tem com contatos com magistrados, assessores de ministros do STJ e integrantes dos Tribunais de Justiça. O ministro escreveu que "consideráveis elementos apontando no sentido de que andreson de oliveira gonçalves tinha função decisiva de comando e ingerência no contexto de suposto esquema de venda de decisões judiciais e de informações processuais privilegiadas, que envolveria, em tese, intermediadores, advogados e servidores públicos". Em março, o ministro Zanin transferiu Andreson para Brasília, como garantia da sua segurança. Andreson enfrenta investigação sobre lavagem de dinheiro. É que seu patrimônio teve aumento de 3.052% entre os anos de 2014 e 2015. São investigados pela Polícia Federal os gabinetes dos ministros Og Fernandes, Isabel Gallotti, Nancy Andrighi e Paulo Moura Ribeiro, sem atingir os ministros.
SAIU EM O ANTAGONISTA
A ressignificação da toga
Ministros do STF transformaram símbolo tradicional de impessoalidade e imparcialidade em um adereço para ostentar poder

Barroso, Gilmar e Dias Toffoli. Fotos: Antonio Agusto e Rosinei Coutinho Flickr/STF
A toga, criada ainda na Roma Antiga, começou a ser usada nos tribunais da Idade Média como um símbolo de impessoalidade e imparcialidade.
A mensagem era que, uma vez que o juiz a vestia, ele deixava de ser a pessoa que todos conheciam e passava a julgar os casos de maneira neutra, baseado apenas nas leis.
Foi adotada, portanto, para ser usada como um uniforme, que elimina os traços pessoais — dos ombros até o calcanhar — e valoriza a função dos que a usam, no caso, a de juiz.
Ainda é assim em vários países do mundo.
A foto abaixo é do Tribunal Constitucional Federal da Alemanha.

Tribunal Constitucional da Alemanha. Foto: Alliance/dpa
Basta comparar a imagem acima com a montagem de fotos desta nota para ver que Brasil e Alemanha estão em planetas diferentes.
O que os ministros do Supremo Tribunal Federal fizeram foi desvirtuar a função original.
Ou, talvez, eles tenham "ressignificado" a toga, para usar uma palavra da moda.
Em vez de ser um símbolo de impessoalidade e imparcialidade, os nossos magistrados transformaram a toga em um adereço qualquer, que eles usam como bem entendem.
Afinal, ninguém vai dizer para eles como devem usar a toga.
Os ministros do STF estão acima de tudo e de todos.
Se eles querem usar a toga como se fosse uma toalha em cima do ombro, não há quem possa detê-los. São intocáveis.
Se querem mostrar orgulhosos o terno caro que compraram durante um evento jurídico no exterior com empresários brasileiros, não há quem os possa impedir.
Se querem usar a toga como se fosse uma capa de super-homem, os fotógrafos correm para escolher o melhor ângulo.
Foi o que fez o deslumbrado fotógrafo Fábio Setti, que trabalhou para a revista americana The New Yorker.
Ao fotografar o ministro Alexandre de Moraes, Setti teve até o cuidado de colocar um fundo vermelho no fundo, em uma das opções de seu ensaio (depois apagado das redes sociais).
"Sob um fundo vermelho vivo, Alexandre de Moraes faz um movimento com a toga esvoaçante, está com os olhos fechados e a boca levemente aberta. Parece embriagado com o poder excessivo que lhe foi dado nos últimos anos", escreveu Josias Teófilo em uma coluna para Crusoé.
A maneira como os ministros do STF usam da toga é um reflexo do protagonismo excessivo da Corte, em que os juízes fazem o que bem entendem. Até mesmo cantar em festa abraçado com político.
ESTADO É OBRIGADO A NOMEAR
O juiz Pedro Rogério Godinho escreveu na sentença: "Tais casos, consubstanciam hipóteses de inconstitucionalidades e ilegalidades que saltam aos olhos, posto que o vínculo contratual tido como emergencial, se prorroga no tempo de forma indefinida, confessando, portanto, o Demandado (Estado da Bahia), da efetiva necessidade do profissional atuando como Procurador do Estado, de forma permanente, impossibilitando a utilização do contrato REDA em situação continuada, assemelhando-se assim verdadeira nomeação, sem realização de certame". Adiante: "Por conseguinte, as exceções indicadas consubstanciam práticas vedadas em nosso ordenamento pátrio, as quais violam gravemente princípios basilares do nosso sistema constitucional como a legalidade, impessoalidade, moralidade e o acesso ao funcionalismo público, uma vez que o cargo e a carreira de Procurador Jurídico estava sendo ocupada por agentes que não realizaram o respectivo concurso público". O magistrado assegurou que o Estado deverá nomear e dar posse a 37 candidatos no cadastrado de reserva.
ADI: LIMITE DE HONORÁRIOS
A lei paranaense invadiu a competência privativa da União, fixada no art. 22 da Constituição, além de afrontar os parágrafos 1º e 4º do art. 24 da Constituição; todos eles conferem à União para definir normas gerais no âmbito de legislações concorrentes, além de garantir que essas normas gerais anulem as leis estaduais que as contrariem. A Advocacia-geral da União manifestou favoravelmente ao pedido da ANAPE e a Procuradoria-geral da República defendendo a norma estadual, entendendo que não há invasão de competência, porque a norma busca atrair contribuintes ao Refis. O ministro André Mendonça citou julgamento da ADI 7.014, quando o tribunal considerou usurpação de lei paranaense, porque matéria de competência privativa da União. O ministro reproduziu parte do voto do ministro Edson Fachin: "Acha-se consolidada na jurisprudência desta Corte a ideia de que os honorários compõem a remuneração de determinadas carreiras públicas, sujeitando-se, assim, ao teto constitucional".