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sexta-feira, 12 de dezembro de 2025

CNJ APOSENTA JUIZ ORLAN DE MOSSORÓ/RN

O CNJ decidiu, por unanimidade, aplicar aposentadoria compulsória ao juiz  Federal Orlan Donato Rocha, de Mossoró/RN, acusado de assédio e  importunação sexual contra colaboradoras terceirizadas e uma servidora  entre 2014 e 2022.O CNJ decidiu aplicar a aposentadoria compulsória, com vencimentos proporcionais, ao juiz Federal Orlan Donato Rocha, de Mossoró/RN, acusado de assédio e importunação sexual contra colaboradoras terceirizadas e uma servidora entre 2014 e 2022. A decisão unânime ocorreu na 17ª Sessão Ordinária de 2025, nesta terça-feira, 9. O caso começou quando uma trabalhadora procurou a Comissão de Prevenção ao Assédio da Seção Judiciária do RN. A partir disso, outras cinco mulheres relataram condutas inadequadas do magistrado. Depoimentos indicam que ele seguia funcionárias, fazia comentários sobre seus corpos, insistia em ligações para a copa, fazia insinuações, pedia abraços e mantinha comportamento constrangedor no ambiente de trabalho. Uma das vítimas afirmou que colegas comentaram que “todo mundo sabia que iria acontecer”. Os relatos mostram prática reiterada de assédio e abuso, gerando insegurança e constrangimento. Em junho de 2024, o CNJ afastou o juiz cautelarmente e instaurou revisão disciplinar para reavaliar a pena de censura aplicada pelo TRF-5.

O relator, conselheiro Ulisses Rabaneda, já havia defendido a reforma da punição, por considerá-la desproporcional à gravidade dos fatos. Ele destacou que magistrados devem manter conduta irrepreensível, sob pena de comprometer a credibilidade do Judiciário. A conselheira Daniela Madeira pediu vista e, ao devolver o processo, afirmou não haver dúvidas sobre os atos do juiz, reforçados por testemunhos de juízes procurados pelas vítimas. Segundo ela, os comportamentos do magistrado geraram medo e insegurança, levando vítimas a pedir transferência; uma servidora chegou a cogitar exoneração. O CNJ determinou a aposentadoria compulsória de Orlan Donato Rocha e enviará o acórdão à AGU e ao Ministério Público para possível ação penal ou por improbidade, o que pode levar à perda do cargo e da aposentadoria. 

NOVOS DIRETORES DO BC FICA PARA 2026

Senado aprova novos diretores para o BC; indicações de Lula agora são  maioria - EstadãoO governo Lula deixará para 2026 a indicação dos dois novos diretores do Banco Central que substituirão Diogo Guillen (Política Econômica) e Renato Gomes (Organização do Sistema Financeiro), cujos mandatos acabam em 31 de dezembro. O clima tenso com o Senado após a indicação de Jorge Messias ao STF e o prazo curto até o fim do ano motivaram o adiamento. A lei da autonomia do BC determina que o presidente indica os diretores, que passam por sabatina na CAE e votação no plenário do Senado. Mas, com o recesso começando no dia 22, não haveria tempo para todos os ritos, como o tradicional “beija-mão”. Os diretores podem permanecer até a posse dos sucessores, mas Guillen e Gomes, últimos indicados por Bolsonaro, decidiram sair no dia 31. Suas funções serão assumidas temporariamente por outros membros da diretoria. Como o ano legislativo só reabre em 2 de fevereiro, o Copom de 27 e 28 de janeiro terá apenas sete dos nove integrantes — situação que já ocorreu em maio de 2023. A ausência, porém, não deve afetar a estratégia de juros, já que todas as decisões de 2025 foram unânimes.

Este ano, três integrantes foram trocados, e o Copom passou a ter maioria indicada por Lula. O último racha ocorreu em maio de 2024, quando Bolsonaro e Lula dividiram o placar sobre o corte da Selic. Na reunião desta quarta (10), o Copom manteve a Selic em 15% ao ano pela quarta vez seguida, sem sinalizar os próximos passos — parte do mercado espera início dos cortes em janeiro. Lula ainda não decidiu os nomes para o BC. Uma possibilidade é transferir Paulo Picchetti, diretor de Assuntos Internacionais, para a vaga de Guillen. Picchetti deve assumir interinamente a área no início do ano. Também circulam nomes como Tiago Cavalcanti (Cambridge) e Thiago Ferreira (Fed). Para a vaga de Gomes, avalia-se indicar um funcionário de carreira do BC.

FILHO MATA MÃE E SUICIDA-SE, NOS EUA

Convencido por chatbot de IA de que 'a mãe tramava contra ele', ex-executivo  a mataQuando Stein-Erik Soelberg, 56, ex-executivo com histórico de problemas de saúde mental, disse ao ChatGPT que a impressora da mãe podia ser um aparelho de espionagem, o chatbot concordou, segundo vídeo publicado por ele no YouTube. O sistema validou a suspeita de que sua mãe, Suzanne Adams, 83, fazia parte de uma conspiração. Em agosto, mãe e filho foram encontrados mortos na casa onde viviam em Greenwich, Connecticut. Adams foi assassinada; Soelberg cometeu suicídio. Um processo apresentado pelo espólio de Adams afirma que ele a matou após ter seus delírios intensificados pelo ChatGPT. A ação acusa a OpenAI de lançar apressadamente “um produto defeituoso” que reforçou as crenças paranoicas de Soelberg, levando-o a ver a mãe como inimiga e a imaginar batalhas espirituais com a IA. O neto, Erik Soelberg, 20, diz que o chatbot “colocou um alvo” na avó ao alimentar a fantasia delirante do pai. A OpenAI declarou estar analisando o caso e afirmou trabalhar para melhorar a detecção de sofrimento psicológico, orientando usuários para apoio profissional. O processo busca indenização, danos punitivos e medidas que impeçam o ChatGPT de validar delírios sobre terceiros. A ação afirma que o chatbot também direcionou a paranoia de Soelberg a desconhecidos, como um motorista do Uber Eats. O Wall Street Journal já havia relatado suas conversas cada vez mais perturbadoras com a IA.

Nos EUA, ao menos outras cinco ações por morte injusta desde agosto alegam que o ChatGPT contribuiu para suicídios. Entre elas, a dos pais de Adam Raine, 16, que dizem que o chatbot encorajou o filho a se matar. A OpenAI nega. Especialistas alertam que chatbots podem amplificar delírios em usuários vulneráveis. O advogado Jay Edelson afirma que o risco maior ocorre com pessoas mentalmente instáveis, que precisam de ajuda e não de validação de fantasias. Modelos como o GPT-4o, usado por Soelberg, foram criticados por serem “bajuladores” e dizerem ao usuário o que ele quer ouvir. O próprio CEO Sam Altman reconheceu que o modelo poderia piorar situações psiquiátricas frágeis. O novo processo também inclui a Microsoft como ré, alegando que ela participou da revisão e aprovação do modelo antes do lançamento público. Um documento interno obtido em outro caso indica que ambas as empresas compunham um conselho conjunto de segurança responsável por validar os modelos mais poderosos da OpenAI. 

ACORDO DE PARIS

TBT | COP21, 2015 e França e um marco histórico: o Acordo de Paris! ✍️🌍  Pela primeira vez, 195 países se comprometeram a limitar o aumento da  temperatura global a bem abaixoHá dez anos, em 12 de dezembro de 2015, 195 países aprovaram o Acordo de Paris na COP21, após intensa articulação diplomática francesa. O pacto mudou a percepção global sobre a crise climática ao estabelecer metas e parâmetros para limitar o aquecimento “bem abaixo de 2°C”, com esforços para 1,5°C, além da obrigação de publicar metas nacionais (NDCs). Também consolidou o princípio de “responsabilidades comuns, porém diferenciadas”. Uma década depois, os dados mostram que o planeta segue rumo a 2,3°C–2,5°C até 2100. As emissões continuam crescendo, tornando provável o “overshooting”, quando o limite de 1,5°C só poderia ser perseguido com emissões negativas em larga escala — ainda inviáveis. Sem o acordo, porém, o mundo estaria no rumo de 3,9°C. A COP21 ocorreu semanas após os ataques terroristas em Paris. Hollande manteve o evento para demonstrar unidade, e mais de 150 líderes foram à abertura. A França estruturou uma operação sem precedentes, inclusive adotando a prática africana das “indabas” para destravar impasses. Um dos maiores debates envolveu o limite de 1,5°C, defendido por países vulneráveis. Para viabilizar consenso, os franceses criaram a redação “bem abaixo de 2°C”, com esforços pelo 1,5°C, aprovada apesar da oposição saudita.

O texto final enfrentou ainda uma disputa de última hora devido ao uso de “devem” em vez de “deveriam” em obrigações de países ricos. A solução encontrada foi alegar erro de digitação. Dez anos depois, o balanço é misto: o acordo impulsionou avanços econômicos e tecnológicos, mas não garantiu metas vinculativas e nem reduções suficientes. O aquecimento segue longe do controle e eventos extremos se intensificam. No ranking climático, a Dinamarca ocupa a melhor posição disponível (4ª); o Brasil aparece em 27º, e a Arábia Saudita, que não publicou sua NDC, está em último 

MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS E HOJE, 12/12/2025

CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF

Ciclone em São Paulo afeta voos no Distrito Federal

Ontem, foram 37 cancelamentos no Aeroporto JK, reflexo direto do fechamento temporário dos terminais paulistas por causa de rajadas de vento

O GLOBO - RIO DE JANEIRO/RJ

Conexões de ministros com caso Master desgastam STF

Viagem de Toffoli em jato privado com advogado de investigado e contrato de escritório de mulher de Moraes com o banco colocam Corte no centro de crise

FOLHA DE SÃO PAULO - SÃO PAULO/SP

Governo deixará para 2026 indicação dos dois novos diretores do Banco Central

Diogo Guillen (Política Econômica) e Renato Gomes (Organização do Sistema Financeiro) devem deixar órgão ao término dos respectivos mandatos, em 31 de dezembro Clima conturbado entre Executivo e Senado e prazo apertado até o fim do ano legislativo pesaram para atraso, que provocará desfalques na próxima reunião do Copom

TRIBUNA DA BAHIA - SALVADOR/BA

Aluguel em Salvador dispara e desloca inquilinos para regiões distantes

No dia a dia, essa realidade se traduz em tensões reais

CORREIO O POVO - PORTO ALEGRE/RS

Operação mira esquema de fraudes em licitações de merenda, cozinha e limpeza no RS

Manipulação de certames licitatórios movimentou mais de R$ 60 milhões, diz Polícia Civil

DIÁRIO DE NOTÍCIAS - LISBOA/PT  

Como as poeiras do Saara podem ajudar os solos agrícolas: “Não trazem só riscos, mas também um grande potencial”

Não chegam apenas como partículas de areia: transportam microrganismos que podem afetar solos, vinhas e a saúde animal e humana. O fenómeno, cada vez mais relevante, oferece riscos e oportunidades. Ricardo Dias, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, lidera um projeto que monitoriza estas partículas vindas do deserto, avaliando tanto a propagação de doenças como o potencial biotecnológico para aumentar a produtividade agrícola.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

GREVE GERAL EM PORTUAL

Greve geral em Portugal: resistência contra o desmonte dos direitos  laborais - Palavra LivrePortugal amanheceu nesta quinta-feira (11) sem trens, sem escolas, com hospitais em regime restrito e voos cancelados. Desde 2013 o país não tinha uma greve geral como esta, convocada pela CGTP e pela UGT. O motivo é a reforma trabalhista proposta pelo governo de Luís Montenegro, que reduz restrições a demissões, facilita contratos temporários, amplia terceirizações e adapta regras ao trabalho digital. Para o governo, as medidas aumentarão a produtividade e o crescimento. Para os trabalhadores, tornarão o emprego mais precário, enfraquecerão sindicatos e pressionarão salários. A greve atingiu fábricas e teve adesão nacional. Em Lisboa, lojas e restaurantes funcionaram com equipes reduzidas, o que levou o governo a afirmar que o impacto foi concentrado nos serviços públicos. Segundo Tiago Oliveira, da CGTP, o governo tenta minimizar a paralisação para manter sua agenda, mas os trabalhadores resistirão. A greve ocorreu na mesma semana em que a revista The Economist escolheu Portugal como “economia do ano”, com crescimento de 2,4% e desemprego muito baixo. O governo comemorou; economistas mostraram ceticismo.

O professor João Duarte afirmou que o bom momento é conjuntural e não indica potencial de crescimento no longo prazo. Metade da expansão depende dos fundos europeus do PRR, cujo efeito pode acabar em 2027. O pleno emprego esconde salários entre os mais baixos da UE e o encarecimento da vida em cidades como Lisboa, levando parte da classe média a se mudar.
Portugal também sofre com a emigração: cerca de 30% dos jovens deixam o país em busca de salários melhores. Montenegro afirma que a reforma abrirá vagas aos jovens; sindicatos dizem que ela deteriorará ainda mais os salários. 

SÃO PAULO: UM CAOS

HELOÍSA HELENA RETORNA AO CANGRESSO

'Não tiro uma vírgula', diz Heloisa Helena sobre críticas a Lula como  senadora – CartaCapitalA ex-senadora Heloísa Helena (Rede-RJ) está de volta ao Congresso Nacional após quase duas décadas longe do Parlamento. Ela assume a cadeira do deputado Glauber Braga (PSol-RJ), suspenso por seis meses pelo plenário da Câmara dos Deputados na quarta-feira (10/12). A decisão foi tomada após um processo disciplinar contra o parlamentar. Mesmo afastado, Glauber afirmou confiar plenamente na substituta. Segundo ele, apesar de não terem conversado nos últimos dias, a trajetória política e a coerência de Heloísa Helena garantem segurança durante o período de afastamento. “Tenho confiança na trajetória e na militância da Heloísa”, declarou o deputado. Heloísa Helena possui uma história política marcada por embates internos nas legendas de esquerda. Fundadora da Rede Sustentabilidade e também uma das criadoras do PSol, ela deixou o PT em 2003 após confrontos com a condução do primeiro governo Luiz Inácio Lula da Silva. O rompimento ganhou força durante a votação da reforma da Previdência, que ela passou a criticar duramente, classificando o governo petista como “neoliberal”. Na época em que se desligou do PT, Heloísa era senadora por Alagoas, cargo para o qual foi eleita em 1998. Ela permaneceu no Senado até 2007 e, em 2006, disputou a Presidência da República pelo recém-criado PSol. Naquele pleito, alcançou o terceiro lugar, com 6,85% dos votos válidos, resultado que consolidou sua projeção nacional.

Já na Rede, partido que integra atualmente, Heloísa Helena também protagonizou disputas internas, incluindo um embate direto com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, pela liderança da sigla. A ex-senadora saiu vitoriosa daquela disputa, reforçando sua influência e peso político dentro do partido. Formada em enfermagem e professora por carreira, Heloísa Helena tem uma trajetória ligada aos movimentos sociais e à política alagoana. Foi vice-prefeita de Maceió entre 1993 e 1995 e deputada estadual por Alagoas entre 1995 e 1999. Agora, retorna ao Parlamento pela via da suplência, em um cenário político distinto, mas ainda marcado pelos confrontos que sempre pautaram sua atuação.


 

MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE,, 11/12/2025

CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF

Análise: pressão obriga Gilmar a mudar liminar da blindagem do STF

Decano do STF suspendeu trecho de sua própria decisão que restringia à Procuradoria-Geral da República (PGR) a apresentação de pedidos de impeachment contra integrantes da Corte

O GLOBO - RIIO DE JANEIRO/RJ

Defesa de ex-sócios do 'Faraó dos Bitcoins' e mais: a vida de Flávio Bolsonaro de olho em 2026

Pré-candidato a presidente, parlamentar concilia o Senado com o trabalho como advogado e a vida empresarial

FOLHA DE SÃO PAULO - SÃO PAULO/SP 

Câmara contraria o STF e mantém mandato de Carla Zambelli

Condenada por invadir sistema do CNJ com ajuda de hacker, deputada  fugiu para a Itália, onde aguarda o processo de extradição

TRIBUNA DA BAHIA - SALVADOR/BA

Senado aprova PL Antifacção com penas que podem chegar a 120 anos

Projeto foi aprovado por unanimidade

CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE/RS

Cancelamentos de voos em Congonhas e Guarulhos continuam um dia após vendaval

Na quarta, ao menos 167 voos foram cancelados em Congonhas

DIÁRIO DE NOTÍCIAS - LISBOA/PT 


Em resposta ao anteprojeto de lei apresentado pelo Governo sore a reforma da legislação laboral, a CGTP e a UGT decidiram convocar uma greve geral para esta quinta-feira, 11 de dezembro.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

ZAMBELLI PODERÁ SER EXPULSA DO PARLAMENTO

Carla Zambelli é alvo da PF no mesmo dia em que enfrenta Conselho de Ética  na Câmara; veja vídeoCarla Zambelli dependerá do plenário da Câmara dos Deputados para permanecer no caro; é que a Comissão de Constituição e Justiça recomendou a perda do mandato da parlamentar. Ela foi condenada por duas vezes pelo STF e a Comissão aprovou, hoje, 10, parecer do deputado Cláudio Cajado, no sentido de pugnar pela perda do mandato; a aprovação do relatório de de 32 votos pela perda contra, 27. No plenário haverá necessidade de pelo menos 257 votos dos deputados parra Zambelli ser alijada da Casa Legislativa. Zambelli permanece na Itália para onde viajou depois das decisões da Câmara; a parlamentar continua presa na Italia e poderá ser deportada para o Brasil.     

 

segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

PREVISÃO DO PIB

Focus: mercado eleva previsão do PIB para 2,14% em 2025A previsão para o PIB brasileiro atingiu o maior patamar do ano, enquanto a inflação chegou ao menor nível, segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (8). Os economistas projetam crescimento de 2,25% para 2024, acima dos 2,16% estimados na semana anterior, valor que se mantinha havia seis semanas. A previsão anterior mais alta havia sido de 2,23%, registrada entre julho e agosto. A elevação ocorre após o IBGE divulgar que o PIB cresceu 0,1% no terceiro trimestre, mostrando estabilidade após altas de 0,3% no segundo trimestre e 1,5% no primeiro. O desempenho veio ligeiramente abaixo da mediana das projeções (0,2%), que variavam de -0,5% a 0,3%.

As expectativas dos analistas para os próximos anos também subiram: 1,8% em 2026 e 1,84% em 2027. Quanto à inflação, o Focus registrou nova queda, de 4,43% para 4,40%, menor marca de 2024 — em março, a projeção chegava a 5,68%. As previsões para 2026 caíram para 4,16%, enquanto 2027 e 2028 foram mantidas em 3,8% e 3,5%. A taxa de juros estimada para 2024 segue em 15%, mas a de 2025 subiu de 12% para 12,25%. O câmbio foi mantido em R$ 5,40 para 2025 e R$ 5,50 para 2026, 2027 e 2028.



COPOM: CELIC

Copom mantém Selic em 15% ao ano. Veja análisesO Copom deve terminar 2025 com a Selic em 15% ao ano, apesar do PIB fraco, mas deve sinalizar espaço para cortes em 2026, segundo economistas ouvidos pela Folha. A manutenção dos juros na reunião de quarta-feira (10) é consenso, mas há divisão sobre o início dos cortes: janeiro ou março. Caso isso se confirme, novas críticas do governo Lula e de empresários ao BC são esperadas. Para Haddad, a Selic no maior nível em quase 20 anos é insustentável, e Lula pressiona pela redução, tendo indicado Galípolo ao comando do BC. Para Luiz Figueiredo, ex-diretor do BC, o cenário mais provável é o início dos cortes apenas em 2026, já antecipado na comunicação atual, diante da desaceleração econômica —o PIB cresceu só 0,1% no 3º trimestre. Ele vê espaço para reduções até meados do ano, mas evita mudanças próximas à eleição. Rafaela Vitória (Inter) avalia que o Copom deve suavizar o tom e iniciar cortes em janeiro, com expectativas de inflação em queda.

O BC mira inflação de 3% (tolerância entre 1,5% e 4,5%). A economista diz que o período de “restrição prolongada” segue mesmo com cortes graduais. A proximidade eleitoral, porém, pode trazer volatilidade e dificultar decisões. A disparada recente do dólar após anúncio da candidatura de Flávio Bolsonaro elevou o risco percebido. Para Sergio Werlang, isso torna o Copom mais conservador e deve adiar cortes para janeiro ou março. Werlang alerta que atraso excessivo exigirá cortes maiores depois. Já Gustavo Rostelato (Armor) projeta flexibilização só a partir de março, citando expectativas de inflação estagnadas e dólar pressionado. Apesar do PIB fraco, ele afirma que o Copom deve analisar o conjunto de dados, lembrando que o desemprego segue no menor nível histórico, em 5,4%.