O ex-presidente Fernando Collor, de 75 anos, completa três meses em prisão domiciliar, após deixar o presídio Baldomero Cavalcanti de Oliveira, em Maceió, no dia 1º de maio, por decisão do ministro Alexandre de Moraes (STF). Collor cumpre a pena em uma cobertura de 600 m² à beira-mar, no bairro Jatiúca, onde vive com a esposa e duas filhas, sendo monitorado por tornozeleira eletrônica e recebendo visitas restritas, como de um fisioterapeuta autorizado pela Justiça. A cobertura possui ampla estrutura, incluindo piscina e três suítes. Discreto, Collor mantém persianas fechadas e teve suas redes sociais desatualizadas desde 21 de abril. Ele perdeu recentemente sua última irmã, Leda Maria de Melo Coimbra. A TV Gazeta, da família Collor, enfrenta disputa judicial com a Rede Globo.
A decisão do STF permite o uso de internet e telefone, mas restringe saídas apenas para questões de saúde previamente informadas. O passaporte de Collor foi suspenso. Ele foi preso em 25 de abril, condenado a oito anos e dez meses por corrupção na BR Distribuidora, derivada da Lava Jato. Inicialmente, Collor ficou em uma sala adaptada no presídio, onde, segundo relatos, enfrentou condições inadequadas de ventilação e iluminação, apesar da vistoria oficial considerá-las aceitáveis. A progressão ao regime domiciliar humanitário foi concedida seis dias depois, com base em laudos médicos que atestaram doenças como Parkinson, apneia do sono grave e transtorno bipolar. Desde a prisão, poucos políticos manifestaram apoio público a ele.
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