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segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

PREVISÃO DO PIB

Focus: mercado eleva previsão do PIB para 2,14% em 2025A previsão para o PIB brasileiro atingiu o maior patamar do ano, enquanto a inflação chegou ao menor nível, segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (8). Os economistas projetam crescimento de 2,25% para 2024, acima dos 2,16% estimados na semana anterior, valor que se mantinha havia seis semanas. A previsão anterior mais alta havia sido de 2,23%, registrada entre julho e agosto. A elevação ocorre após o IBGE divulgar que o PIB cresceu 0,1% no terceiro trimestre, mostrando estabilidade após altas de 0,3% no segundo trimestre e 1,5% no primeiro. O desempenho veio ligeiramente abaixo da mediana das projeções (0,2%), que variavam de -0,5% a 0,3%.

As expectativas dos analistas para os próximos anos também subiram: 1,8% em 2026 e 1,84% em 2027. Quanto à inflação, o Focus registrou nova queda, de 4,43% para 4,40%, menor marca de 2024 — em março, a projeção chegava a 5,68%. As previsões para 2026 caíram para 4,16%, enquanto 2027 e 2028 foram mantidas em 3,8% e 3,5%. A taxa de juros estimada para 2024 segue em 15%, mas a de 2025 subiu de 12% para 12,25%. O câmbio foi mantido em R$ 5,40 para 2025 e R$ 5,50 para 2026, 2027 e 2028.



COPOM: CELIC

Copom mantém Selic em 15% ao ano. Veja análisesO Copom deve terminar 2025 com a Selic em 15% ao ano, apesar do PIB fraco, mas deve sinalizar espaço para cortes em 2026, segundo economistas ouvidos pela Folha. A manutenção dos juros na reunião de quarta-feira (10) é consenso, mas há divisão sobre o início dos cortes: janeiro ou março. Caso isso se confirme, novas críticas do governo Lula e de empresários ao BC são esperadas. Para Haddad, a Selic no maior nível em quase 20 anos é insustentável, e Lula pressiona pela redução, tendo indicado Galípolo ao comando do BC. Para Luiz Figueiredo, ex-diretor do BC, o cenário mais provável é o início dos cortes apenas em 2026, já antecipado na comunicação atual, diante da desaceleração econômica —o PIB cresceu só 0,1% no 3º trimestre. Ele vê espaço para reduções até meados do ano, mas evita mudanças próximas à eleição. Rafaela Vitória (Inter) avalia que o Copom deve suavizar o tom e iniciar cortes em janeiro, com expectativas de inflação em queda.

O BC mira inflação de 3% (tolerância entre 1,5% e 4,5%). A economista diz que o período de “restrição prolongada” segue mesmo com cortes graduais. A proximidade eleitoral, porém, pode trazer volatilidade e dificultar decisões. A disparada recente do dólar após anúncio da candidatura de Flávio Bolsonaro elevou o risco percebido. Para Sergio Werlang, isso torna o Copom mais conservador e deve adiar cortes para janeiro ou março. Werlang alerta que atraso excessivo exigirá cortes maiores depois. Já Gustavo Rostelato (Armor) projeta flexibilização só a partir de março, citando expectativas de inflação estagnadas e dólar pressionado. Apesar do PIB fraco, ele afirma que o Copom deve analisar o conjunto de dados, lembrando que o desemprego segue no menor nível histórico, em 5,4%.


 

MADURO ESTÁ PERTO DA QUEDA

Entenda quais países poderiam receber Maduro caso ele fugisse da Venezuela  | CNN BrasilEm uma assembleia em Caracas, moradores discutem como agir caso ocorra um evento que altere o futuro político da Venezuela. Apesar do ceticismo sobre uma invasão, há quem considere iminente a saída de Nicolás Maduro, pressionado pela presença militar dos EUA no Caribe. O eletricista Salvador Costero, 37, diz que “isso já caiu” e relata planos de manter reuniões e até instalar um “tribunal móvel” para evitar tumultos durante um possível conflito. Ele vive em uma área opositora, marcada por repressão desde as eleições de 28 de julho de 2024, que geraram protestos e 1.848 detenções, segundo o Foro Penal. O temor de confrontos e o chamado de Maduro para que civis se juntem à milícia reacendem lembranças do Caracazo, de 1989. A inflação impede grandes compras, apesar do aumento da frequência nos mercados, diz o sindicalista Italo Atencio. Rumores se espalham, e moradores, como Nora Sotillo, 86, temem a presença de forças estrangeiras. Já apoiadores do governo afirmam que defenderão Maduro e a “pátria”.

O analista Guillermo Tell Aveledo aponta que a crise é tema evitado e que há ruptura entre elites e população. Para ele, parte quer mudança, outra teme riscos. As negociações parecem esgotadas, mas a pressão internacional pode reduzir o trauma de uma transição, ainda dificultada pela falta de diálogo entre governo e oposição. Geoff Ramsey, ex-WOLA, diz que muito ocorre nos bastidores e que tudo dependerá da conversa entre Maduro e Trump. Maduro acredita que os EUA têm interesses além da democracia e aposta na impopularidade de uma intervenção. Trump, por sua vez, busca “uma vitória”. Enquanto isso, a população vive entre rotina e incerteza, sempre repetindo a mesma pergunta: “O que vai acontecer?” 

MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 8/12/2025

CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF

Lei do Impeachment entra na ordem do dia do Legislativo

Semana começa agitada no Congresso com a retomada da tramitação na CCJ do Senado de projeto de 2023 que altera a regra em vigor desde 1950, após decisão monocrática do ministro Gilmar Mendes

O GLOBO - RIO DE JANEIRO/RJ

Ciro Nogueira vai ao Paraná para tentar desfazer candidatura de Moro e selar aliança com Ratinho Júnior

Decisão ocorre após debandada na federação União–PP

FOLHA DE SÃO PAULO - SÃO PAULO/SP

Venezuelanos fazem planos para caso de invasão dos EUA e queda de Nicolás Maduro

Em meio a incerteza, moradores discutem formas de se proteger de eventuais tumultos, saques e escassez População se divide entre expectativa, ceticismo e defesa de autoridades ante pressão de Washington

TRIBUNA DA BAHIA - SALVADOR/BA

Melhor brigar com o STF: como auxiliar do governo avalia elogios de Alcolumbre

O sinal foi interpretado como um alinhamento ao tom também apaziguador escolhido por Lula que, em vez de rebater as reações, buscou não criticá-lo e tentar estabelecer pontes para, no futuro, retomar o diálogo

CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE/RS

Toffoli voou em jatinho com advogado de diretor do Banco Master para ver final da Libertadores

Ao todo, 15 pessoas estavam na aeronave, entre elas o ex-deputado Aldo Rebello

DIÁRIO DE NOTÍCIAS - LISBOA/PT 

Tribunal Constitucional decide esta semana sobre a Lei da Nacionalidade 

Juízes realizaram uma sessão na semana passada, sabe o DN. O prazo termina no domingo, dia 14 de dezembro.


domingo, 7 de dezembro de 2025

RADAR JUDICIAL

Toffoli foi a Lima em jato privado com advogado do caso Master para ver o  Palmeiras perderTOFFOLI USOU JATINHO DE EMPRESÁRIO

Dias antes de impor sigilo máximo e assumir o processo no STF envolvendo Daniel Vorcaro e diretores do Banco Master, o ministro Dias Toffoli fez uma viagem internacional. Foi a Lima assistir ao Palmeiras conquistar mais um vice-campeonato. Sem tempo para comprar passagens, usou o jatinho do empresário Luiz Oswaldo Pastore, também palmeirense. No mesmo voo estava Augusto Arruda Botelho, ex-secretário nacional de Justiça do governo Lula e torcedor do Verdão. Além disso, ele é advogado de Luiz Antonio Bull, diretor de Compliance do Banco Master e preso na mesma operação da PF que levou Vorcaro ao cárcere. O ex-deputado Aldo Rebello também participou da viagem.

🗣️Ministro do STF, Alexandre de Moraes aparece na lista de Heróis do  britânico Financial Times O jornal britânico Financial Times incluiu o  ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), naMORAES, NA CATEGORIA DE HERÓIS

O ministro do STF Alexandre de Moraes foi incluído na lista das 25 pessoas mais influentes de 2025 do Financial Times, divulgada nesta sexta-feira (5/12). Ele é o único brasileiro citado e aparece na categoria “heróis”, ao lado de nomes como Jane Fonda, Margaret Atwood e Rory McIlroy. O texto, assinado por Lilia Moritz Schwarcz, destaca sua atuação diante da tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023 e cita as prisões de Jair Bolsonaro e militares após julgamento transmitido nacionalmente. Segundo o jornal, Moraes tornou-se símbolo de democracia e justiça no Brasil, enquanto cortes de outros países cederam a autocratas. A publicação ressalta, porém, que o poder exercido pelo ministro, com instrumentos jurídicos excepcionais, gera tensão entre firmeza e possível excesso, lembrando que democracias exigem contrapesos. A lista do Financial Times foi elaborada com base em consultas a repórteres e editores e reúne personalidades de política, artes, mídia e esportes. Entre os destaques também estão Cynthia Erivo, Bad Bunny e Rosalía. 

Produção de petróleo segue em queda | Mundo | Valor EconômicoVENEZUELA PRODUZ APENAS 1% DO CONSUMO DE PETRÓLEO

A Venezuela possui mais petróleo que qualquer outro país, mas produz apenas cerca de 1% do consumo mundial por causa de má gestão, falta de investimento e sanções. As ameaças recentes de Donald Trump reacenderam o interesse pela riqueza energética venezuelana. O país detém 17% das reservas globais, mais de 300 bilhões de barris, mas sua produção despencou desde os anos 1990. Os EUA, antes principais compradores, reduziram drasticamente as importações após sanções em 2019, e a China passou a ser o principal destino. Poucas empresas ocidentais ainda operam na Venezuela, como Chevron, Eni e Repsol; outras, como Exxon e ConocoPhillips, saíram após nacionalizações e disputas. A Chevron produz cerca de um quarto do petróleo venezuelano e mantém parte do fluxo para refinarias americanas. Repsol e Eni, que produzem gás para geração elétrica, enfrentam bloqueios dos EUA ao comércio de petróleo usado como pagamento. O futuro é incerto: ações militares americanas poderiam desestabilizar ainda mais o setor, enquanto um acordo com Maduro poderia reabrir o país ao investimento estrangeiro. As reservas continuam estratégicas, especialmente para os EUA, cujas refinarias valorizam o petróleo pesado venezuelano. Maduro acusa Washington de tentar se apropriar das reservas por meios militares.

OPOSITOR DE MADURO MORRE NA PRISÃO

O ex-governador opositor Alfredo Díaz, de Nova Esparta, morreu na prisão na Venezuela, informaram ONGs de direitos humanos. Processado por terrorismo e incitação ao ódio, ele estava detido e isolado havia um ano, com apenas uma visita da filha. A causa da morte não foi divulgada. Díaz foi preso após a contestada reeleição de Nicolás Maduro em 2024, que gerou protestos com 28 mortos e 2.400 detidos. Embora cerca de 2.000 tenham sido libertados, seu julgamento permanecia paralisado e o governo lhe impôs um defensor público. Segundo o Foro Penal, 17 presos políticos morreram sob custódia desde 2014, e ao menos seis opositores morreram na prisão desde novembro de 2024. A líder opositora María Corina Machado afirmou que as mortes revelam um padrão de repressão, incluindo negação de atendimento médico, isolamento e torturas. Díaz estava preso no Helicoide, sede do Sebin, denunciado como centro de torturas. A Venezuela teria hoje ao menos 887 presos políticos.

Salvador, 7 de dezembro de 2025.

Antonio Pessoa Cardoso.
Pessoa Cardoso Advogados. 

STF TORNOU-SE PROTAGONISTA DA POLÍTICA

  • O STF se tornou um ator político-partidário" 🇧🇷🗣️⁠ ⁠ O Supremo Tribunal  Federal (STF) aceitou uma denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro  (PL) e outras sete pessoas por tentativa de golpe deA partir dos anos 2010, o STF passou a receber indicações cada vez mais alinhadas pessoal e ideologicamente aos presidentes. Isso consolidou um tribunal em que a maioria opera politicamente, respondendo a sinais de Executivo e Congresso. A indicação de Jorge Messias apenas confirma esse ciclo. Não se trata de distinção entre indicações “técnicas” e “políticas”: toda indicação ao STF sempre foi política. Todo ministro também é ator político, dado o impacto de suas decisões. O que muda é o grau: o Supremo hoje age como participante direto da disputa política. Reage ao dia a dia institucional e dialoga com os Poderes fora dos autos. Esse movimento acelerou a partir de 2010, quando o tribunal arbitrou crises e ocupou lacunas legislativas. A composição recente reforça essa vocação. Ministros como Moraes, Nunes Marques, Mendonça e Dino adotam postura pragmática e politizada. Interagem com atores políticos antes e depois de decidir. Messias tende a integrar esse grupo. Isso não implica abuso automático, mas altera o funcionamento do tribunal. A transformação não sustenta a acusação de “ditadura judiciária”. O fenômeno tem raízes em nomeações anteriores, como Jobim, Gilmar, Toffoli e Moraes. A sociedade também empurrou o STF para protagonismo, recorrendo a ele para resolver impasses. Assim, o tribunal virou formulador de regras e primeiro decisor de grandes temas. Dentro do STF, alguns ministros sempre estimularam essa expansão. O critério de indicação mudou: pesa mais a afinidade política do que a produção jurídica.

    A juventude do indicado virou vantagem estratégica. Isso gera custos: indicado e presidente passam a ser vistos como inseparáveis. A proximidade política afeta a percepção de independência. A autoridade judicial não impede atitudes políticas. O funcionamento real do STF depende dos perfis individuais dos ministros. Esse perfil politizado não era dominante nas indicações de Lula e Dilma. Hoje, ministros chegam predispostos a governar, negociar e gerir. O STF passa a ocupar espaços do Legislativo e limita sua atuação. A pressão social sobre o Congresso diminui. Messias simboliza um Supremo confortável em agir como legislador ou gestor. Isso estreita ainda mais sua relação com o poder político. O risco é o STF ser visto como ator político, não jurídico. O tribunal precisa recuperar a imagem de colegiado de juízes, não de protagonistas da arena política.

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    TRUMP PRIORIZA AMÉRICA LATINA

    Trump muda foco dos EUA para a América Latina | O TEMPO NewsO governo dos EUA intensificou sua atuação na América Latina, tornando a região prioridade estratégica. A nova Estratégia Nacional de Segurança, divulgada pela Casa Branca, propõe conter migrações em massa, reforçar fronteiras e retomar a lógica da Doutrina Monroe, agora chamada de “Corolário Trump”. Em menos de um ano de mandato, Trump adotou ações para ampliar sua influência, variando o tratamento conforme a afinidade política com cada líder regional. No Caribe, aumentou a pressão militar contra Nicolás Maduro. Na Argentina, interveio no câmbio para estabilizar a moeda e favorecer Javier Milei antes das eleições legislativas. Também fortaleceu laços com Nayib Bukele, elogiando sua política dura contra o crime e agradecendo pelo encarceramento de imigrantes deportados. Trump justificou o apoio a aliados afirmando que benefícios seriam revertidos a empresários americanos e ao acesso a recursos naturais. A gestão acusa democratas de terem deixado espaço para o avanço chinês na região. Marco Rubio, secretário de Estado, tem papel central na estratégia e celebrou a vitória de Rodrigo Paz na Bolívia. No Chile, José Antonio Kast tenta aplicar agenda anti-imigração similar à dos EUA.

    Enquanto favorece aliados, Trump endurece contra governos de esquerda: oferece recompensas pela captura de Maduro, considera ações militares após conflitos marítimos e impõe sanções ao colombiano Gustavo Petro. Também apoiou o candidato de direita Nasry Asfura em Honduras. Críticos apontam parcialidade: condenados por narcotráfico aliados, como Juan Orlando Hernández, receberam perdão, enquanto países governados por aliados, como o Equador, não foram alvo de medidas. Analistas consideram improvável uma invasão terrestre da Venezuela devido ao tamanho do país e às limitações das tropas destacadas no Caribe. O México, sob Claudia Sheinbaum, tem enfrentado tensões com Washington sobre imigração e narcotráfico. No Brasil, após sanções iniciais, Trump abriu negociações com Lula para retirar tarifas. Especialistas avaliam que a política externa americana não deve melhorar condições de vida na região e que uma guerra aberta poderia prejudicar Trump eleitoralmente. 

    PADRE ASSUME TUTORIA DE 26 CRIANÇAS AMEAÇADAS DE DEPORTAÇÃO

  • Imigração: o padre que assumiu tutela de 26 filhos de imigrantes - BBC News  BrasilO padre Vidal Rivas, da Igreja Episcopal de São Mateus, em Maryland, pode assumir temporariamente a tutela de menores, caso seus pais sejam deportados, cuidando deles até concluírem os estudos. Ele já se comprometeu a ser tutor de 26 crianças e adolescentes nessa situação. Muitos imigrantes sem documentos têm buscado preparar “planos familiares” diante das deportações. Isso inclui escolher alguém de confiança para cuidar dos filhos em emergências migratórias. Nos EUA há mais de seis milhões de famílias com situação migratória mista. Milhões de crianças têm ao menos um dos pais sem documentos ou com proteção ameaçada. O número de detenções e deportações cresceu, aumentando o medo nas comunidades. Em Hyattsville, onde a igreja está situada, grande parte da população é latina. Os fiéis relatam terror de sair de casa ou até ir ao templo. Para ajudar, a paróquia adotou cultos a portas fechadas e vigilância voluntária. Também orienta famílias a buscar tutores temporários conforme a lei estadual. Muitas não têm parentes com status legal, ampliando o desespero. Mimi, imigrante sem documentos e mãe solo, escolheu Rivas como tutor de sua filha. Ela teme que a menor fique “no limbo” caso seja separada dela. Em Maryland, pais podem designar um tutor reserva por até seis meses. A emergência ativa automaticamente a tutela, que pode ser revogada a qualquer momento. O tutor pode tomar decisões escolares, médicas e logísticas pelos menores. Outros estados têm regras diferentes; alguns não possuem tutela temporária.

    Na Califórnia, por exemplo, a tutela concede custódia completa ao tutor. Para reverter, os pais precisam solicitar ao tribunal. Especialistas alertam que isso pode dificultar futuras reunificações. Alternativas como autorizações juramentadas são usadas para decisões básicas. Muitas famílias afirmam não ter ninguém nos EUA para assumir esse papel. Advogados incentivam a considerar professores, empregadores ou amigos confiáveis. ONGs e voluntários têm promovido oficinas de preparação e direitos dos imigrantes. Distribuem materiais, oferecem assistência legal e monitoram ações do ICE. O governo critica esses grupos, alegando que incentivam resistência às autoridades. Ainda assim, cresce a conscientização sobre a importância de um plano familiar. Advogados reforçam que todos devem revisar sua situação migratória com profissionais. Em uma detenção, não há tempo para organizar documentos ou cuidados com filhos. Por isso, preparar tudo antecipadamente é essencial para evitar caos e sofrimento.



  • MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 7/12/2025

    CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF

    María Corina Machado vai à Noruega receber Nobel da Paz

    Líder da oposição venezuelana pretende viajar à Noruega na próxima semana

    O GLOBO - RIO DE JANEIRO/RJ

    Volta ao mundo sem sair do sofá: por que tanta gente usa IA para postar fotos em viagens que nunca fizeram?

    Internautas usam apps para gerar imagens de experiências turísticas que nunca viveram só para postar em redes sociais

    FOLHA DE SÃO PAULO - SÃO PAULO/SP

    STF tem ministros divididos em relação a decisão de Gilmar sobre impeachment

    Relatos à Folha indicam ao menos quatro magistrados desconfortáveis com medida Entendimento do decano vai a votação em plenário virtual na sexta-feira (12)

    TRIBUNA DA BAHIA - SALVADOR/BA

    Pix bate novo recorde com 313 milhões de transações e R$ 180 bi em um dia

    Ferramenta renovou o recorde alcançado em 28 de novembro deste ano, em razão da Black Friday

    CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE/RS

    Venezuela recruta mais 5.600 soldados diante das “ameaças” dos EUA

    Em resposta às manobras militares americanas, Maduro, pediu o reforço do alistamento militar e a união contra o "imperialismo”

    DIÁRIO DE NOTÍCIAS - LISBOA/PT 

    Aos 14 entrou num gangue e traficava droga. Hoje ajuda jovens a quebrar o ciclo de violência

    Esta é a história de Vilson Duarte Dong, 24 anos, português, residente em Inglaterra desde os 12. “Aos jovens que pensam que as cinco ruas do bairro são o mundo inteiro digo: não são!”

    sábado, 6 de dezembro de 2025

    MADURO TEM OS DIAS CONTADOS

    Donald Trump afirmou em entrevista à CBS no domingo (02) que acredita que  “os dias de Nicolás Maduro como presidente da Venezuela estão contados”.  Questionado sobre ataques terrestres, Trump não confirmou nemO presidente dos EUA, Donald Trump, intensificou a pressão sobre Nicolás Maduro, chamando-o de líder de uma organização terrorista, enviando navios de guerra ao Caribe, fechando o espaço aéreo da Venezuela e sugerindo ataques iminentes. Publicamente, afirma combater drogas e criminosos; porém, segundo funcionários, seu objetivo final é a saída de Maduro, que permanece no poder apesar de ter perdido a eleição. Trump declarou que sua ação vai além de pressão e insinuou que os dias de Maduro estão contados. O New York Timesinformou que o Pentágono elaborou planos militares, incluindo operações para capturar ou matar o ditador. Pessoas próximas ao regime dizem que as ameaças afetaram Maduro física e emocionalmente, levando-o a reforçar a segurança. Assessores sugeriram que ele deixaria o cargo em 2027, mas Washington pressiona por saída antecipada. O sucessor de Maduro depende da forma da transição. Delcy Rodríguez, vice-presidente e moderada, seria presidente interina em caso de renúncia. Ela promoveu reformas econômicas e tem apoio de elites, mas sua legitimidade é prejudicada pela fraude eleitoral. Diosdado Cabello, ministro do Interior e linha-dura, fortaleceu o controle sobre as forças de segurança e se beneficiou da ameaça externa, mas enfrenta acusações de tráfico nos EUA.

    María Corina Machado, Nobel da Paz e vencedora das eleições reconhecidas internacionalmente, segue na clandestinidade e rejeita negociações com o regime. É a figura mais popular, mas rejeitada pela elite chavista. Edmundo González, vencedor legal da eleição, vive exilado e adota tom conciliador, mas tem pouca força política para governar após uma transição. Jorge Rodríguez, presidente do Congresso e estrategista de Maduro, poderia reivindicar legitimidade institucional, embora sua popularidade seja baixa. O general Vladimir Padrino López, ministro da Defesa, não tem caminho formal ao poder, mas seu papel é crucial devido ao peso das Forças Armadas na política venezuelana. 

    PCC E CV NAS 27 UNIDADES DA FEDERAÇÃO

    De dentro de uma cela, a confissão e o pacto selado. A cerimônia de batismo  é simples e marca a entrada numa facção, ritual cada vez mais comum nos  presídios. O recrutamentoAs duas maiores facções criminosas do Brasil, PCC e CV, estão presentes nas 27 unidades da federação, com hegemonia em 13 estados. Os dados, obtidos pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública em parceria com a Abin, serão detalhados em estudo previsto para fevereiro. O PCC domina Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rondônia, Roraima, São Paulo e Piauí. O CV controla Acre, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Tocantins e Rio de Janeiro. As facções deixaram de ser grupos restritos a presídios e se tornaram organizações transnacionais com modelos próprios de negócios. A configuração atual surgiu em 2016, após o assassinato de Jorge Rafaat pelo PCC e o rompimento com o CV. O PCC assumiu a rota caipira, usada no envio de drogas ao Porto de Santos, enquanto o CV buscou novas rotas e firmou aliança com a Família do Norte, passando a dominar o Alto Solimões. O PCC se especializou no tráfico em grande escala e na exportação para a Europa, atuando como uma holding com associados e presença em 16 países. Já o CV expandiu-se territorialmente pela Amazônia, controlando rotas fluviais e abastecendo o mercado interno, incluindo cocaína e skunk vindos da Colômbia.

    Segundo o estudo, o CV opera na Colômbia, Peru, Bolívia e Suriname, com indícios de atuação também na Argentina, Paraguai e Venezuela. Já o PCC utiliza portos, aeroportos e estradas como infraestrutura estratégica, além de sofisticados métodos de lavagem de dinheiro. As facções têm modelos distintos de governança: no PCC, a Sintonia Final define decisões estratégicas; no CV, líderes regionais têm maior autonomia. O enfrentamento dessa estrutura exige integração entre inteligência financeira, cooperação internacional, políticas sociais e proteção ambiental. 

    CONGRESSO REAJE COM MANDATOS PARA MINISTROS

    Projeto sobre mandato de ministros causa tensão entre Congresso e STF? |  CNN ARENAO Senado reagiu à decisão do ministro Gilmar Mendes, do STF, que restringiu à PGR a prerrogativa de pedir impeachment de ministros da Corte. Em resposta, líderes articulam acelerar o projeto que atualiza a Lei do Impeachment, de 1950, conduzido por Davi Alcolumbre com apoio da oposição. A proposta de Rodrigo Pacheco está na CCJ e pode avançar antes do recesso, impulsionada pelo novo clima de tensão. Entre os pontos em debate estão mudança no quórum para abertura de processos e novas regras para escolha e mandato de ministros do STF, o que exigiria PEC. Hoje, o processo pode ser aberto por maioria simples com 21 votos; o STF defende dois terços (54). Também tramita PEC de Carlos Portinho, que redefina critérios de indicação e institua mandato fixo. Outra PEC, do Novo, quer permitir que qualquer cidadão apresente pedidos e fixar quórum de maioria absoluta. Para congressistas, a mobilização é um recado ao Judiciário contra o que veem como interferência indevida. A liminar de Gilmar, que será analisada no dia 12, foi recebida como afronta. O decano alegou que a Lei do Impeachment não foi plenamente recepcionada pela Constituição e vem sendo usada como instrumento de intimidação. Flávio Dino defendeu a decisão, citando o acúmulo de 81 pedidos contra ministros, a maioria contra Alexandre de Moraes.

    Alcolumbre criticou publicamente o STF e, nos bastidores, teria ficado irritado. Aliados dizem que está disposto a levar o embate adiante. Seccionais da OAB reagiram. A OAB-PR aprovou parecer contra a liminar e pediu atuação como amicus curiae nas ADPFs. A entidade classificou como retrocesso restringir a legitimidade ativa apenas à PGR. A OAB-RJ manifestou inconformismo, afirmando que a medida fere valores democráticos. Especialistas também se posicionaram. Ruy Espíndola afirma que há “hipertrofia funcional” do STF causada pela omissão legislativa. Para ele, o Supremo atua dentro do modelo constitucional de 1988 e tem sido dique contra ataques democráticos. Defende fortalecer o Parlamento em vez de usar impeachment como intimidação. Concorda com Gilmar que o uso abusivo do impeachment ameaça o equilíbrio entre Poderes e a própria democracia.