O ex-presidente Jair Bolsonaro é capa da revista britânica The Economist desta semana. A publicação, que chega nas bancas hoje, 28, destaca o julgamento do brasileiro, marcado para 2 de setembro. Nas redes sociais, a revista afirmou: “O Brasil oferece uma lição de democracia para uma América mais corrupta, protecionista e autoritária”. Bolsonaro, em prisão domiciliar e prestes a ser julgado por tentativa de golpe de Estado, foi retratado com rosto pintado de verde e amarelo e chapéu semelhante ao do “viking do Capitólio”. A reportagem o chama de “polarizador” e “Trump dos trópicos”. Segundo a publicação, Bolsonaro e aliados provavelmente serão considerados culpados pelo STF. A Economist afirma que o golpe fracassou por incompetência, não por falta de intenção. O caso brasileiro, diz a revista, é um teste para a recuperação de países após a febre populista. Exemplos de EUA, Reino Unido e Polônia são citados para comparação.
A manchete da edição é: “O que o Brasil pode ensinar para a América”. Entre os argumentos, estão ações recentes de Donald Trump. A revista lembra medidas pró-Bolsonaro do republicano, como tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. Também cita a aplicação da Lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes. Outros exemplos incluem a tentativa de interferência no Fed. E ameaças a cidades controladas por adversários democratas. A reportagem diz que isso remete a uma era sombria de intervenção dos EUA na América Latina. Mas afirma que a ofensiva de Trump pode sair pela culatra. Diferentemente dos EUA, políticos tradicionais brasileiros ainda buscam respeitar regras. Segundo a revista, isso reflete maturidade política. E conclui que, por ora, o papel de “adulto democrático” no continente está no Brasil.
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