JUÍZA SUICIDOU-SE, DIZ MARIDOO juiz João Augusto Figueiredo de Oliveira Júnior, esposo da juíza Mônica Maria Andrade Figueiredo de Oliveira, encontrada morta, ontem, no seu carro, em estacionamento de um prédio, em Belém, declarou à Polícia que eles tiveram uma discussão e a arma usada na morte dela é de sua propriedade. Após o desentendimento, a mulher "arrumou suas coisas e desceu, informando que iria viajar". O corpo e o carro onde estavam Mônica morta foram levados pelo juiz para a Polícia, ontem, por volta das 22.30 hs. O magistrado declarou que na manhã de ontem, 17/5, não encontrou a chave do carro, motivando o uso de uma chave reserva e seguiu em direção ao prédio, onde encontrou o carro estacionado com uma porta aberta. Disse que "ao se aproximar do veículo, percebeu que sua esposa tinha cometido suicídio e, para isso, usou a arma de fogo que sempre fica guardada dentro do carro".
STJ TRANCA AÇÃO DE ARAS
O STJ decidiu ontem trancar uma queixa-crime, proposta pelo Procurador-geral da República contra o jornalista André Barrocal, da revista Carta Capital, pela reportagem, publicada em julho/2020, na qual Augusto Aras é chamado de "cão de guarda" de Jair Bolsonaro. O Procurador buscava a condenação do jornalista nos crimes de calúnia, difamação e injúria. Este pedido foi indeferido, em julho/2020, pelo Tribunal Regional Federal, mas Aras recorreu e a decisão foi mantida.
AUMENTADA IDADE DE MAGISTRADOS
O Congresso Nacional promulgou emenda à Constituição que aumenta a idade limite de magistrados ou juristas aptos a serem nomeados para tribunais superiores, de 65 para 70 anos. A emenda altera sete artigos da Constituição. A idade mínima para acessar aos tribunais regionais federais e aos tribunais regionais do Trabalho permanece em 30 e 35 anos. Dois ministros foram beneficiados com a mudança, Humberto Martins, atual presidente do STJ, e João Otávio de Noronha, ex-ministro do STJ. O objetivo da emenda foi fixar no mínimo em cinco anos antes da aposentadoria para o desempenho das funções nos tribunais.
PEC DO QUINQUÊNIO
Os senadores queixam-se do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, porque tratou do quinquênio para magistrados em eventos públicos sem conversar com os líderes. Pacheco manifestou apoio à proposta em encontro com promotores de Justiça, em março e em reunião com o presidente do STF. Todavia, o presidente do Senado diz que o projeto nem tem relator, nem datas para ser apreciado, daí porque não foi debatido. Os senadores asseguram que Pacheco dispõe de 35 votos favoráveis ao aumento de 5% nos vencimentos dos salários de magistrados e procuradores, pela permanência a cada cinco anos, e são necessários 49 votos. A oposição não pretende aceitar a votação da matéria neste ano, por ser período eleitoral, e o desejo de não se indispor com magistrados. Esse abono de permanência foi retirado e agora promete voltar.
TSE E TELEGRAM
O TSE assinou acordo com o Telegram, com vigência até 31/12/2022, para combater a propagação de notícias falsas por meio da plataforma. Um canal será aberto para recebimento de denúncias e divulgação de notícias sobre as eleições. Uma ferramenta marcará conteúdos considerados desinformativos e o Telgram fica encarregado de investigar internamente e apurar violação das políticas adotadas. O TSE é o primeiro órgão eleitoral do mundo a assinar acordo desta natureza com uma plataforma.
DEPUTADA BOLSONARISTA É PUNIDA
A deputada Carla Zambelli foi condenada a pagar R$ 20 mil por danos morais causados a Manno Góes, pelo vídeo em que Netinho canta "Milla", de autoria de Góes, em ato pró-Bolsonaro. A sentença foi prolatada pelo juiz Érico Rodrigues Vieira, da 3ª Vara Cível de Salvador/Ba. Manno diz que há "vinculação forçada" de sua música à ideologia de Zambelli. A deputada pagará também à Malu Edições, editora da música, e o valor será calculado na execução. O caso aconteceu em maio/2021, quando a deputada filmou Netinho cantando "Milla", em ato pró-Bolsonaro, não autorizado pelo autor para uso em ato político.
Salvador, 18 de maio de 2022.
Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.