O procurador-geral do Texas, Ken Paxton, entrou com pedido para cassar o mandato de 13 deputados democratas estaduais, ausentes desde 3 de agosto. O desaparecimento visou impedir a votação de um novo mapa eleitoral. Paxton havia ameaçado agir caso não houvesse quórum até sexta-feira (8). Os republicanos constataram a falta dos democratas em sessão de oito minutos. O processo mira 13 parlamentares que admitiram publicamente a recusa em retornar. O senador republicano John Cornyn disse que o FBI aceitou buscar os ausentes. O plano de redesenho dos distritos pode dar aos republicanos até cinco cadeiras na Câmara dos EUA em 2026. Atualmente, os republicanos têm maioria de 219 a 212, com quatro vagas abertas. Os democratas deixaram o estado para evitar prisão pela polícia legislativa. O governador Greg Abbott já havia autorizado a detenção dos ausentes e o presidente Donald Trump apoia a cassação e defende que o mapa seja aprovado “a qualquer custo”.
O FBI não se manifestou sobre eventual ação. O governador de Illinois, J. B. Pritzker, criticou Cornyn e disse não haver base legal para prisões; ele assegurou que não permitirá detenções, chamando a situação de “teatro político”. O paradeiro dos democratas é conhecido, mas estão fora da jurisdição texana. Eles refugiaram também em Nova York e Massachusetts. Abbott também convocou sessão para tratar de fundos contra enchentes que mataram 130 pessoas. Gene Wu, líder democrata, acusou Abbott de usar a tragédia das enchentes politicamente, enquanto o democrata Wu chamou o plano de redesenho de “racista” e prejudicial às minorias raciais. Segundo ele, Abbott atua para atender a interesses de Donald Trump.
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