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terça-feira, 13 de fevereiro de 2024

EX-PRESIDENTE DO TRIBUNAL É AFASTADO

A Receita Federal descobriu que o desembargador Divoncir Schreiner Maran, ex-presidente do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul, recebeu, através dos filhos, depósitos fracionados de até R$ 50 mil, de pessoas não identificadas. Há suspeitas de venda de decisão que concedeu prisão domiciliar ao criminoso Gerson Palermo e que fugiu horas depois, ocorrência de abril/2020. A Polícia Federal, Receita Federal e o Ministério Público Federal cumpriram mandados de busca e apreensão, expedidos pelo STF, na quinta-feira, 8, contra o desembargador e seis pessoas, quatro das quais da família, na Operação denominada Tiradentes. Outro fato que complica a vida do magistrado refere-se ao registro de um imóvel, avaliado em R$ 2 milhões, no nome dos filhos, sem se saber como foi feito o pagamento. O filho mais velho de Maran, advogado Vânio Cesar Bonadiman Maran tinha procuração do pai e recebia valores sobre venda de gado, além de possuir movimentação financeira incompatível com seus ganhos. 

Entre 2020 e 2022, os depósitos na conta de Vânio alcançaram o total de mais de R$ 746 mil, sendo que a maioria originadas de terceiros não identificados. Foram descobertas movimentações financeiras atípicas do desembargador, que fez depósitos fracionários no valor de R$ 137.393,65 para o filho Vânio Maran; descobriu-se transação imobiliária entre o magistrado e sua outra irmã, Maria Fernanda Ghelen Maran. As contas bancárias e fiscal dos investigados Divoncir, Gerson Palermo e Rodney do Nacimento, este advogado foragido, tiveram a quebra do sigilo bancário e fiscal. O desembargador completará 75 anos no início de abril deste ano, aposentando-se compulsoriamente. Muitos outros fatos foram descobertos pela Polícia Federal, envolvendo outras pessoas, inclusive a assessora do desembargador.       

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