Pesquisar este blog

domingo, 23 de outubro de 2022

COLUNA DA SEMANA

No Brasil, o evento mais significativo, sobre o meio ambiente, deu-se em 1992, a cúpula Rio-92; naquela oportunidade, conseguiu-se celebrar um tratado de combate ao aquecimento global. Todavia, o rumo trilhado pelo Brasil no campo ambiental é altamente preocupante. Depois da reunião do Rio de Janeiro, seguiu-se o Acordo de Paris, em 2015, que propugnou para que o aumento da temperatura média da atmosfera ficasse abaixo de 1,5ºC até o fim do século; recomendou-se redução de carbono pela metade até 2030 e neutralização até 2050. Todavia, o mundo não cumpre os termos desse prognóstico, pois até aqui já se aproxima do fixado, registrando 1,1%; os gases do efeito estufa aumentaram no percentual de 55% nesses últimos trinta anos, enquanto a concentração de CO2 na atmosfera situa-se em 420 ppm, contra 280 ppm antes da era industrial.

Os descuidos do Brasil, localiza-se também na destruição de nossas florestas e no avanço incontido e indiscriminado do garimpo, facilitado pelo próprio governo com a diminuição e até a extinção de órgãos e servidores que se dedicavam à fiscalização. O descaso com o meio ambiente avolumou-se no governo atual, porquanto o desmatamento aponta crescimento constante desde 2019. Calcula-se que, a partir de 1992, quando foi realizada a Rio-92, a floresta amazônica perdeu 400 mil quilômetros, além de 50% do cerrado. Segundo dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia, IMAZON, entre janeiro e setembro deste ano, a região teve a maior devastação nos últimos 15 anos; nesse período, a área desflorestada chegou a 9.069 km2, correspondente a 8 vezes a área da cidade do Rio de Janeiro; e para contribuir ainda mais com a devastação do meio ambiente, a extração de madeira é vertiginosa, com aumento de 359% somente na Amazônia. Em setembro, o Mato Grosso, com 3.865 km2, afetados 74%, e o Pará, com 1.127 km2, afetados 22%, despontam como os maiores destruidores da mata, no percentual de 96% de toda a área queimada da Amazônia. Para se ter ideia do que isso significa, basta saber que na década de 2008 a 2017, o desmate total foi abaixo de 3.500 km2.

O pior de tudo isso é que a responsabilidade não é só do governo federal, mas também dos estados. Entre os meses de janeiro a setembro/2022, queimou-se floresta como nenhum outro Estado, no percentual de 25% das queimadas em todo o Brasil. Baseado no relatório Monitor do Fogo do Mapa Biomas foram destruídos 5.825.520 hectares. O maior aumento de área desmatada, em relação ao ano de 2021, aconteceu com a Amazônia: 1.080.388 hectares.

Desde que Bolsonaro assumiu a chefia do governo brasileiro, as ameaças aos ecossistemas florestais, aos indígenas intensificaram. A questão ambiental levou o governo do capitão reformado para sérios embates com os governantes europeus. Em 2019, foram travados debates de Bolsonaro com o presidente Emmanuel Macron, da França, e com a primeira-ministra da Alemanha, Ângela Merkel. As dissidências aumentaram na medida em que a maior floresta tropical do mundo passava e continua com queimadas sem precedentes. Os dois governantes europeus mostravam a negligência do Brasil com o ambiente e Bolsonaro reclamava interferência deles na polícia do país. A diferença nas respostas do governo atual é que, atualmente, Bonsonaro "desafia os constrangimentos internacionais e reafirma a soberania irrestrita, perdendo inclusive cooperação internacional".

Bolsonaro foi responsável pelo enfraquecimento da Fundação Nacional do Índio, FUNAI, quando transferiu o órgão para o Ministério da Agricultura, objetivando impedir novas demarcações de terras indígenas e permitir as invasões dessas áreas. O IBAMA, o Fundo Amazônico também foram neutralizados pela ação dos garimpeiros, que contam com ajuda do governo federal. Em 2019, o Congresso Nacional devolveu a FUNAI ao Ministério da Justiça, mas Bolsonaro manteve o controle, com a política anti-indígena, através de nomeações de militares para os principais cargos do órgão. Para mostrar o enfraquecimento do governo com as causas ambientais, basta citar a atuação do ministro Ricardo Salles, que teve de renunciar ao cargo, acusado de envolvimento em esquema de tráfico internacional de madeira.

Bem apropriada a expressão: “Quando a última árvore cair, derrubada; quando o último rio for envenenado; quando o último peixe for pescado, só então nos daremos conta de que dinheiro é coisa que não se come”.
                                                           Salvador, 23 de outubro de 2022.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.



AMEAÇA AUTOCRÁTICA

Editorial do jornal Folha de São Paulo define bem qual o sistema de governo de Jair Bolsonaro. Ele pode não dar o golpe, porque não encontrará apoio das Forças Armadas, mas certamente governará como autocrata. Leiam:

Ameaça autocrática

Concentrar poder é o verdadeiro programa de governo de Jair Bolsonaro

Nunca foi tão avassaladora a maioria de brasileiros que consideram a democracia a melhor forma de governo, de 79% segundo o Datafolha. Nunca na Nova República um presidente ameaçou a estabilidade constitucional como o atual mandatário.

Jair Bolsonaro (PL) valeu-se do cargo para constranger e ameaçar Poderes independentes, insultar autoridades e propagar uma farsa contra o sistema eleitoral diante de brasileiros e estrangeiros.

Promoveu tratamentos ineficazes de uma doença letal, retardou a aquisição de vacinas, debochou de famílias enlutadas, protegeu os filhos de investigações e atiçou militares contra o poder civil.

Conclamou arruaceiros a cercarem as seções de votação no próximo domingo (30).

A agenda que deveria ser a do futuro —educação, saúde, infraestrutura, inovação, redução da pobreza e das desigualdades— ocupou-se de temas que já deveriam estar superados. A sociedade e as instituições tiveram de gastar energia preciosa para proteger regras básicas da convivência democrática.

Agora, como nos outros oito pleitos presidenciais realizados desde 1989, os votos serão dados livremente, a apuração revelará a vontade majoritária, e o eleito tomará posse e governará com as prerrogativas e as obrigações de chefe de Estado.

Esperar que o próprio candidato à recondução tenha compreendido e acatado os limites do mandato seria pouco realista diante do que se vê desde 2019.

É melhor trabalhar com a hipótese corroborada pela experiência —tornar-se autocrata é o verdadeiro programa de governo de Jair Bolsonaro para um eventual segundo mandato.

A ameaça do arbítrio é nova apenas em aspectos acessórios, como no uso intensivo de redes sociais para disseminar ignorância, culto ao chefe e ordens de ataque. No mais, obedece ao roteiro de conhecidos movimentos subversivos da história.

Não é necessário um golpe militar para liquidar o Estado democrático de Direito. Se não for tenazmente neutralizada, a corrosão cesarista com o tempo dissolve as cartilagens que articulam as liberdades civis e a competição política.

As instituições republicanas deram seguidas demonstrações de solidez ao impedir a deriva autoritária nos últimos quatro anos. Estarão prontas, haja vista a inequívoca convicção democrática da população, para um novo período de bloqueio das investidas tirânicas caso a maioria do eleitorado brasileiro soberanamente decida pela reeleição.

editoriais@grupofolha.com.br 

MINISTRO: EVANGÉLICOS "ESTÃO SENDO ENGANADOS"

O ministro aposentado e ex-presidente do STF, Joaquim Barbosa, declarou ontem em suas redes sociais:  "Sei que estou falando, conheço muita gente simples que está sendo intoxicada pela lenga-lenga bolsonarista". Disse mais: "Não misture fé com política, pois historicamente essa mistura sempre teve como resultado catástrofes sociais, guerras civis etc. Não se deixe iludir!" Joaquim Barbosa foi relator do processo do mensalão, no STF, responsável pela condenação e prisão de muitos amigos de Lula, a exemplo de José Dirceu, Genoíno e outros. Com tudo isto, Barbosa não teve dúvida em manifestar seu apoio a Lula na eleição presidencial.


MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 23/10/2022

CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF

Governo do DF quer aprovar plano urbanístico de Brasília ainda neste ano

Polêmico, o Projeto de Lei Complementar do Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCUB) já descartou a construção de apart-hotéis no Setor de Clubes e o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT)

JORNAL DO BRASIL - RIO DE JANEIRO/RJ

Mentiras na campanha dão 116 direitos de resposta a Lula no horário de TV de Bolsonaro, decide TSE

Ao todo, serão 24 inserções de 30 minutos cada, para que o petista responda ao atual presidente sobre assuntos como fechamento de igrejas, banheiro unissex e votos de presidiários

FOLHA DE SÃO PAULO - SÃO PAULO/SP

'Atrase salário e demita professor', diz áudio atribuído a Luciano Hang

PT veicula trecho de suposta conversa entre secretário de SC e empresário; Havan não é encontrada para comentar assunto

A TARDE  - SALVADOR/BA 

"O câncer de mama não espera”, alerta médica mastologista | A TARDE

CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE/RS

'Condutas inadmissíveis', diz Rosa Weber sobre ataque sofrido por Cármen Lúcia

Ministra do STF e TSE foi alvo de agressão feita pelo ex-deputado federal Roberto Jefferson, que cumpre prisão domiciliar

DIÁRIO DE NOTÍCIAS - LISBOA/PT

Passos Coelho. Quo vadis? A gestão do silêncio gera ruído

Marcelo voltou a chamá-lo para a política: "Tem muito a dar". Quem o conhece garante que ninguém sabe o que vai na cabeça do antigo primeiro-ministro. Mas descartar que possa vir a ter um papel no futuro do país é coisa que não fazem. Para já dá aulas e vai seguindo os que o querem dar-lhe um empurrão.

 

sábado, 22 de outubro de 2022

FACHIN NEGA PEDIDO DE "ASSESSOR" DE BOLSONARO

O ministro Edson Fachin negou pedido do Procurador-geral da República, Augusto Aras, no sentido de anular resolução do TSE, aprovada pela unanimidade dos membros, e que aumenta poderes da Corte para combater a desinformação eleitoral, usada principalmente por Bolsonaro, filhos e apoiadores, mas também por Lula e seus seguidores. A norma proibiu a propaganda eleitoral paga na internet, como anúncios, monetização e impulsionamento de conteúdos, no período que começa 48 horas antes e 24 horas depois do segundo turno da eleição. Fachin assegurou que "a magnitude nova e desconhecida das  fake news" recomenda "medidas que podem vir a conferir outro desenho às respostas judicias". O ministro remeteu o julgamento final para o plenário e dependerá da presidente da Corte para ser julgado. O presidente Jair Bolsonaro elogiou seu "assessor", na Procuradoria, e disse que Aras está "agindo corretamente".       




RADAR JUDICIAL

MINISTÉRIO PEDE SUSPENSÃO DE EMPRÉSTIMO CONSIGNADO

O Ministério Público do Tribunal de Contas da União ingressou com medida cautelar para suspender o empréstimo consignado, vinculado ao Auxílio Brasil, sob alegação de que o verdadeiro propósito do consignado seria beneficiar eleitoralmente o presidente Jair Bolsonaro. O benefício é concedido pela Caixa Econômica Federal. Na petição está escrito: "Nesse sentido, afirma que as ações ocorrem com agilidade inesperada e se organizam de modo a alcançar mulheres, parcela do eleitorado na qual o presidente encontraria resistência". Adiante: "A Caixa estaria incorrendo em desvio de finalidade pública, utilizando-se verdadeiramente de seus recursos e de sua estrutura para interferir politicamente nas eleições presidenciais, situação a demandar a atuação do TCU".  

OAB SUSPENDE REGISTRO DE ADVOGADO

A OAB suspendeu o registro do advogado Maurício Dal Agnol, pela segunda vez, condenado em ações individuais de vítimas, por desvio de dinheiro de seus clientes. Ele foi punido a ressarcir as vítimas, e cerca de R$ 15 milhões foram pagos, depois de leilão de seus bens. Há outras condenações por falta de pagamento de impostos e direitos trabalhistas, mas o processo criminal ainda não teve sentença. Em 14/10, a OAB/RS informou que, em 11 de março, o Conselho Pleno aplicou nova suspensão cautelar ao advogado, ficando impedido de exercer a profissão, desde 10/7/2015, quando foi suspenso pela OAB gaúcha pela primeira vez. O advogado continua atuando, sem assinar nas petições, encargo dos advogados que trabalham no escritório.   

MAIORIA DE ADVOGADOS NO INTERIOR  

A maior parte dos advogados do Brasil estão inscritos no interior dos estados, sendo 49,6% nas capitais; segundo o Conselho Federal da OAB, os estados de Santa Catarina com 75,4%, Minas Gerais, 65,9%, Rio de Janeiro, 60%, Rio Grande do Sul, 58,7%, Paraná, 58,6% e São Paulo, 57% têm a maioria dos advogados no interior; enquanto na região Norte mais da metade estão inscritos nas capitais nos estados de Roraima, Boa Vista com 98,7%, no Acre, em Rio Branco, 89,7% e Amapá, em Macapá, 89,5%. No Amazonas e em Brasília há inscritos somente em Manaus e em Brasília. Na Bahia, 55,02% estão inscritos na capital, enquanto 44,97%, no interior.  

STJ: PRESCRIÇÃO SOMENTE UMA VEZ

A 4ª Turma do STJ, sustentada no art. 202 do Código Civil, assegurou que não é possível dupla interrupção da prescrição, ainda que uma seja extrajudicial. Neste sentido, foi reformado acórdão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, que admitiu dupla interrupção do prazo prescricional, em julgamento de embargos à execução. 

CNJ MANTÉM PUNIÇÃO A JUIZ

O Plenário do CNJ julgou improcedente revisão disciplinar, apresentada pelo juiz Luiz Felipe Negrão, da 3ª Vara Cível do Foro da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Foi aplicada ao magistrada a pena de advertência pela Corregedoria-geral do Tribunal de Justiça, em 2017, daí o recurso. A punição a Felipe Negrão deveu-se a atraso injustificado na tramitação de processos. O CNJ não alterou a decisão do Tribunal, porque desde que o juiz assumiu a função, em dezembro/2013, houve redução de produtividade no Foro e aumento do número de processos em atraso. Naquele mês, dezembro/2013, havia 6.908 processos em andamento, em 2015, já eram 7.695 processos; em final de 2013, estavam parados por mais de 60 dias 1.861 processos, dois anos depois passaram para 4.616. 

Salvador, 22 de outubro de 2022.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.

  




BRASILEIROS PRESOS NA TAILÂNDIA SÃO SOLTOS

Três brasileiros presos na Tailândia, em junho/2021, por suspeita de tráfico internacional de drogas, foram soltos por falta de provas. Daiana Chalegre Muritiba, 30 anos, e sua irmã, Samara Taxma Chalegre Muritiba, 28 anos, mais Laécio José Paim das Virgens, 25 anos, todos residentes em Feira de Santana/BA, receberam liberdade condicional e estão no Brasil, desde o dia 15. Os três viajaram para efetuar trabalhos como modelos, mas em abordagem, na bagagem de um dos três, após passarem pela alfândega, houve suspeita de posse de substância entorpecente, sem confirmação alguma do produto. Depois de todo este tempo presos, foram soltos por absoluta falta de comprovação da suspeita.   

 

FAROESTE NAS CONTAS DO TRIBUNAL

O STJ vai compartilhar provas da Operação Faroeste com o Tribunal de Contas do Estado da Bahia, de conformidade com pedido, face a indícios de irregularidades em licitações, em 2017, quando o Tribunal era presidido pela desembargadora Maria do Socorro. Essas anormalidades, impediram aprovação das contas do Tribunal de Justiça da Bahia, referentes ao ano de 2017. Em 2018, o Tribunal de Justiça da Bahia realizou 149 procedimentos licitatórios, dos quais 9 concorrências, 11 tomadas de preços, 116 pregões e 133 convites, totalizando o valor de R$ 260,2 milhões. Foram concluídas 4.399 contratações diretas com dispensa de licitação, sendo 4.338 de pequeno valor; em termos de inexigibilidades foram concluídas 65, com empenho no valor de R$ 28,1 milhões.  

Em auditoria preliminar promovida pelo Tribunal de Contas foram encontradas divergências dos quantitativos de dispensas de inexigibilidades, nas prestação de contas, a exemplo de avaliação quanto à gestão orçamentária; relatadas inobservâncias aos limites legais de acréscimos nas alterações contratuais. A principal irregularidade reside no Pregão Eletrônico 085/2017 para formar ata de registro de preço para contratação de Sistema Integrado de Segurança, no valor de R$ 37,3 milhões. A auditoria constatou previsão de pagamento total do contrato antes do cumprimento integral do objeto. Houve "burla" no orçamento público, duas dispensas de licitação para contratação de serviços de limpeza e conservação, fragilidade no acompanhamento e fiscalização de um contrato; inconsistência nas demonstrações contábeis, vedação de Empresas Consorciadas na participação, sem motivar,  além de outras. O Tribunal de Contas calcula que a licitação irregular com a empresa Megatech causou prejuízo aos cofres públicos de R$ 635 mil, face à diferença de preços no contrato. A defesa da desembargadora contesta os apontamentos do Tribunal de Contas.       


 

CNJ CORTA BENEFÍCIOS A JUÍZES

O Órgão Especial do Tribunal de Justiça de Minas Gerais aprovou pagamento de verbas retroativas a 2006, que serão acrescentadas aos salários dos juízes e desembargadores do estado, importando no custo de R$ 5 bilhões, segundo o desembargador Arthur Carvalho, presidente da Corte. Nesses valores são incluídos "penduricalhos" como adicional de tempo de serviço, o quinquênio. O presidente, na sessão de 14 de setembro, assegurou que não vai pagar montante tão alto, antes de manifestação do CNJ, contrariando seus colegas. Uma parte, que não foi publicado o valor, o presidente considerou incontroversa, já foi paga neste mês de outubro. O Tribunal de Minas Gerais justifica o pagamento dessas verbas, porque o Tribunal do Rio de Janeiro, no ano passado, já aprovou acréscimos aos salários semelhantes.

Seguindo o mesmo caminho, o Tribunal de Justiça do Paraná, através de decreto do desembargador José Laurindo de Souza Neto, presidente do Tribunal, regulamentou a indenização retroativa para os juízes que tiverem ajuntamento de jurisdição, funções administrativas ou acúmulo de acervo processual entre 13 de janeiro/2015 a 06 de abril/2018. A indenização é de 1/3 do subsídio para cada mês de exercício cumulativo, e o valor será "proporcional ao período de exercício cumulativo de jurisdição, funções administrativas ou acúmulo de acervo processual". Sobre esses valores não haverá retenção de imposto de renda, nem contribuição previdenciária. O Tribunal fundamentou nas Leis 13.093/15 e 13.095/15, que concedeu a gratificação para membros da Justiça Federal e para Justiça do Trabalho, para instituir esse novo benefício para os magistrados do estado.  

CNJ SUSPENDA PAGAMENTO A MAGISTRADOS

O corregedor do CNJ, ministro Luís Felipe Salomão, suspendeu ontem, 21/10, as verbas retroativas, no valor de R$ 5 bilhões, para os magistrados de Minas Gerais. Os benefícios são retroativos ao ano de 2006 e uma parte, considerada incontroversa, já foi depositada nas contas dos juízes e desembargadores, desde o dia 1º de outubro. O corregedor quer saber sobre o volume de pagamentos "incontroversos", o custo dos benefícios já pagos e o valor do que será pago no futuro. Escreveu o ministro: "Os expressivos valores envolvidos no presente caso demandam postura precavida e, possivelmente, submissão da questão ao entendimento do colegiado". Tem mais: "venham aos autos o demonstrativo de pagamentos efetuados, com distinção entre parcelas controversas e incontroversas, bem como o planejamento para pagamentos futuros, com a respectiva previsão orçamentária".    

 

MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 22/10/2022

CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF

Sarney defende STF: "Sem um Supremo forte não há democracia"

Ex-presidente destacou integridade da Corte e importância de se respeitar a separação dos Poderes

JORNAL DO BRASIL - RIO DE JANEIRO/RJ

Uso da máquina: Bolsonaro já gastou pelo menos R$ 68 bilhões na compra de votos

FOLHA DE SÃO PAULO - SÃO PAULO/SP

Evangélicos pregam Brasil governado por igreja com Bolsonaro reeleito

Conferência Global 22 reúne bispos e pastores pops em Brasília para profetizar um país refundado em valores cristãos a partir de 30 de outubro

TRIBUNA DA BAHIA - SALVADOR/BA 

TCU recomenda suspensão do empréstimo consignado do Auxílio Brasil

A Caixa Econômica Federal deverá explicar por que decidiu começar a fazer o empréstimo consignado em outubro

CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE/RS

Aras pede ao STF que suspenda resolução que dá poder a Moraes para remover postagens

Chefe do Ministério Público aponta que as alterações não podem ocorrer durante a campanha e violam liberdades

DIÁRIO DE NOTÍCIAS - LISBOA/PT

Bosch acelera negócio em Portugal e recruta mais de 400 pessoas

Companhia alemã cria em Ovar nova unidade para o negócio das bicicletas elétricas. Área já era aposta em Braga. Ideia é tornar Ovar mais competitiva ao mesmo tempo que o negócio ganha dimensão em Braga. Só com e-bikes, as fábricas destas regiões vão gerar 70 milhões de euros já em 2023.