IMPENHORABILIDADE DE POUPANÇA
ASSOCIAÇÃO DE APOSENTADOS É CONDENADASalvador, 15 de dezembro de 2025.
IMPENHORABILIDADE DE POUPANÇA
ASSOCIAÇÃO DE APOSENTADOS É CONDENADASalvador, 15 de dezembro de 2025.
Um dia após sair da clandestinidade e chegar à Noruega, María Corina Machado afirmou que fará “todo o possível” para retornar à Venezuela levando o Prêmio Nobel da Paz. A opositora disse que recebeu a honraria em nome do povo venezuelano e que a levará de volta ao país “no momento correto”. Sem revelar como ou quando retornará, afirmou estar esperançosa com o fim próximo do regime de Nicolás Maduro. Segundo ela, a Venezuela será transformada em um país de democracia, esperança e oportunidades. Questionada sobre intervenção militar dos EUA, evitou o tema e disse que o país já foi invadido por terroristas. Machado afirmou que o regime se sustenta por um sistema de repressão financiado por crimes como tráfico de drogas, armas, pessoas e petróleo. Defendeu que a comunidade internacional corte essas fontes de financiamento para enfraquecer o governo. Ela mantém proximidade com aliados do presidente dos EUA, Donald Trump, a quem agradeceu ao receber o Nobel.
A fala ocorre após forças americanas capturarem um petroleiro próximo à costa venezuelana. Machado agradeceu às pessoas que arriscaram a vida para viabilizar sua viagem após mais de um ano escondida. O primeiro-ministro da Noruega, Jonas Gahr Store, afirmou que o país apoia uma transição democrática na Venezuela. Segundo ele, o povo venezuelano manifestou claramente o desejo por um regime democrático. Machado cumpre agenda em Oslo, incluindo visita ao Parlamento, após atrasos que impediram sua chegada inicial. Na noite de quarta, ela apareceu na sacada do hotel dos laureados, cantou o hino e saudou apoiadores. O paradeiro da líder era desconhecido desde janeiro, quando foi proibida de deixar a Venezuela. Ela recebeu o Nobel da Paz por sua luta democrática e por uma transição pacífica no país.
A Ucrânia renunciou ao objetivo de ingressar na Otan em troca de garantias de segurança ocidentais, disse Volodimir Zelenski ontem, 14, em Berlim. A decisão foi apresentada como concessão para tentar encerrar a guerra iniciada pela Rússia em 2022. Zelenski anunciou a medida a caminho da capital alemã, onde iniciou novas negociações de paz. Em Berlim, reuniu-se com Steve Witkoff, enviado do presidente americano Donald Trump, e com Jared Kushner. A adesão à Otan era vista por Kiev como salvaguarda contra novos ataques russos. A aspiração está prevista na Constituição ucraniana, o que torna a mudança significativa. A desistência atende a uma das principais exigências de Moscou. Em contrapartida, Kiev mantém a recusa em ceder território. As conversas foram organizadas pelo premiê alemão Friedrich Merz. Segundo interlocutores, Merz fez comentários iniciais e deixou os lados negociarem a sós. Outros líderes europeus devem participar de diálogos no dia de hoje, 15.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, admitiu que os republicanos podem perder as eleições legislativas de meio de mandato de 2026, apesar de afirmar que o país vive a “maior economia da história”. A declaração foi dada em entrevista ao The Wall Street Journal, publicada no sábado (13). Trump, que voltou à Casa Branca em janeiro, reiterou que a economia americana está no auge e voltou a atribuir a inflação persistente ao governo do democrata Joe Biden. Segundo ele, os investimentos que entram no país estão sendo convertidos em fábricas, tecnologia e inteligência artificial.CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF
O GLOBO - RIO DE JANEIRO/RJ
Dono do Master tem na agenda contatos de ministros do STF e da cúpula do Congresso
Celular de banqueiro traz nomes de autoridades e mostra sua extensa rede de relações; defesa não se manifesta
FOLHA DE SÃO PAULO - SÃO PAULO/SP
TRIBUNA DA BAHIA - SALVADOR/BA
CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE/RS
DIÁRIO DE NOTÍCIAS - LISBOA/PT
FLAMENGO NA INTERCONTINENTAL
EUA TROCAM DEMOCRACIA POR LUCRO
"INCIDENTE TERRORISTA DEVASTADOR"
Prefeitos de oito capitais brasileiras recebem salários maiores que os dos governadores de seus estados, com diferenças que chegam a R$ 20 mil e valores que podem ultrapassar o teto constitucional de R$ 46.366,19. O maior contraste ocorre em Cuiabá, onde o prefeito Abilio Brunini (PL) recebe R$ 52,9 mil mensais, enquanto o governador Mauro Mendes (União) ganha R$ 32,3 mil. Parte do valor pago ao prefeito é uma verba indenizatória de R$ 18 mil, isenta de Imposto de Renda e fora do teto. A prefeitura afirma que o vencimento básico respeita a Constituição e que a verba adicional é autorizada por lei municipal de 2021. A reforma administrativa em debate no Congresso prevê limitar salários de prefeitos a até 80% dos vencimentos dos governadores, mas apenas em cidades menores, excluindo as capitais. Segundo o deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), os salários dos prefeitos das capitais são definidos com autonomia local e já estão sujeitos ao teto constitucional. No Rio, Eduardo Paes (PSD) recebe R$ 35.608, acima dos R$ 21.868 do governador Cláudio Castro. Em São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) ganha R$ 39 mil, mais que o governador Tarcísio de Freitas, que recebe R$ 36 mil.
Casos semelhantes ocorrem em Recife, Curitiba, Goiânia, Fortaleza e Florianópolis. Algumas prefeituras alegam que os valores foram definidos por leis municipais; outras não se manifestaram. A reforma também propõe limites para gastos de vereadores e número de secretarias, aplicáveis apenas a municípios com desequilíbrio fiscal, excluídas as capitais. Dados do IBGE mostram que Macapá e Boa Vista dependem fortemente da administração pública. Se a reforma valesse para capitais, seus prefeitos teriam salários limitados. A professora Ursula Peres, da USP, defende que a reforma inclua limites para que prefeitos não ganhem mais que governadores e critica o uso apenas do critério populacional, propondo indicadores mais amplos de gestão e capacidade fiscal.
Os Estados Unidos apreenderam, nesta semana, o petroleiro Skipper, que transportava quase 2 milhões de barris de petróleo bruto da Venezuela para Cuba, como parte de uma colaboração entre os dois países. O Skipper fez uma parada antes de seguir para a Ásia, depois de transferir parte do petróleo para o Neptune 6, que seguiu para Cuba. A Venezuela tem fornecido petróleo a Cuba a preços subsidiados há décadas, em troca de médicos, instrutores e seguranças cubanos. Nos últimos anos, grande parte do petróleo destinado a Cuba foi redirecionada para a China, com os lucros sendo usados para obter moeda forte para a Venezuela, embora o destino exato desses recursos seja difícil de rastrear. A apreensão do Skipper pelos EUA é vista por Cuba como um "ato de pirataria", enquanto o governo dos EUA afirmou que o objetivo era enfraquecer Maduro e cortar seu acesso a fundos.
O empresário panamenho Ramón Carretero, envolvido na negociação do petróleo entre os dois países, foi sancionado pelos EUA. Carretero, que intermediou o comércio de petróleo, é uma figura chave nesse fluxo de recursos. A Cubametales, empresa estatal cubana, comprou grande parte do petróleo venezuelano destinado à ilha. No entanto, o petroleiro não entregou a carga em Cuba, sendo desviado para a China após uma parte da carga ser descarregada. A operação do Skipper reflete uma rede flexível entre a Venezuela, Cuba, Irã e Rússia, que compartilham uma relação de comércio de petróleo, evitando sanções internacionais. A Rússia, por exemplo, tem fornecido nafta à Venezuela, essencial para a exportação do petróleo venezuelano. Esse comércio está fortemente ligado à necessidade de manter o fluxo de receitas do petróleo, enquanto enfrenta restrições internacionais.
Democratas do Comitê de Supervisão da Câmara dos Representantes divulgaram fotos do espólio do pedófilo e traficante sexual Jeffrey Epstein, morto em 2019 em uma prisão de Nova York. As imagens mostram Epstein ao lado de figuras influentes, como o atual presidente Donald Trump, o ex-presidente Bill Clinton, Richard Branson, Woody Allen e Steve Bannon, ex-estrategista da Casa Branca. Entre os registros, há embalagens de preservativos com caricatura de Trump e a frase “I’m huuuuge!”, além de brinquedos sexuais pertencentes a Epstein. As fotos reacenderam questionamentos sobre as relações do magnata com homens poderosos. A brasileira Marina Lacerda, vítima de Epstein, afirmou que a divulgação dos arquivos pode prejudicar Trump e disse que os sobreviventes representam a verdadeira prova do caso. Segundo ela, se o presidente não tivesse envolvimento, não temeria a liberação dos documentos.
Os democratas afirmam que as imagens levantam novas dúvidas sobre a rede de relações de Epstein. A Casa Branca reagiu dizendo que as fotos foram divulgadas de forma seletiva para criar uma “narrativa falsa” contra Trump. O ex-procurador federal Roland Riopelle avaliou que as imagens são embaraçosas para o presidente, embora não suficientes, isoladamente, para desestabilizar o governo. Para ele, revelações sucessivas podem, ao longo do tempo, corroer a confiança pública. Marina Lacerda relatou ter sido abusada por Epstein dos 14 aos 17 anos, descrevendo um ciclo de exploração, violência sexual e coerção, agravado por sua condição de imigrante e vulnerabilidade econômica.
Oito organizações da sociedade civil pediram ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) o veto à criação da licença-compensatória no Tribunal de Contas da União (TCU), prevista no PL nº 2.829/2025, que reestrutura carreiras do órgão e foi aprovado pelo Congresso no dia 3. Segundo as entidades, o benefício pode elevar a remuneração dos servidores em até 56%, chegando a R$ 58,6 mil até 2029, acima do teto constitucional de R$ 46,3 mil. O artigo 17 do projeto concede dias de folga por acúmulo de funções, passíveis de conversão em pagamento. As organizações alertam que a sanção integral criaria precedente para outros órgãos adotarem o penduricalho, com baixa transparência e alto impacto fiscal. Embora não exista previsão em lei federal, a licença já é paga por diversos órgãos: só o Judiciário desembolsou ao menos R$ 1,2 bilhão em 2024.
O ofício afirma que o benefício aumenta o risco fiscal, engessa o gasto público e não garante melhora de produtividade. As entidades defendem o veto ao artigo 17 para preservar o interesse público, sem comprometer o restante do projeto. Assinam o pedido Transparência Brasil, Fiquem Sabendo, CLP, Movimento Pessoas à Frente, Livres, República.org, Plataforma JUSTA e Transparência Internacional – Brasil.
Istambul se organiza a partir de uma tensão permanente entre herança bizantina e otomana e a dinâmica de uma metrópole moderna dividida entre Europa e Ásia pelo Bósforo. Embora Ancara seja a capital, é em Istambul que o passado imperial se manifesta no cotidiano, entre ruas estreitas, mercados e barcos lotados. Caminhar pela cidade é conviver com a sobreposição de tempos. No bairro histórico de Sultanahmet, símbolos religiosos e arquitetônicos revelam disputas de poder que moldaram a região. A Hagia Sophia sintetiza essa trajetória: construída em 532, reúne mosaicos cristãos e elementos islâmicos após sua conversão em mesquita em 1453. Ao lado, a Mesquita Azul impressiona pelos cerca de 20 mil azulejos e pelos seis minaretes, raros à época. A Mesquita de Solimão, no ponto mais alto da cidade antiga, oferece vista ampla do Chifre de Ouro e reforça o papel social das mesquitas. O Palácio Topkapi, por sua vez, revela a organização política e doméstica do Império Otomano, com pátios sucessivos, tesouros e o Harém, onde a decoração se torna progressivamente mais elaborada.
O Bósforo funciona como eixo de leitura urbana. Em passeios de barco, palácios, fortalezas e pontes conectam visualmente os continentes, especialmente ao entardecer. No segundo dia, o lado comercial ganha destaque: o Grand Bazaar, com mais de 5 mil lojas, e o Bazar das Especiarias mostram que a barganha e o comércio seguem centrais na vida local. Outros pontos marcantes incluem a Torre e a Ponte de Gálata e a Cisterna da Basílica, com suas 336 colunas subterrâneas. Em 48 horas, Istambul revela apenas parte de sua complexidade, mas deixa clara a convivência intensa entre passado e presente em uma das cidades mais multicamadas do mundo.