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sábado, 16 de agosto de 2025

PROCURADOR PROCESSA TRUMP

O procurador-geral do Distrito de Columbia, Brian Schwalb, processou Donald Trump ontem, 16, por assumir o controle da polícia local de Washington, ação que considera ilegal. A medida ocorreu após o governo federal nomear o chefe da DEA, Terry Cole, como “comissário de polícia de emergência” com plenos poderes.

A ordem foi dada pela secretária de Justiça, Pam Bondi, que transferiu o comando da força, de 3.500 membros, para Cole e revogou diretrizes anteriores, incluindo restrições à cooperação com autoridades de imigração.

Trump anunciou, na segunda (11), o envio de tropas da Guarda Nacional e a intervenção na polícia, alegando emergência criminal. Apesar disso, estatísticas mostram queda nos crimes violentos nas últimas décadas, com recuo após alta em 2023.

Agências federais, como FBI, DEA e Patrulha de Fronteira, passaram a patrulhar a cidade, que tem cerca de 700 mil habitantes.

Schwalb chamou a ação de “maior ameaça ao governo autônomo de DC já enfrentada” e lembrou que a Lei de Autonomia de 1973 garante autogoverno local, mas permite ao presidente controlar a polícia por até 30 dias em emergências. A extensão depende do Congresso, onde Trump tem maioria republicana.

Especialistas afirmam que o presidente pode ter extrapolado a autoridade concedida pela lei, já que o texto não prevê tomada total da força policial.

Williams Banks, professor de direito, diz que o caso é inédito e difícil de prever nos tribunais.

O processo inclui Trump, Bondi, Cole e outros réus, e amplia a disputa entre a administração federal republicana e a prefeita democrata Muriel Bowser.

Bowser criticou a presença de tropas e a tentativa de federalizar a polícia, afirmando que, em emergências, a lei exige apenas que o prefeito disponibilize a força para fins federais, e não ceda o comando.

 



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