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quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

NOVO PEDIDO DE IMPEACHMENT CONTRA BOLSONARO

O ex-ministro da Justiça, Miguel Reale Júnior, juntamente com o ex-ministro José Carlos Dias, o professor da PUC José Rogério Cruz e Tucci, o ex-presidente da OAB, Antônio Cláudio Mariz de Oliveira e o jurista Walter Maeierovitch, ingressarão hoje com novo Pedido de Impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro, pela prática de crime de responsabilidade, sustentado no relatório das investigações da CPI da Covid. A petição assegura que o presidente "afrontou o direito à vida ao ignorar as medidas sanitárias para enfrentar a pandemia de Covid"; diz que Bolsonaro adotou a "imunidade de rebanho por contaminação", como política de enfrentamento ao coronavírus; esclarece que o chefe do governo "sabotou as políticas impostas por ex-ministros da Saúde como Luiz Henrique Mandetta" e que promoveu medicamentos sem comprovação científica, além de "boicotar a vacinação em massa".     



PROSSEGUE O DESMANTELO DA LAVA JATO

O desmantelo da Lava Jato prossegue. A 3ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região anulou a maior condenação que foi imposta ao ex-deputado Eduardo Cunha; em 2108, o juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Criminal condenou Cunha a 24 anos de prisão pela prática dos crimes de corrupção passiva, violação do sigilo funcional e lavagem de dinheiro. A Operação Sépsis, desdobramento da Lava Jato, e apontava pagamento de propinas ao grupo Cunha, por empresários em troca de desvios de aportes do Fundo de Investimentos do FGTS, gerido pela Caixa. Neste mesmo sentido foi anulada a condenação por lavagem de dinheiro do ex-deputado Henrique Eduardo Alves; anteriormente, os dois já tinha sido presos. 

O fundamento para anulação é de que a Justiça Federal era incompetente para julgar o caso e deveria tramitar na Justiça Eleitoral do Rio Grande do Norte; assim, o processo terá de iniciar da estaca zero. É mais um caso, como o do tríplex de Lula, que será atingido pela prescrição, pois como já enfatizamos, esse foi o meio encontrado pelo STF para livrar os corruptos da cadeia. A Justiça Eleitoral não dispõe de mínima condição para processar e julgar tais processos e os ministros sabem dessa assertiva.  



BOLSONARO DIZ QUE PASSAPORTE É COLEIRA NO POVO

O governo Jair Bolsonaro decidiu, ontem, impor quarentena de cinco dias para viajantes não vacinados entrarem no Brasil; é aceito também o certificado de imunização negativo. A publicação deu-se pelos ministros Ciro Nogueira, da Casa Civil, Marcelo Queiroga, da Saúde e Bruno Bianco, da Advocacia-geral da União. Enquanto isso, Bolsonaro, em discurso, no Palácio do Planalto, fez a comparação do passaporte da vacina a uma coleira; disse o chefe do governo: "Essa coleira que querem colocar no povo brasileiro. Cadê a nossa liberdade? Prefiro morrer do que perder a minha liberdade". 

Por outro lado, a ANVISA sugeriu a cobrança da vacinação ou a imposição de quarentena de quem entra no Brasil. Todavia, os sanitaristas asseguram que a quarentena de cinco dias, como propõe o governo não traz efeito algum e informam que o mínimo para resultado da quarentena será de 10 dias.



 

 

MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 8/12/2021

CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF 

PANDEMIA
BRASIL VAI NA CONTRAMÃO DO MUNDO E REJEITA O PASSAPORTE DE VACINAÇÃO

JORNAL DO BRASIL - RIO DE JANEIRO/RJ

GOVERNO REJEITA "PASSAPORTE" E IMPÕE QUARENTENA PARA VIAJANTE NÃO VACINADO

FOLHA DE SÃO PAULO  - SÃO PAULO/SP 

STF
DOCUMENTOS APONTAM QUE EXÉRCITO TENTOU DRIBLAR STF EM JULGAMENTO SOBRE ARMAS

A TARDE  - SALVADOR/BA

GUEDES DIZ QUE NÃO VENDE PETROBRAS NESTE MANDATO

CORREIO DO POVO

TCU REVELA QUE AUXÍLIO EMERGENCIAL FOI DADO A 74,5 MIL MORTOS EM 2021

CLARIN - BUENOS AIRES/ARG

EN FOCO
EL GOBIERNO LE DECLARA LA GUERRA A LA CORTE SUPREMA CON LA PÓLVORA MOJADA

DIÁRIO DE NOTÍCIAS - LISBOA/PT  

ALEMANHA
PRIMEIRO GOVERNO PARITÁRIO ALEMÃO SUCEDE À ERA MERKEL
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terça-feira, 7 de dezembro de 2021

CORONAVÍRUS NO BRASIL, EM 7/12/2021

Segundo informações do Ministério da Saúde foram registradas, nas últimas 24 horas 274 óbitos, ontem 108 e 10.250 novas contaminações, ontem 4.385; o número de mortes desde o início da pandemia foi de 616.018 e de contaminados 22.157.726. Recuperados 21.386.271 e 155.437 permanecem em acompanhamento. Total de doses aplicadas 312.159.189, sendo 159.356.018 com a primeira dose e 137.276.638, com segunda ou dose única.

Segundo dados da Secretaria de Saúde, na Bahia, de ontem para hoje, foram registrados 8 óbitos, mesmo número de ontem  e 574 novas contaminações, ontem 249; recuperadas 580 pessoas, ontem 310. Desde o início da pandemia foram anotados 27.359 mortes e 1.263.616 de casos confirmados, sendo considerados recuperados 1.233.378 e 2.879 encontram-se ativos. Foram descartados 1.646.790 e em investigação 258.293; continua a informação de falta de envio de dados da vacinação no interior, daí porque tem-se o número de vacinados na Bahia com a primeira dose ou única 10.952.306, no domingo, 21/11, na população acima de 12 anos, no percentual de 86,02%. Mesma informação anterior.


 

DESEMBARGADORES E ADVOGADOS PRESOS SÃO LIBERADOS

A 2ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro revogou as prisões preventivas dos advogados Pedro D'Alcântara Miranda Neto, Manoel Messias Peixinho e Suzani Andrade Ferraro. O fundamento foi de que o afastamento de quatro desembargadores do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região, acusado de venda de sentença, afasta os riscos à ordem pública e à instrução criminal, causadas pelos advogados e familiares, cúmplices do esquema da venda de sentenças. O juiz Vitor Barbos Valpuesta revogou também as prisões preventivas dos advogados Eduarda Pinto da Cruz, irmão do desembargador Marcos Pinto da Cruz, Sônia Regina Dias Martins, mulher do desembargador José Fonseca Martins Júnior, Marcello Cavanellas Zorzenon da Silva,  filho do desembargador Fernando Zorzenon e Leila Maria Gregory Cavalcanti de Albuquerque, mulher do desembargador Antônio Carlos de Azevedo Rodrigues.   

Os advogados Pedro D'Alcantara Miranda Neto, Manoel Messias Peixinho e Suzani Andrade Ferraro são ligados a consórcio de transporte e organizações sociais, que ofereciam serviços ao grupo da organização criminosa. Os magistrados, que proferiam decisões favoráveis aos criminosos, recebiam falsos pagamentos de honorários. Os desembargadores e os advogados foram presos por decisão do STJ, mas o ministro Dias Toffoli converteu as prisões em domiciliares. 



GUARDA É PRESO, PRÍNCIPE ESTÁ SOLTO

Khalid Alotaibi, ex-guarda real da Arábia Saudita, foi detido no aeroporto de Roissy, perto de Paris, acusado de matar o jornalista saudita Jamal Khashoggi, em 2018, em Istambul; ele era crítico do regime do príncipe herdeiro saudita, Mohamed ben Salman. Alotaib, que estava na lista de procurados pela polícia francesa, esperava voo para Riad, capital da Árabia Saudita, quando foi detido; será extraditado para a Túrquia. Amanhã ele comparecerá a um tribunal de apelação na capital francesa e será comunicado o fato à Turquia, que pediu a prisão. Relatório especial da CIA afirma que há comprovação de participação do príncipe herdeiro, Mohamed bin Salman, como mandante do assassinato. 

Processo que tramitou na Árabia condenou à morte cinco pessoas e três continuam detidas. Em visita ao país, em 2019, o presidente Jair Bolsonaro declarou ter "muita afinidade" com o príncipe Bin Salman.


GILMAR INOCENTA "REI DO ÔNIBUS"

A 2ª Turma do STF, a do ministro Gilmar, julgou inepta denúncia contra o "rei do ônibus", Jacob Barata Filho, no caso da evasão de divisas. A relatoria foi do ministro Gilmar Mendes, que não se deu por suspeito, apesar de vários requerimentos neste sentido. O empresário tem amizade próxima com Gilmar, inclusive como padrinho do casamento da filha, realizado no Copacabana Palace, do Rio de Janeiro; além disso, Barata Filho é sócio de Francisco Feitosa de Albuquerque Lima, irmão de Guiomar, mulher do ministro. O amigo de Gilmar foi preso três vezes pelo juiz Marcelo Bretas, mas o ministro sempre aparecia para liberar o amigo. Como sempre Gilmar contou com os votos dos ministros Ricardo Lewandowski e Nunes Marques, cabendo ao ministro Edson Fachin o voto divergente; assegurou que "pela leitura que fiz dos autos a denúncia não tem generalidade e descreve atos ilícitos".     




FESTIVAL DE BESTEIRAS QUE ASSOLAM O JUDICIÁRIO, FEBEAJU (CCXXXIII)

Depois de desbaratar a Operação Lava Jato e destronar o principal líder, Sergio Moro, os políticos, empresários e alguns ministros de tribunais superiores direcionam o alvo para perseguir o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, e responsável pela Operação que sucedeu a Lava Jato, no Rio. Tramita processo para afastar o magistrado, tal como fizeram com Moro, maior responsável pelas condenações e prisões de políticos e empresários corruptos, que nunca iam presos.

Os jornais mostram que 21 dos 81 senadores da República respondem a ações, por improbidade administrativa, quando exerciam os cargos de prefeitos ou governadores. Esses parlamentares foram encarregados de analisar as alterações que fizeram na Lei de Improbidade Administrativa. O que esperar das mudanças que promoveram? Dentre as deformações, menciona-se somente duas: exige para tipificar o crime o dolo, ou seja, se o gestor público atuou somente com descuido, imprudência ou imperícia, está livre de punição; foi fixado o prazo de 180 dias, prorrogáveis por mais 180 dias, portanto, 360 dias, em torno de um ano, para que o Ministério Público conclua a apuração dos casos de improbidade; a demanda de perícias, cooperação internacional, em alguns casos, quebra de sigilo implica em decair do direito de acionar o infrator e assim ocorre a prescrição.

O senador Fernando Bezerra, líder do governo, no Senado, responde a processos de improbidade, quando prefeito de Petrolina, na execução de obras de saneamento. No final de novembro, o ministro Roberto Barroso negou pedido da Procuradoria-geral da República que pedia arquivamento de inquérito contra o senador, que apura propina recebida de empreiteiras. O ministro determinou que o processo seja encaminhado ao juízo da 4ª Vara Federal de Recife.

A Polícia Federal pediu ao STF indiciamento de Bezerra pela prática de uma série de crimes; um deles é o recebimento de propina de R$ 10 milhões, quando foi ministro da Integração Nacional, no governo da ex-presidente Dilma Rousseff, entre os anos de 2012/2014. Os pagamentos foram feitos pelas empreiteiras OAS, Barbosa Mello e Constremac. No relatório, a Polícia Federal indiciou o senador na prática dos crimes de corrupção passiva, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e caixa 2 no valor de R$ 20 milhões. Em setembro, a Procuradoria-geral da República foi acusada de omissão no parecer de denúncia contra o senador Fernando Bezerra, indiciado, juntamente com o filho, do recebimento de R$ 10,4 milhões referente a propina de empreiteiras, facilitando-lhes na execução de obras.

No final de 2019, a Polícia Federal, em operação de busca e apreensão, no gabinete do líder do governo, apreendeu "uma quantidade impressionante" de indícios de crimes contra o senador, que requereu a consideração de ilegais de tudo o que foi apreendido. É possível que obtenha êxito, pois já se praticou conduta semelhante em processo contra o senador Flávio Bolsonaro; neste caso os documentos apreendidos foram considerados imprestáveis e Flávio respira.

Fernando Bezerra e outros integrantes do PSB foram acusados de receber R$ 41,5 milhões de empreiteiras contratadas pela Petrobras para a construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Bezerra era secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco e presidia o Complexo Industrial Portuário de Suape. Os parlamentares foram denunciados pela prática dos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção. O processo foi encaminhado para o juízo de 1ª instância. O caso terminou na 2ª Turma do STF, a de Gilmar Mendes, e, como sempre, três votos, Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Ricardo Lebandowski não receberam a denúncia.

Em abril/2020, o juiz Friedmann Anderson Wendpap, da 1ª Vara Federal Civil de Curitiba, determinou bloqueio de 10% do salário do senador Fernando Bezerra Coelho, líder do governo de Bolsonaro no Senado Federal; a medida atinge também os deputados federais Luiz Fernando Faria, Arthur Lima e Eduardo da Fonte. Todos respondem por improbidade, resultado de propinas na Petrobras, processo movido pela Lava Jato.

O censurável e incompreensível é que esses inquéritos e investigações contra os parlamentares não resultam em denúncia e julgamento; estacionam nos gabinetes de procuradores ou de ministros até serem atingidos pela prescrição.

O FEBEAJU, comprova que o governo Bolsonaro está contaminado pelas práticas dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, incluindo aí a célebre rachadinha.

Salvador, 7 de dezembro de 2021

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.


TRF-3 EXIGE PASSAPORTE DA VACINA

Enquanto o governo do presidente Jair Bolsonaro dificulta a proteção dos brasileiros, no sentido de exigir o passaporte da vacina, o Tribunal Regional Federal da 3ª Região passou a cobrar, a partir do dia 7 de janeiro, o passaporte para todas as pessoas terem acesso aos prédios dos tribunais federais em São Paulo e no Mato Grosso do Sul. A Portaria foi editada pelo presidente do TRF-3, desembargador Mairan Gonçalves Maia Júnior e pela corregedora Marisa Ferreira dos Santos. O ato invoca decisão do STF, no julgamento da ADI 6.586.