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sábado, 10 de fevereiro de 2024

DENÚNCIA DE CRIMES DO BRASIL À ONU

A Defensoria Pública de São Paulo, juntamente com a ONG Conectas Direitos Humanos, o Instituto Vladimir Herzog e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública prometem denunciar na ONU e na Comissão Interamericana de Direitos Humanos as "execuções sumárias, arbitrárias e extrajudiciais", que aconteceram no litoral de São Paulo. Os denunciantes vão apresentar os fatos desde 1992, com o massacre do Carandiru e pedirão para que sejam recomendados ao Estado para se conter na "escalada de violência", principalmente na Baixada Santista. Os autores da denúncia contabilizaram 958 prisões, 28 mortes em 2023 e outros nove mortos na Operação Escudo, além de ameaças contra moradores, tortura, maus tratos e execuções sumárias, sempre de autoria de policiais.     

Descrevem que as "Operações de vingança institucional são ilegais, desvirtuam o real papel dos agentes de segurança pública na redução da criminalidade em combate à violência e colocam em risco a vida de policiais e da comunidade em geral"; descrevem que não há menção ao uso de câmeras corporais pelos agentes, apesar de ter sido distribuído a um dos batalhões envolvidos com os crimes; lamentam o fato de que as cenas dos crimes não foram preservadas, mas afirmam que em todas as ocorrências com morte os policiais diziam que os suspeitos "portavam drogas, atiraram e que teriam sido socorridos ainda com vidas". Mencionam o nome do catador de lixo José Marcos Nunes da Silva, como um dos civis assassinados, no barraco onde morava na favela de Sambaiatuba, em São Vicente. As entidades questionam o apoio do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.    


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